VIAGEM - SEXTO DIA – QUARTA FEIRA – 04 DE ABRIL DE 2012
Depois
de uma noite bem dormida e depois de tudo acertado, carregamos o carro. Grande
trabalho de descarregar seis malas às 23 horas e carregar depois às 9horas.
Para
adiantar o expediente Maria Inês comprou frutas, queijos, jamons e sucos em um
supermercado em frente ao hotel. Para comermos no caminho.
Com
o carro carregado demos uma bela volta pela cidade. Saímos
do hotel logo depois do café. Na verdade
só dormimos nesse bom hotel. Mas, Maria Inês sempre trabalhando, fazendo
relatórios ou ainda organizando a palestra e o material que tinha que
apresentar em Lisboa e Firenze. A última a dormir, mas sempre pronta para
continuar.
Cartagena (não confundir com
Cartagena das Indias na Colombia) é um município da Espanha na
comunidade autónoma de Múrcia, Foi, senão a primeira, a principal
porta de entrada dos Cartagineses na Península Ibérica, no século III A.C..
O
municipio conta com 214 918 habitantes distribuidos
em de 558,08 km². Sua área metropolitana
conta com uma população de 385.341 habitantes.
A cidade de
Cartagena foi fundada no ano de 227 a. C.,
e conheceu seu apogeo durante época romana, com o nome de Carthago Nova.
Com o desaparecimento do imperio romano, Cartagena se tornou parte dos dominios bizantinos na península ibérica, mas foi destruida pela
tomada pels visigodos. Depois deles, Cartagena entrou em um periodo de decadência
que permaneceu até a idade moderna. A partir do século XVI potencializou o papel
militar de Cartagena devido à importancia estratégica de seu porto. Atualmente,
Cartagena vive principalmente da construção e reparação naval, a refinação de
petróleo e exportação de azeite de oliva....
É uma das principais bases navais do país.
Um tanto de carro, outro a pé, demos a volta possível na cidade. Não podemos dizer que a conhecemos. A pé, fomos acompanhando a muralha do mar, próxima ao porto, naturalmente defensiva desde sempre.
Porto
de Cartagena
Demos por vista a cidade de Cartagena.
Maior do que eu esperava.
Saímos para a estrada de
Almeria às 11h30minh, passando por Mazaron. Estamos em uma estrada regional,
estreita e perigosa. Passa por dentro de “ruas”, entre casas e há muitas flores
amarelas (primavera)
Serra com vista bonita, com
ruinas recuperadas.
Quando a estrada passa por
dentro de Mazaron, para maior segurança, há aquilo que nós chamamos “obstáculo”
e que eles chamam de “piso sobrelevado”.
Chegamos á praia de Mazaron Sentamos
perto do Mar Mediterrâneo, pés de Maria Inês e Marlene dentro da água O prazer
de molhar os pés no Mediterrâneo. Praia
de pedras. Sentadas, lanchando o que Maria Inês comprou no supermercado:
queijo, jamon, bananas e pão ainda de Terragosa.
Praia
de Mazaron – Marlene e o
Mediterrâneo
Voltamos à estrada regional,
agora com oliveiras outra vez. Descemos para pegar azeitonas e eram amêndoas.
Muitas amendoeiras. Por isso há muitos
doces de amêndoas nessa região.
Imensas estufas de tomate
que continuam por quilometros. Zona de pedra, não tem como plantar no chão. Outras
estufas com??? Recemplantadas e cobertas com plástico para evitar a neve.
Quilometros e quilometros
sem nada plantado, nem cuidado. Sem casas nem cidades. Região árida, sem nenhuma
beleza. Pedras e pedra em um nunca acabar.
Estrada isolada por um longo
espaço. Meus medos aumentam.
Chegamos e paramos em
Aguilas, às 13h40minh. Uma cidade grande.
Paramos para o lanche: café, tortillas e sorvete. Saímos às14: 30h.
Procurando o caminho para Almeria. O nosso GPS não tem serventia nenhuma aqui. Com um grande mapa vou tentando como posso orientar a motorista. Mapa já muito manipulado, até rasgando. Não posso ter muito cuidado em um pequeno espaço do banco traseiro do carro, sempre a dobrar e desdobrar. Não tenho tanta culpa.
Às 15h30min passamos perto de
Antas.
Antas é a cidade de meu avô paterno. Teria
obrigação de parar e procurar alguem da familia. Enquanto cochilava e antes
de chegar em Antas, tentei fantasiar um diálogo na cidade:
-Alguem
conhece aqui a familia Guerrero Ávila? (em portunhol) No começo do século XX
tinham minas de prata.
- Por que?
-Sou
bisneta de Francisca de Ávila e Juan Guerrero da qual tenho uma carta escrita
em 1913 para seu filho Juan Guerrero Ávila.
Juan nasceu aqui em 1885, mas foi para o Brasil já casado com Leonarda
Cano Serrano. Meu pai saiu daqui
“encomendado” e nasceu no Brasil em 1906.
- Conhecemos sim. Vamos levá-la a um atual Guerrero
Ávila.
E eu chegaria a conhecer um
parente atual e recuperaria minhas raizes. E
poderia acrescentar uma outra emoção às muitas que eu pretendia nessa
viagem. Só fantasia. Entraria pela
tarde adentro só a procura. Desisto de
Antas. São min, estamos muito longe de Sierra Nevada e a prioridade é
chegar mais cedo.
Seguimos pela estrada A 7 -
Autovias do Mediterrãneo, com morros dos dois lados com rochas de mica
(malacacheta). Não é um solo produtivo.
Solo pedregoso, muitas,
muitas e muitas estufas de tomate (?). Não há
casas e as que existem estão desabando.
Muitas placas de produção de energia solar e muitas torres de energia eólica.
Pegamos agora a estrada
A-92, Almeria – Granada e são muitos quilômetros sem nenhum verde. Rocha pura. Damos viva quando aparece um posto de
combustível, às 17h onde tomamos lanche.
Somos três no carro. A
medida certa. Uma só é perigoso e sem troca de idéias; duas, é pouco; três é o
ideal. O equilíbrio.
Idas e voltas, erramos,
voltamos e pegamos a estrada para Sierra
Nevada às 19:15. Depois de andar meia hora por uma estrada perigosíssima, voltamos para a estrada principal porque
estávamos no caminho errado. Nosso hotel
ficava no km 21,5 a partir da estrada principal. Hotel El Guerra chegamos bem depois de 20h, já escuro.
Só forças para dormir e
tentar uma comunicação via internet. Conseguimos porque o Hotel é grande e tem
Wi-Fi. Maria Inês estudando até depois
de meia noite quando foi tocada do salão onde estava.
Meu comentário pessoal: na
verdade eu não estava nada interessada em Sierra Nevada. Foi uma escolha de
Marlene. Como se trata de uma estação de Sky, e o inverno já tinham acabado, e
eu não ia skyar, ver a neve que só se acumulava nos altos não me atraia
muito. Acho que a serra perigosa que me
causou muito medo foi incompatível com a paisagem.
Teria preferido muito mais
ir até Granada, tão perto quanto Sierra Nevada e com muito mais conteúdo
histórico.
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