DOIS PAULISTANOS ATUANTES EM EDUCAÇÃO
Um nasceu em Moema em 1961 e o outro nasceu no Brás em 1943. 18 anos de diferença, portanto duas gerações diferentes.
Um estudou no Liceu Pasteur e Arquidiocesano o outro no Colégio Bandeirantes, todos eles colégios de referencia.
O objetivo imediato dos dois – a Universidade de São Paulo, curso de Medicina.
Atingiram
esse objetivo e então os caminhos foram diferentes: um, oncologista, outro
neurocientista.
Ambos
estudaram muito, muito, muito, mas desde sempre tendo uma meta a que haviam
chegado por contatos ou pessoais ou por estudos.
Um
sempre acreditou que o ensinar é algo que está na pessoa. Não é um caminho escolhido, é algo que dá
prazer. É um comunicador nato e escolheu temas polêmicos como Câncer (quando começou a falar nisso era um tema
tabu) e AIDS. Enfrentou um publico alvo
difícil, refratário e precisou usar toda sua criatividade para atingi-lo. Hoje tem ao seu dispor uma ferramenta
abrangente, a TV. Com o seu amor ao ensino, à transmitir informações básicas e
essenciais, atinge um numero fabulosamente grande de pessoas. Cumpre o seu
papel na sociedade. É um educador de
populações com informações desprovidas de julgamento moral.
Outro
enveredou por um tema difícil, pouco conhecido e polêmico: o funcionamento do
cérebro humano. Começou estudando os
circuitos e redes neurais com simulações
computacionais. Durante anos esteve mergulhado
no estudo da Neurociência e o resultado praticos da tecnologia desenvolvida
mexe com a definição do que é um portador de deficiência física, permitindo
agir sobre essa deficiência. Está criando
no Rio Grande do Norte especificamente em Natal, um pólo de Neurociência.
Considera
Ciência como um agente de transformação social e criou uma nova forma de
ensina-la. Criou uma escola diferente
com exploração cientifica de forma empírica, abolindo teorias. Sem nenhum
respaldo governamental ou institucional.
Nessa
escola é oferecida a liberdade de explorar sem medo. É um laboratório de
oportunidades.
Seu
logotipo - um menino de short, sandália e camiseta andando pelo mundo – ilustra
bem a filosofia de ensino.
Ambos
acreditam que:
- quando a emoção acompanha a informação a
retenção é sempre muito melhor.
- Conhecer é um
prazer e pode significar viver melhor quando os novos conhecimentos passam a
fazer parte do cotidiano de crianças ou adultos. É a aprendizagem significativa (mediador)
- a educação é um ato de amor de uma geração
que ensina para a geração que aprende
- O professor deve acreditar no que faz
acreditar que ensinar é um prazer, que é fundamental transmitir o que ele sabe
para o aluno.
-A vida é adquirir e transmitir conhecimentos
continuamente.
Se
vocês não descobriram ainda quem são esses dois paulistanos de referencia, orgulho de São Paulo, posso
dizer agora. Respondem pelo nome de
DRAUZIO VARELLA E
MIGUEL NICOLELIS
(em ordem alfabética porque nenhum
é maior do que o outro)
O
texto foi montado a partir do livro PRAZER EM CONHECER – a aventura da Ciência
e da Educação que representa uma conversa entre DRAUZIO VARELA e MIGUEL
NICOLELIS, mediados por GILBERTO DIMENSTEIN.
Comentários
Bj. Célia.