TERMINANDO O ANO COM ARTE


 Na última semana do ano me ocupo em finalizar itens começados e montar a pasta do semestre que neste ano recebeu o nome de NEUZA 2014 –B.
Fico centrada nas reuniões de família, comidas, visitas, votos…. Minhas atividades intelectuais ficam devagar, quase parando.

Mesmo assim tínhamos a intenção de ir à Pinacoteca visitar a exposição do Ron Mueck de quem acompanho o trabalho há pelo menos 10 anos. Filas quilométricas, confusão de gente na entrada impossibilitou até que chegássemos e tentássemos uma entrada privilegiada para deficientes físicos como eu (tenho cartão). Desistimos.

Aproveitamos para uma voltinha pela cidade relativamente vazia no dia seguinte ao Natal e acabamos no shopping, também cheio (conseguimos parar no quarto piso e mesmo assim a custa do meu cartão de deficiente. 

Como sempre acabo em uma livraria. Atração irresistível. Ligada pela resenha lida em um jornal, com visual atraente, lá estava o livro  JUDAS  de Amós Oz recém lançado. Não conheço nada do autor a não ser que é um escritor israelense. Flavio me deu de presente o livro.
Como o calor está demais, procuro não a trabalhar no computador e aproveito para ler em lugar mais fresco. E comecei a ler meu novo livro.

Logo nas primeiras páginas, uma citação despertou minha memória associativa visual. O autor diz:
“(...) após quarenta ou cinquenta passos, quando já passar a pela estátua de autoria de Henry Moore– a figura de ferro esverdeado de uma mulher larga e corpulenta, deitada e toda envolta numa espécie de mortalha de pano grosso -, de repente deu meia volta (...)


Draped Seated Figure- Hebrew University - Jerusalém

E por força de uma sincronicidade, dentro de meu campo de visão lá estava, entre a parte desorganizada de meus livros de Arte, o grosso volume de Henry Moore, uma retrospectiva do artista. Está lá há alguns anos. Tem data de 2005.



Nunca o tinha folheado. O nome me era totalmente desconhecido. Evidencia de que eu conheço pouco de Arte, sabendo só o básico.
E minha atenção foi desviada do livro JUDAS para a retrospectiva Henry Moore.
E, como é do meu hábito, fui firme em direção à Henry Moore. Li bastante sobre ele, olhei demoradamente suas obras de arte, gravuras e esculturas em notável edição.  Com pesquisas complementares do Google Imagem montei um texto sobre ele. O texto aqui vai:

Biografia de Henry Spencer Moore  (editada do Google Wikipedia)
Henry Moore nasceu e morreu na Inglaterra. (1898 -1986). Foi um escultor e desenhista britânico que desenvolveu uma obra tridimensional predominantemente figurativa, com breves incursões pela abstração.
Moore freqüentou a escola infantil e básica em Castleford, e começou a modelar em argila e a esculpir em madeira. Decidiu tornar-se um escultor ainda aos onze anos de idade, depois de ouvir sobre as realizações de Michelangelo.
Com o seu conhecimento do primitivismo, ele começou a desenvolver um estilo de "escultura direta", no qual as imperfeições do material e marcas deixadas pelo uso das ferramentas de trabalho são incorporadas à escultura final.   Ao utilizar estas novas técnicas e conceitos teve que lutar contra o seus professores, que não apreciavam esta abordagem moderna.
Em julho de 1929, casou-se com Irina Radetsky, uma estudante de pintura na RCA. Irina nascera em Kiev, em 26 de março de 1907, filha de pais russo-poloneses.
Pouco tempo depois do casamento mudaram-se para um estúdio em Hampstead, em Londres, juntando-se a uma pequena colônia de artistas que lá estavam começando a criar raiz.
Em 1937, um abstrato chamado Mãe e Criança, de Moore  feito em pedra, foi exibido no jardim em frente da casa  de Roland Penrose em Hampstead. As peças revelaram-se objeto de controvérsia com outros moradores, e uma campanha contra ela foi levada a efeito pela imprensa local durante os dois anos seguintes.

Neste tempo, Moore gradualmente fez uma transição da escultura direta para a escultura fundida em bronze, modelando maquetes preliminares em barro ou gesso.
Considerado um dos maiores escultores contemporâneos, recebeu o Prêmio Internacional de Escultura na XXIV Bienal deVeneza (1948), na II Bienal de São Paulo (1953) e na V Bienal de Tóquio (1959).
Como sua riqueza pessoal cresceu dramaticamente, Moore começou a se preocupar com o seu legado. Em 1977 ele estava pagando cerca de um milhão de libras por ano em receitas fiscais e, de modo a atenuar esta carga tributária, criou a Fundação Henry Moore como uma entidade de caridade registrada, com Irina e Mary como mandatários. A fundação foi criada para promover o reconhecimento público da arte e de preservar as esculturas de Moore.
 Henry Moore faleceu aos 88 anos, em sua casa em Hertfordshire. Seu corpo foi enterrado no Artist's Corner na Catedral de St Paul.

Em 15 de dezembro de 2005, ladrões invadiram o pátio da Fundação Henry Moore e roubaram uma estátua de bronze, com valor estimado em 5.3 milhões de dólares. A obra de 1969/1970, conhecida como Reclining Figure LH608, possuía 3.6m de comprimento e 2m de altura, pesando 2,1 toneladas. Uma recompensa substancial foi oferecida pela fundação para informações que possibilitassem sua recuperação, mas teme-se que a escultura tenha sido roubada para ser derretida e vendida como sucata.

Reclining figure

HENRY MOORE NO BRASIL
O escultor  esteve presente na I Bieenal de São paulo (1951)  com as litografias Figura em Pé e Figuras em Pé e Deitadas .
Mas, na II Bienal de São Paulo (por ocasião do quarto Centenário da cidade em 1954) Moore paarticipou com 29 esculturas (em concreto, pedra, alabastro, madeira, gesso e bronze) e 40 desenhos.  A escultura mais antiga dessa bienal era de 1927, uma de suas primeiras figuras reclinadas em concreto (LH 43)
Complexo e  lento foi o processo que  levou finalmente a termo a possibilidade de vinda para São Paulo, de uma grande  peça de Henry Moore – Modelo para figura reclinada em duas peças: pontas em bronze, para o Museu de Arte Contemporãnea da USP durante a gestão de Walter Zanini.Em 1972  o mesmo diretor do MAC-USP, Walter Zanini atesta a chegada da escultura de  Moore a São Paulo. Possuimos então uma bela escultura de um dos maiores mestres dessa arte no século XX
Figura reclinada em duas peças: pontas 
                                                         Do MAC - USP              

Em comemoração aos 100 anos de Pinacoteca do Estado, o local abre espaço para o artista britânico Henry Moore. 

O escultor apresenta 117 esculturas, 72 desenhos e 55 gravuras, produzidas entre 1920 e 1980. 

Outras obras de Henry Moore merecem estar neste texto.

Grupo familiar

O Rei e a Rainha
Mãe e filho


E TODO UM ASSUNTO NOVO SURGIU APENAS PELA LEITURA DAS PRIMEIRAS PÁGINAS DO LIVRO “JUDAS” DE AMÓS ÓZ


O livro? só vai serlido em 2015. Até lá

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