TERMINANDO O ANO COM ARTE
Fico centrada nas reuniões de
família, comidas, visitas, votos…. Minhas atividades intelectuais ficam
devagar, quase parando.
Mesmo assim tínhamos a
intenção de ir à Pinacoteca visitar a exposição do Ron Mueck de quem acompanho
o trabalho há pelo menos 10 anos. Filas quilométricas, confusão de gente na
entrada impossibilitou até que chegássemos e tentássemos uma entrada privilegiada
para deficientes físicos como eu (tenho cartão). Desistimos.
Aproveitamos para uma voltinha
pela cidade relativamente vazia no dia seguinte ao Natal e acabamos no
shopping, também cheio (conseguimos parar no quarto piso e mesmo assim a custa
do meu cartão de deficiente.
Como sempre acabo em uma
livraria. Atração irresistível. Ligada pela resenha lida em um jornal, com
visual atraente, lá estava o livro JUDAS de Amós Oz recém lançado. Não conheço nada do
autor a não ser que é um escritor israelense. Flavio me deu de presente o
livro.
Como o calor está demais,
procuro não a trabalhar no computador e aproveito para ler em lugar mais
fresco. E comecei a ler meu novo livro.
Logo nas primeiras páginas,
uma citação despertou minha memória associativa visual. O autor diz:
“(...)
após quarenta ou cinquenta passos, quando já passar a pela estátua de autoria
de Henry Moore– a figura de ferro esverdeado de uma mulher larga e corpulenta,
deitada e toda envolta numa espécie de mortalha de pano grosso -, de repente
deu meia volta (...)
Draped Seated Figure- Hebrew University
- Jerusalém
E por força de uma
sincronicidade, dentro de meu campo de visão lá estava, entre a parte
desorganizada de meus livros de Arte, o grosso volume de Henry Moore, uma
retrospectiva do artista. Está lá há alguns anos. Tem data de 2005.
Nunca o tinha folheado. O nome me era totalmente
desconhecido. Evidencia de que eu conheço pouco de Arte, sabendo só o básico.
E minha atenção foi desviada
do livro JUDAS para a retrospectiva Henry Moore.
E, como é do meu hábito, fui
firme em direção à Henry Moore. Li bastante sobre ele, olhei demoradamente suas
obras de arte, gravuras e esculturas em notável edição. Com pesquisas complementares do Google Imagem
montei um texto sobre ele. O texto aqui vai:
Biografia de Henry
Spencer Moore (editada do Google Wikipedia)
Henry Moore
nasceu e morreu na Inglaterra. (1898 -1986). Foi um escultor e desenhista britânico que
desenvolveu uma obra tridimensional predominantemente figurativa, com breves
incursões pela abstração.
Moore
freqüentou a escola infantil e básica em Castleford, e começou a modelar em argila e a
esculpir em madeira. Decidiu
tornar-se um escultor ainda aos onze anos de idade, depois de ouvir sobre as
realizações de Michelangelo.
Com o seu
conhecimento do primitivismo, ele
começou a desenvolver um estilo de "escultura direta", no qual
as imperfeições do material e marcas deixadas pelo uso das ferramentas de
trabalho são incorporadas à escultura final.
Ao utilizar estas novas técnicas e conceitos teve que lutar contra o
seus professores, que não apreciavam esta abordagem moderna.
Em julho de 1929, casou-se
com Irina Radetsky, uma estudante de pintura na RCA. Irina nascera em Kiev, em 26 de março de 1907, filha de
pais russo-poloneses.
Pouco tempo
depois do casamento mudaram-se para um estúdio em Hampstead, em Londres,
juntando-se a uma pequena colônia de artistas que lá estavam começando a criar
raiz.
Em 1937, um
abstrato chamado Mãe e Criança, de Moore feito em pedra, foi exibido no jardim em
frente da casa de Roland Penrose em
Hampstead. As peças revelaram-se objeto de controvérsia com outros moradores, e
uma campanha contra ela foi levada a efeito pela imprensa local durante os dois
anos seguintes.
Neste tempo,
Moore gradualmente fez uma transição da escultura direta para a escultura
fundida em bronze, modelando maquetes preliminares
em barro ou gesso.
Considerado
um dos maiores escultores contemporâneos, recebeu o Prêmio Internacional de
Escultura na XXIV Bienal deVeneza (1948), na II Bienal de São Paulo (1953) e na V
Bienal de Tóquio (1959).
Como sua
riqueza pessoal cresceu dramaticamente, Moore começou a se preocupar com o seu
legado. Em 1977 ele
estava pagando cerca de um milhão de libras por ano em receitas fiscais e, de
modo a atenuar esta carga tributária, criou a Fundação Henry Moore como uma
entidade de caridade registrada, com Irina e Mary como mandatários. A fundação
foi criada para promover o reconhecimento público da arte e de preservar as
esculturas de Moore.
Henry Moore
faleceu aos 88 anos, em sua casa em Hertfordshire. Seu corpo foi enterrado no Artist's
Corner na Catedral de St Paul.
Em 15 de dezembro de 2005, ladrões
invadiram o pátio da Fundação Henry Moore e roubaram uma estátua de bronze, com
valor estimado em 5.3 milhões de dólares. A obra de 1969/1970, conhecida como Reclining
Figure LH608, possuía 3.6m de comprimento e 2m de altura, pesando 2,1
toneladas. Uma recompensa substancial foi oferecida pela fundação para
informações que possibilitassem sua recuperação, mas teme-se que a escultura
tenha sido roubada para ser derretida e vendida como sucata.
Reclining figure
HENRY MOORE
NO BRASIL
O
escultor esteve presente na I Bieenal de
São paulo (1951) com as litografias Figura em Pé e Figuras em Pé e Deitadas
.
Mas, na II
Bienal de São Paulo (por ocasião do quarto Centenário da cidade em 1954) Moore
paarticipou com 29 esculturas (em concreto, pedra, alabastro, madeira, gesso e
bronze) e 40 desenhos. A escultura mais
antiga dessa bienal era de 1927, uma de suas primeiras figuras reclinadas em
concreto (LH 43)
Complexo
e lento foi o processo que levou finalmente a termo a possibilidade de
vinda para São Paulo, de uma grande peça
de Henry Moore – Modelo para figura
reclinada em duas peças: pontas em bronze, para o Museu de Arte Contemporãnea da USP durante a gestão de
Walter Zanini.Em 1972 o mesmo diretor do
MAC-USP, Walter Zanini atesta a chegada da escultura de Moore a São Paulo. Possuimos então uma bela
escultura de um dos maiores mestres dessa arte no século XX
Figura
reclinada em duas peças: pontas
Do
MAC - USP
Em comemoração aos 100 anos de Pinacoteca do Estado, o local abre espaço
para o artista britânico Henry
Moore.
O escultor apresenta 117 esculturas, 72 desenhos e 55 gravuras, produzidas entre 1920 e 1980.
O escultor apresenta 117 esculturas, 72 desenhos e 55 gravuras, produzidas entre 1920 e 1980.
Outras obras de Henry Moore merecem estar neste texto.
Grupo
familiar
O
Rei e a Rainha
Mãe
e filho
E TODO
UM ASSUNTO NOVO SURGIU APENAS PELA LEITURA DAS PRIMEIRAS PÁGINAS DO LIVRO
“JUDAS” DE AMÓS ÓZ
O livro? só vai serlido em 2015. Até lá
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