LIÇÃO DE CASA - UMA RESENHA
Livro escolhido:
MINHA PROFISSÃO É ANDAR - Pecci, João Carlos, 1942
São Paulo: Summus Editorial Ltda. 1980
O autor, João Carlos Pecci escreveu seu livro na primeira pessoa. É uma auto-biografia. Um livro real. João Carlos sofreu um acidente de carro na Via Dutra em 1968 fraturou a sexta vértebra cervical ficando paraplégico
O tema do livro é a Deficiência Física pessoal e de como foi enfrentada por ele. O autor escreve de maneira linear desde o momento do acidente – com ligeira “apresentação” dos preliminares, Paraplégico, escreve sobre os tempos de hospitalização, os desconfortos físicos e emocionais. O apoio da família, dos amigos, as primeiras manifestações de sexualidade na nova condição. A ida para casa e o doloroso processo de reabilitação.
O autor dá um depoimento sincero de sua situação e transmite a possibilidade de participar do mundo e não ficar segregado por conta de uma deficiência.
Texto coerente, profundo sem pretender ser.
Abrange um período de 1968 a 1977, quando aos 35 anos conheceu Marcia então com 17 anos. O grande amor da vida dos dois.
Continuação natural de “Minha Profissão é Andar” é “Velejando a Vida”
Neste livro ele continua a auto biografia agora tendo sua vida ligada à Marcia. Os primeiros problemas de relacionamento físico, o casamento e a luta para terem um filho. Depoimento sincero, detalhado e emocionante. Impossível não ler o capitulo 5 em voz alta.
Hoje João Carlos e Marcia têm uma filha Marina, com 12 anos.
Momento de poesia do livro “Minha Profissão é Andar”
João Carlos Pecci
Completa-se uma fase e pensa-se que quase se conseguiu.
Quase: palavra esquisita.
O mesmo mundo que lhe cabe dentro, fica-lhe fora
A mesma alegria pelo conseguido é a tristeza do inatingido.
É o quase.
É a bola na trave. O grito de gol sufocado.
Quase!
É o desencontro.
Quase!
É a reprovação por meio ponto.
É a nuvem nos céus do nordeste, que continua como nuvem.
É o segundo lugar.
É o beijo... no rosto!
É o amor... nas coxas!
É o fio de vela solto na ultima volta do Grande Premio.
É o prematuro que não resiste.
São os 40% do mínimo salário.
São os doze pontos!
Quase! Quase: porta aberta para o tudo, e um declive para o nada.
O romântico na chuva.
A moça de tanga;
O ciúme, a briga, o telefone que toca... mas a voz é da tia!
Quase!
A derrapagem. Puxa! era só um pouco mais de atenção na curva...
A vértebra trincada.
Quase!
É o aparelho ortopédico
Esta "lição de casa" faz parte de um curso "Escrevivendo Resenhas" ministrado por Karen Kipnis
Eu estava quase andando...
Quase!
O imenso vácuo de cinco letras entre a esperança e a certeza.
Esta "lição de casa" faz parte do módulo , "Escrevivendo-Resenhas" ministrado por Karen Kipnis na Casa das Rosas aos sábados, das 10h às 13h. Novo módulo deve começar em Maio.
MINHA PROFISSÃO É ANDAR - Pecci, João Carlos, 1942
São Paulo: Summus Editorial Ltda. 1980
O autor, João Carlos Pecci escreveu seu livro na primeira pessoa. É uma auto-biografia. Um livro real. João Carlos sofreu um acidente de carro na Via Dutra em 1968 fraturou a sexta vértebra cervical ficando paraplégico
O tema do livro é a Deficiência Física pessoal e de como foi enfrentada por ele. O autor escreve de maneira linear desde o momento do acidente – com ligeira “apresentação” dos preliminares, Paraplégico, escreve sobre os tempos de hospitalização, os desconfortos físicos e emocionais. O apoio da família, dos amigos, as primeiras manifestações de sexualidade na nova condição. A ida para casa e o doloroso processo de reabilitação.
O autor dá um depoimento sincero de sua situação e transmite a possibilidade de participar do mundo e não ficar segregado por conta de uma deficiência.
Texto coerente, profundo sem pretender ser.
Abrange um período de 1968 a 1977, quando aos 35 anos conheceu Marcia então com 17 anos. O grande amor da vida dos dois.
Continuação natural de “Minha Profissão é Andar” é “Velejando a Vida”
Neste livro ele continua a auto biografia agora tendo sua vida ligada à Marcia. Os primeiros problemas de relacionamento físico, o casamento e a luta para terem um filho. Depoimento sincero, detalhado e emocionante. Impossível não ler o capitulo 5 em voz alta.
Hoje João Carlos e Marcia têm uma filha Marina, com 12 anos.
Momento de poesia do livro “Minha Profissão é Andar”
João Carlos Pecci
Completa-se uma fase e pensa-se que quase se conseguiu.
Quase: palavra esquisita.
O mesmo mundo que lhe cabe dentro, fica-lhe fora
A mesma alegria pelo conseguido é a tristeza do inatingido.
É o quase.
É a bola na trave. O grito de gol sufocado.
Quase!
É o desencontro.
Quase!
É a reprovação por meio ponto.
É a nuvem nos céus do nordeste, que continua como nuvem.
É o segundo lugar.
É o beijo... no rosto!
É o amor... nas coxas!
É o fio de vela solto na ultima volta do Grande Premio.
É o prematuro que não resiste.
São os 40% do mínimo salário.
São os doze pontos!
Quase! Quase: porta aberta para o tudo, e um declive para o nada.
O romântico na chuva.
A moça de tanga;
O ciúme, a briga, o telefone que toca... mas a voz é da tia!
Quase!
A derrapagem. Puxa! era só um pouco mais de atenção na curva...
A vértebra trincada.
Quase!
É o aparelho ortopédico
Esta "lição de casa" faz parte de um curso "Escrevivendo Resenhas" ministrado por Karen Kipnis
Eu estava quase andando...
Quase!
O imenso vácuo de cinco letras entre a esperança e a certeza.
Esta "lição de casa" faz parte do módulo , "Escrevivendo-Resenhas" ministrado por Karen Kipnis na Casa das Rosas aos sábados, das 10h às 13h. Novo módulo deve começar em Maio.
Comentários
www.escrevivendoresenhas.blogspot.
com : este � o blog do atual m�dulo,mar�o/abril
Mais textos podem ser lidos em
www.escrevivente.blogspot.com
Beijos, parab�ns e vamos que vamos,
Karen Kipnis