TERCEIRO TRIMESTRE DE 2010 – MÚSICA, LITERATURA E ARTES PLÁSTICAS
Muitos acontecimentos neste mês e curso da USP que tomou bastante tempo, deixou pouco para a musica. O que valeu foi uma palestra sobre História da Música no curso da Estação Ciência que me fez rever muita história, ler mais sobre música e até organizar um ppt para a palestra. Parece que gostaram. Quem não gostou fui eu.Vou rever tudo e quando puder, faço de novo a palestra, mais cuidada.
AGOSTO
Agosto começou bem em termos de música.
No dia 3, um sábado às 17h fui ouvir o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Gosto muito do conjunto. Muito alegres, bem humorados e em um sincronismo perfeito, O QUARTETO foi o fim de sábado perfeito. Cyro Pereira e Brahms foram o programa.
No dia 3, um sábado às 17h fui ouvir o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Gosto muito do conjunto. Muito alegres, bem humorados e em um sincronismo perfeito, O QUARTETO foi o fim de sábado perfeito. Cyro Pereira e Brahms foram o programa.
Domingo, dia calmo, hora do almoço, fácil de ir ao Centro Cultural de São Paulo, porque o metrô deixa praticamente dentro do centro. Na hora bastante cheio, um auditório de pouco mais de 300 luagares.
Como este é o ano de Chopin (200 anos de seu nascimento) a maior parte dos programas tem prestigiado suas músicas.
Para mim, Chopin é importante porque na minha adolescencia de 16, 17 anos (era na época, em que nem se chamava adolescência. Simplesmente não tinha nome) foi o meu ídolo. Necessidades afetivas . Sabia tudo sobre ele. E nem preciso agora repetir sobre sua vida de polonês-francês, sobre George Sand, sobre sua morte precoce vitimado por tuberculose. Todo mundo já sabe. Sobre sua influencia na música que veio depois dele, Dante Pignatari falou em 4 aulas; mas o bom mesmo é ouvir Chopin
O programa de hoje parece que foi escolhido a dedo e de todas as musicas programadas eu conhecia cada nota. Houve um tempo (tempos de rua Caativa) que eu ainda era capaz de acompanhar uma música de piano com a partitura.
A música não me impressiona só pelo som, mas por todo seu entornno: um maestro entusiasmado, compartilhando com a platéia, explicando detalhes; o que a musica me lembra da minha memória, do meu tempo, do significado pessoal. Tudo isso junto é que me impressiona mais ou menos.
Acho que já vi esse píanista – Álvaro Siviero – mas não me lembro. Gostei dele. Não entrando no mérito dos detalhes, técnica, interpretação, que não entendo, foi um saldo positivo. Entre o Noturno opus 27 nº 2, Balada nº1, Valsas opus 64nº2 e opus 34 nº1, a Polonaise opus 53 e o Scherzo nº2 o tempo passou com a agradável sensação de “quero mais”
Pena que o bis, para mim, estragou: em um ambiente totalmente chopiniano ele tocou Villa-Lobos e um Batuque. Quebrou de tudo. Mas, há quem diga que é assim mesmo: algo bem diferente para.........para que?
Novo program só no dia 6 com a Orquestra Sinfônica da USP com programa de música medieval, Scarlatti, e Pergolesi. Deste, um moteto, Stabat Mater com coro de oito vozes, quatro sopranos e quatro mezzo-sopranos. Bem preparado foi especial. E nos ENCONTROS CULTURAIS do prof.Terron, o “meu” filme, À Noite Sonhamos. Escrevi um texto especial.
No dia 7, na Sala Britânica, a ópera de Tchaikovsky Eugene Onegin de um poema de Pushkin. Fui na raça porque estava atrazada pela aula de História da Arte do Masp e tinha combinado com Jarlei. Mas, estava numa pior, ansiosa, inquieta e não consegui ficar depois do intervalo. Valeu a primeira parte.
Dia 13, nos nossos ENCONTROS CULTURAIS, tivemos o filme Sinfonia do Amor, com a história romanceada de Robert e Clara Shumann e bastante musica.
Dia 15, Sala Olido. Embora pequena e simplinha, muito simpática. Hoje foi a Orquestra Experimental de Repertório com a “fininha” Érika Hindrikson regendo. Um violinista jovem, de 19 anos, Ariel Sanches, deu um show de interpretação do Concerto nº 3 para violino e Orquestra de Camille Saint –Saëns. A suite do Balé Romeu e Julieta de Prokofiev foi o complemento.
Dia 18, no Sesi fui ouvir o Quarteto Pererê – uma formação inusitada: violino, violão de sete cordas, viola caipira, violão comum e gaita, que toca musica de câmara erudita, choro e tradição sertaneja. Até Villa-Lobos. Muito original e interessante
Só no dia 28 voltei a ouvir música. Grandes problemas pessoais. Aí fui à Sala Cultura Inglesa para a ópera Sansão e Dalila. Gosto muito e com Plácido Domingo mais ainda. A área mais bonita é “Mon coeur s’ouvre a ta voix” uma canção de amor falsa, mas melodicamente linda. Tão bonita, que eu saí logo depois do segundo ato. Nada poderia ser melhor.
E no dia 29 over dose de música no MASP. Às 11h OCAM com belissimo concerto de Samuel Barber (não conhecia) e uma sinfonia de Haydn. Ótimo. Depois de fazer hora, voltei às 16h para a apresentação da Câmera Aberta com musica erudita bradileira, quase todas contemporâneas. Villa-Lobos, Claudio Santoro, Guerra Peixe........
Em Artes Visuais apenas a aula do MASP, desta vez sobre Delacroix.
Começa bem SETEMBRO
No MASP aula sobre História da Arte neste dia 04 com Renoir e seu amigo Monet
No dia 05, no Centro Cultural de São Paulo, o inicio do projeto Beethoven em Movimento. Com a companhia de Custodio para poder comentar ouvimos uma belissima apresentaçao de Eduardo Monteiro. Ele fala ao publico, conta sobre a obra que vai executar e torna o publico mais conhecedor da musica. No programa, só Beethoven: ouvimos 32 variações, a sonata 09 e o Concerto nº3 em uma apresentação sui generis: Eduardo Monteiro no solo de piano e Richard Kogima em outro piano fazendo a parte da orquestra. Nunca vi nada igual. No bis, aquilo que eu gosto demais: a transcrição de Liszt sobre a Morte do Amor de Tristão e Isolda de Wagner. Um domingo perfeito.
No dia 11 ainda no CCSP palestra sobre Beethoven –Musica e espiritualidade com Eurêmio de Oliveira junior (nunca ouvi falar) um advogado estudioso de Beethoven. . Palestra não me agradou muito, mas muito Beethoven e o quarto movimento da Nona quase na integra.
No dia 15 de setembro volto a encontrar o Dante Pignatari que agora faz curadoria no SESC Pinheiros. Conversamos. O SESC Pinheiros é lindo, espaçoso, mas para se chegar lá de ônibus é horrivel. Ruas péssimas e perigosas. Fui sozinha e o Flavio foi me buscar. Em compensação o programa foi especial. Nahim Marum (já conhecia do SESC Paulista) tocou Brahms e os 24 preludios de Chopin. Comentários innsuficientes. Valeu a noite.
Um intervalo mais ou menos longo sem muita cultura por muitos compromissos, e no dia 24 no auditório da USP um jovem maestro (jovem mesmo – parece um menino) Marcelo Lehninger rege uma Ballada de Martin para trombone e orquestra e a Sinfonia nº 8 de Dvorak.Não foi o programa inteiro, que incluia o Concerto nº 2 de Chopin, porque isso ficou para o parograma da noite. Muito, muito bom.
Dia 26 comigo “do avesso” fui ver a OCAM com um pouco de musica contemporânea e uma Sinfonia – a 39 – de Mozart.
O programa centrava em 3 jovens maestros, alunos da Classe de Regência da CMU/ECA. Fraquinho o programa, para quem está acostumada a performances mais preparadas, mas, sempre tem que haver um começo.
Perdi no dia 26, a apresentação de Zubin Meta no Ibirapuera, ao ar livre. Amanheceu a maior chuva e desisti. Mas,depois parou. Era tarde. Restava o MASP porque a Sala São Paulo, embora com ingressos não me atraiu por razões pessoais.
Na Literatura li um pouco de Literatura Africana que eu não conhecia nada. . Livros e revistas de pesquisa ocuparam o meu tempo.
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