VIAGEM - DÉCIMO QUINTO DIA - SEXTA FEIRA - 13 DE ABRIL DE 2012
Com Maria Inês e Marlene já recuperando o trio, levantamos mais cedo para aproveitar o tempo. Chovia. Café bastante bom.Às 10,30 h Pedro chegou e as três saímos com ele, no seu belo carro, um Volvo S80 que, não como se diz, “só falta falar”, mas até fala. Lembrei-me do meu Volvo 1951, o meu primeiro carro. 62 anos depois em um Volvo atualizado.
Hoje
Pilarim não foi conosco.
Fizemos um circuito diferente do circuito de ontem. Carro no estacionamento e andamos a pé. Durante essa andada a pé, como eu sempre fico para trás porque ando mais devagar em função de minha perna doendo, Maria Inês e Pedro se distanciavam e conversaram muito muito. A paixão de Pedro por Anatomia, por Medicina encontrou em Maria Inês uma interlocutora especial. E entre outras coisas falaram em células e em Ramon y Cajal. Vai ter conseqüências. Aguarde.
A primeira visita foi para o Palácio Real.
Foi uma visita emocionante e contraditória. Ao mesmo tempo em que se via um exagero de luxo e ostentação me questionei sobre os conflitos entre essa riqueza e o atual estado de crise. Levamos horas percorrendo os aposentos reais, vendo mais do que ouvindo as explicações. Um resumo do que é esse palácio se faz necessária.
As
origens do Palácio Real de Madrid remontam ao século IX, quando o emir de
Córdoba, construiu uma edificação defensiva. Dois séculos mais tarde, o
primitivo castelo muçulmano transformou-se num alcazar. .O Real Alcázar de
Madrid sucumbiu a um incêndio na Noite de Natal de 1734 e o rei da época
decidiu que se construísse o palácio no mesmo lugar, simbolizando a
continuidade da Monarquia Espanhola. As obras começaram em 1738,
Atualmente,
o Palácio Real de Madrid é administrado pelo Patrimônio Nacional de Espanha,
dependente do Ministério da Presidência.
O
Palácio Real de Madrid é o maior de toda a Europa Ocidental, é a residência
oficial do Rei da Espanha. Ocupa uma extensão de 135 000 m². Tem três andares e
quatro entre pisos, abaixo e acima de cada um dos andares principais. As
fachadas do palácio medem 130 metros de lado por 33 de altura. Tem 870 janelas
e 240 balcões que se abrem às fachadas e pátio. No total, o palácio possui
cerca de 2800 divisões. Em algumas delas não se entra desde há anos. A mesa da
Sala de Refeições de Gala tem capacidade para 145 comensais. O palácio alberga
a coleção de instrumentos Stradivarius mais importante do mundo.
As
obras começaram em 1738, Atualmente, o Palácio Real de Madrid é administrado
pelo Patrimônio Nacional de Espanha, dependente do Ministério da Presidência.
No interior do palácio, são interessantes alguns
aposentos. A mim interessou a Sala de refeições de Gala pelo exagero em luxo, riqueza.........
- A Sala de
Refeições de Gala, com uma superfície de quatrocentos metros quadrados Está decorada
com tapetes de Bruxelas do século XVI, jarras de porcelana chinesa do século
XVIII e peças da vila francesa de Sèvres. Tem lugar para 145 comensais.
Sala de jantar do Palácio Real- vista
lateral
Vimos tudo isso no que tivemos de tempo.
De novo me
questionei. Tanto luxo era sufocante. Testemunho de uma época e de uma
sociedade. Como a sociedade atual suporta tudo isso? Tanto luxo, tanta riqueza,
tanto valor material e o atual estado de crise.
Essa coisa me deu o que pensar, mas não cheguei a uma conclusão sobre
valores. Penso e não entendo.
Ao longo da passagem Pedro foi explicando coisas que guia
nenhum nem sabe. Ele conhece bem a
história de Espanha e tem uma capacidade de comunicação muito grande. Foi uma
“aula” do que vimos de material e do que ficou em minha cabeça de “revolução.”
Ainda na Plaza de España onde está o Palácio Real, fomos
ver o monumento a Miguel de Cervantes e as grandes estátuas de Dom Quixote e
Sancho Pança. e também Cervantes
E
de novo com o carro, passamos pelo centro
financeiro onde estão os edifícios mais
altos, de grandes multinacionais, o Banco de Espanha, o banco Bilbau
Viscaia(BBVA) e edifícios públicos como a prefeitura.
Madrid tem uma série
de edifícios considerados arranha céus que se distribuem em zonas distintas do centro da cidade A área
de arranha-céus mais famosa de Madrid é AZCA, no Passeio da Castellana. Onde
está a Torre Picasso com 157 metros de altura. Na Praça de Castelahá duas
torres especialmente chamativas pelo ângulo agudo que formam suas fachadas com
o solo. Atualmente o parque industrial chamado Quatro Torres Business Area
(CTBA) no Norte do Passio da Castelana, é onde está o arranha-céu mais alto da
Espanha, a Torre Caja Madrid, com 250 metros.
Edifícios KIO estão na entrada de Madrid conhecidas
como Torres "Puerta de Europa”. São construídas de cristal, granito e metal.
São inversamente simétricas.
Sua altura é de 114 metros de altura distribuídos em 27 pisos e seu grau de inclinação é de
15°.
E passamos muitas vezes por um prédio
que tinha o nome de “El Corte Ingles”. Já havíamos visto isso em Cartagena.
El Corte Ingles é uma loja de
departamentos de enormes proporções que tem seu quartel general em Madrid.
Dominam também a Europa.
Em Madrid tem muitos prédios de muitos
andares com diversidade grande de produtos. Não há o que não se encontre nas
suas lojas: cama, mesa, banho, artigos esportivos, moda masculina, feminina e
infantil, lojas de grife européias. Todo
madrileño compra no El Corte Ingles. Até eu comprei.
Pedro nos deixou, as três, em um dos “El
corte Ingles”. Maria Inês foi a pé até o Instituto que pretendia visitar para
saber se era compatível com o assunto da tese do Rômulo e eu e Marlene ficamos dando
voltas por esse mundo que era El Corte Ingles (e era um só deles). Andar por
andar, reviramos a loja e eu comprei uma jaqueta só pra dizer que comprei
alguma coisa. Nas andanças vimos até uma loja que só exibe vestidos sevilhanos,
aqueles de muitos babados.
Tomamos
lanche na praça de alimentação, nos mesmos moldes das daqui, e na saída comemos
doces deliciosos. Entre as lojas dos muitos departamentos, uma delas, de
frutas, mostrou frutas do mundo todo: bananas, só nanicas, e do Peru; morangos
descomunais, peras das melhores procedências. Não vi nada do Brasil.
Já orientadas pelo Pedro procuramos o
metro, na porta da loja e achamos a linha seis (6), cinza, circular. Comprar os ingressos, já não tinha segredo.
Tínhamos aprendido em Lisboa, mas entramos na plataforma errada e tomamos o
trem no sentido inverso. Tudo bem que era circular, só que em vez de oito
estações passamos por 20. Mas chegamos. E aí, subimos a rua ao invés de descer.
Voltamos e por fim encontramos o Hotel Ayres Gran Colon na calle Pez
Volador.
Já era escuro. Maria Inês chegou mais
tarde e ficamos esperando... O que? Que
o Pedro telefonasse, mas ele estava esperando que nós telefonássemos. E, por
erro de comunicação só nos comunicamos às 21 h quando já era tarde para qualquer
programa.
E agora, um problema para o dia
seguinte: eu queria ficar com o Pedro. Qualquer tempo é pouco. Marlene e Maria
Inês queriam ir para Toledo. Nem entro na discussão porque já tenho meu
programa definido.
Comentários
Bj. Célia.