DIÁRIO DO MEU ISOLAMENTO – PARTE 9
Já é 2021
A
passagem física de um ano para outro, para mim foi só no calendário. Mudei
folhinhas, fechei agenda, fechei o diário e no computador depois de registrar
quanto trabalhei em 2020 (5,77GB), já abri uma pasta NEUZA 2021 1º Semestre.
Abri
um novo diário e nova agenda de trabalho. Não senti fisicamente a passagem
2020-2021.Estava sozinha em casa, já sabia que não haveria fogos e bonita visão
daqui e não havia nenhum motivo de alegria para comemorações.
Fui
dormir antes de meia noite.
Já no
primeiro dia do ano, na falta de coisa melhor fiquei cozinhando porque tinha
que processar legumes e verduras antes que perdessem seu prazo de
validade. E continuo sozinha a cuidar da
higienização do ap. todo mesmo que dividindo em partes porque não aguento o
esforço físico. Mas no dia 4 de janeiro Flavio e Eliana trouxeram uma faxineira
bem profissional (Nina) que fez uma faxina em regra. focando mais o close que precisava
de uma boa limpeza. O resto do bimestre
eu cuidei da higienização periódica e de toda a comida sempre feita em
quantidades maiores para distribuição em potinhos e guardadas no freeser. Monto
os meus pratos com cuidado que sejam balanceados com proteínas, carbo-hidratos,
pouca gordura e muita verdura e legume. Continuo tomando muito leite. tenho pensado em mudar um pouco a logística dos
potinhos para facilitar minha vida.
Vazamento
que começou no ano passada continuou aqui e Eliana assumiu. Levou mais um tempo
para ser resolvido com o seguro pagando gastos.
Fiz os
pagamentos devidos como rotinas de sempre.
Nos
primeiros dias respondi às muitas mensagens
recebidas, mas sem repostas muito positivas,
bonitinhas e esperançosas. Sou muito pé no chão e não acredito em milagres. E é
preciso um milagre para resolver o super enrolado dos cuidados nesta pandemia
brasileira.
Não
esqueci de Miriam e Arthur
Grande
surpresa ao recebi de Eliane Teixeira (grupo do Terron) um belo bolo com
mensagem positiva para o novo ano.
Dando
continuidade ao programa de testes da vacina Janssen, o primeiro exame de sangue
para o grupo ENSEMBLE em 07/01 provavelmente para verificação dos anticorpos. Aproveitei
para chegar até a Farmácia da Psiquiatria e minha perna direita não gostou do
esforço e começou a doer. Nesse dia um exemplo de honestidade e solidariedade
quando o motorista do Uber foi até o CEAC (Centro de Apoio ao Colaborador) no
HC devolver o celular que eu havia esquecido no carro. Atitude inusitada hoje
em dia.
Continuo
fazendo medidas de temperatura, oxigenação e pulsação 3 vezes por dia nas segundas
e quintas feiras e respondendo a um questionário.
No
programa de vacinação oficial estava chegando a minha vez pelos 90+. E o grupo
Ensemble abriu o meu duplo cego porque não poderia tomar a vacina oficial se
tivesse tomado a Janssen. E a notícia é
que fui VACINA. Então, estou imunizada
desde 07 de dezembro quando a injeção tomada ainda não me dizia se era Vacina
ou Placebo.
Tive
problema com uma das minhas próteses auditivas e fui atendida de emergência no
REOUVIR provavelmente por intervenção de Mara Gândara. Resolvido na hora pela
competência da fonoaudióloga Telma (outra Telma em minha vida). Novo molde para
partes acrílicas não substituída há tempos.
Flavio
sempre mostrando sua capacidade de restaurador levou o RELÓGIO (com letra Maiúsculas
dada sua importância na família) desmontou, limpou, remontou e ele está
funcionando bem, sem o carrilhão que é auditivamente muito invasivo.
Montei
um texto sobre os 66 anos de Flavio
Encontrei
uns peineis de Encontros de 2015 e eram de Mário e Sumiko Wakabara Contato com eles para devolver os painéis
tive a notícia que Mario falecera em 20 de dezembro do Covid 19. Mais uma razão
para eles quererem os painéis. Sumiko veio pessoalmente buscar e depois me
comunicou como foi importante para a família rever todo aquele momento.
Clube
de Leitura Pedro Bandeira 6.0 já começou a funcionar com comentário sobre O
RETRATO DE DORIAN GRAY, e eu lendo também LUIZA para o grupo de
leitura da Academia Paulista de Letras.
Leitura paralela de A CASA DAS BELAS
ADORMECIDAS -Yasumari Kavabati
escrito em 1961 para comparação de MEMÓRIAS (OU LEMBRANÇAS) DE MINHAS PUTAS
TRISTES de Gabriel Garcia Marques do clube do livro Pedro Bandeira.
O
livro seguinte foi NO SEU PESCOÇO da Nigeriana Chimamanda Ngozi
Adichie o que me levou a procurar saber
onde geograficamente ficava a Nigéria na África. Nos contos desse livro dá para
perceber os problemas sociais e o nível de violência no país. (nestes primeiros dias de março um grupo
terrorista sequestrou 300 meninas de uma escola. Sem mais notícias) O livro
seguinte foi O HOMEM E O MAR de Ernest Hemingway. Me envolvi muito e li
em dois dias roubando tempo de outras atividades.
Continuo
lendo aos pouco BRASIL - PARAISO RESTAURAVEL -Jorge Caldeira e.... e LEQUE ABERTO- Raquel Naveira que estará presente no dia 25 de março no grupo
da Academia Paulista de Letras.
Grupo
do Lab 60+ com roda de conversa sobre ANCESTRALIDADE. 8 pessoas e para mim uma
beleza porque sei e tenho material sobre isso.
No
grupo Séfora trabalhando o Módulo 2 com grupo que interrompeu o trabalho pelas
“festas”.
A
necessidade de fazer uma procuração total em nome do Flavio se fez premente por
minha idade e acontecimentos inesperados. O Tabelião não aceitou meu RG (perdeu
o prazo de validade?????) e fizemos uma procuração informal esperando que o
Poupa Tempo volte a funcionar para novo RG. Fechado pela pandemia.
Sempre
procurando me atualizar com o que acontece no mundo e invasão do Capitólio dos
E.U. e eleições tiveram toda a minha atenção. Trump e Biden. Também a politização das
vacinas é outro assunto que sem querer tem que ser acompanhada. Uma vergonha
que vai se arrastar até o começo de março, quando a Pandemia estará no seu auge
As notícias
de TV variaram entre os três assuntos da vez: Vacinas, eleições americanas e
Pandemia brasileira sem coordenação de cuidados. Com festas de Natal e final de
ano propiciando aglomerações de inconscientes, o resultado já está aparecendo
com grande perigo no mês de março. Problema com as vacinas segue bagunçado.
Pela leitura diária do jornal sempre me atualizando
sobre os rumos da política externa
Escrevi
um GUIA DE SOBREVIVENCIA nesta pandemia e usei o texto na última aula da Casa
Séfora.
Conversa
cordial com Ricardo em Porto Alegre. Sobre a Casa Séfora que é mantida por
Florésia, irmã de Ricardo que mora em Natal (RN). Pessoalmente tudo bem, mas
profissionalmente acho que não vai continuar. A apresentação da aula inaugural
para motivação não deu resultado. Não haverá projeto Casa Séfora pelo
menos nesses primeiros quatro meses em
que ficamos ocupadas (eu e Telma) com a USP 60+
Contato
com S.G. que não responde mais pelo Conselho do Idoso na Prefeitura e contato
com apresentação sobre São Paulo gorou porque reduziram muito o que pretendiam
pagar. São Paulo ficou sem sua história no dia do seu aniversário. Em
compensação Dr Egídio da USP 60+ publicou no Jornal da USP minha Declaração de
Amor à São Paulo
Procurando
por cursos acabei por fazer um sobre LITERATURA INDÍGENA com Daniel Munduruku
em 3 aulas virtuais. Aproveitei uma poesia de uma indígena Marcia Kambeba para
texto de apoio do tema IDENTIDADE
Marta
Vannucci professora da USP no meu tempo morre com quase 100 anos
Continuo
a ver meu seriado preferido NCSI. Tem conteúdo interessante sempre e já conheço
cada personagem. Um entretenimento válido. Tenho visto bons programas no canal 648 e Arte
na França foi um deles.
Victor,
meu neto de São Roque teve a viagem para a Itália (para onde ia de mudança)
interrompida por conta da quarentena porque nem a opção de 14 dia em Istambul
se concretizou porque a Turquia também fechou para pessoas do Brasil (pandemia).
Já tinha despachados parte de seus móveis (muitos dos quais ainda eram os de
minha mãe) para o sitio do André onde tem espaço e tudo é aproveitado. Estiveram
aqui o André e Victor e mantivemos uma conversa de duas horas ao lado da piscina
(o dia ajudou com um céu azul e sem vento). Tudo dentro do distanciamento
protocolar e com máscaras.
Jurema
e Oscar continuam em Londres depois dos tempos de Covid 19 que atingiu ambos.
Agora vacinados.
Converso
muito com o amigo Sergio D.E. que é o único que recebo aqui para conversas
prolongadas de duas ou mais horas.
Margarete é outra amiga do peito porque não descuida nunca de mim. Sempre
em contato. Com Jolanda “encontro” em suas Lives do domingo. Em um deles
participei como convidada e meu tema foi UM PASSEIO IMAGINÁRIO SOBRE O CENTRO
DE SÃO PAULO. Deu certo e foi bem recebido.
Contato
com o SESC através de Débora que, com sua paciência e atenção me ajudou a fazer
o cadastro para futuros trabalhos. Difícil, complicado
Em 26 de fevereiro foi ao ar uma entrevista
dada à Claudia Reinoso da UFRJ sobre VACINAÇÃO. Postada na íntegra teve mais de
uma hora de duração. Também no Facebook e no YouTube
Demos
um empurrão em imobiliárias para retomar com muito empenho a venda do
apartamento, mas o momento não ajuda. E vamos levando. Novas fotos do ap. para
imobiliárias supervisionada por Eliana.
Revisão
do meu trabalho CAMINHANDO... e montando novo curso agora com 4 aulas. Folder
já pronto e com boa divulgação, mas pouca adesão.
Como
não podia deixar de acontecer, nas minhas horas acordada invento alguma coisa.
É o meu próximo projeto: um Espaço
Cultural no Raízes de André e Rosinha em Cunha. Para usar meus livros (quando
eu morrer ou mudar de apartamento) meus CDS e toca CD e os meus 80 posters de
Arte Visual. Ideia só em inicio de gestação, mas já dei um toque para Bruno
que, com arquiteto terá que projetar
esse espaço. Raízes recebe gente de
muitos níveis e isso será bem aceito. (acho)
Agora
muito medo mesmo Essa pandemia não está sob controle, conta com as muitas
mutações da corona vírus e “ajudada” pela incompetência dos poderes públicos
está no pico neste final de fevereiro.
A
Pandemia trás “O inesperado que modifica a realidade, interrompe planos,
provoca adaptações e causa perplexidade, e medo, exigindo reações.”
Fevereiro
termina sem grandes esperanças de melhoria.
Comentários
que passou na tv Brasil. Fiquei encantado
Com todo o acervo de memória que a senhora construiu.