COMO SABER SER FELIZ COM O QUE A VIDA OFERECE


Há dias em que a gente se sente a escolhida para ser presenteada com coisas boas e assim ficar enriquecida. Tudo soa bom, mesmo o que seria desagradável pode se tornar aceitável.

Foi assim neste dia 8 de maio, que já tinha sido precedido pelo dia anterior em que muitas atividades (sete) foram cumpridas no tempo certo: musculação, aula na USP, encontro com filho, musica na Faculdade de Medicina, livro na Editora Cosac Naify (andei muito para chegar até lá); aula na Estação da Luz e Casa das Rosas com aula sobre o Ano 68 na musica brasileira. Nada falhou.

Para o dia 8 já tinha programado o inicio de um novo curso. As novidades sempre me deixam ansiosa, na expectativa. Certamente já esperava coisas positivas porque já conhecia o espaço, suas atividades, sua filosofia de trabalho e atuação na sociedade. Mas estava em outro lugar da minha vida. Ainda não chegara o tempo.

Conheci realmente o CIEE em um concerto. Lugar simpático, bonito, com pessoas de classe no atendimento. Só agora me cadastrei e só agora comecei a receber noticias dos eventos. E um deles me atraiu porque é a minha cara, preenche os meus interesses: 5º Curso sobre a História de São Paulo.

Tudo conspirou positivamente para que eu pudesse fazê-lo: uma quinta feira, a possibilidade de mudar o protocolo de Musculação do CECAFI para sexta feira, uma condução aqui em frente de casa que me deixa na porta, e os temas, todos eles motivadores para quem gosta da cidade e quer complementar o que já sabe.

Inscrita desde a semana anterior, fiquei aguardando ansiosa a quinta feira que chegou normal, sem nada que pudesse me atrapalhar.

Prazer de entrar nesse CIEE da Rua Tabapuã. Recepção e tratamento de primeira. E um amplo salão (tudo lá é amplo) a nos aguardar com um café da manhã que mais do que a matéria em si, - o café, o leite, os pãezinhos – é o momento da confraternização, o momento de saber quem é quem, de começar a compartilhar o que cada um sabe. Se ainda não foi dessa vez, provavelmente será nos outros encontros.

O teatro lotado. Muitas pessoas com necessidades especiais com tratamento carinhoso e atento, dando-lhes a possibilidade de convivência, compartilhamento e aquisição de conhecimentos.

As boas vindas de praxe, o tema do dia sendo desenvolvido.

Infelizmente não pude continuar até o fim. Ainda nesta semana não consegui mudar a hora do CECAFI e “voei” via táxi para a Teodoro Sampaio.

Em forma com a musculação - desta vez com aniversário lembrado porque no dia 4 de maio meus exercícios fizeram 7 anos. – almocei lá em frente e fui para o Anhangabaú, para o CRECI. Cheguei cedo, descansei e às 14h trabalho. Hoje o Tema foi “Fotografias Significativas”. Sempre é um tema participativo e gera muitas histórias. Então me realizei e as palavras deixadas como avaliação do encontro foram: REVIVER, ALEGRIA, BOAS LEMBRANÇAS, SAUDOSISMO. Que mais vou querer!!!!!

De posse de um montão de passoquinhas que agradaram o vendedor e vão agradar quem aparecer por aqui, vim para casa. O tempo suficiente de dar uma verificada nos e-mails, trocar de roupa e encontrar o Flavio lá em baixo.

Fomos ao Teatro do Colégio Santa Cruz para a cerimônia de posse de Jorge Caldeia, o Cafu como acadêmico na Academia Paulista de Letras. Ocupa a cadeira nº 18. Cafu é amigo do Flavio e a lembrança maior e mais significativa que tenho dele foi que quando Ayrton acabou de partir, ele foi a primeira pessoa que chegou aqui em casa. Coisa que não se esquece e nunca se agradecerá o suficiente.

No teatro, ambiente e convidados formais. Cerimônia oficial com ritual próprio.

A parte os discursos muito longos (mas faz parte do ritual) tudo foi bastante solene, mas agradável. Personalidades presentes, muitas das quais conhecidas; Fernando Henrique Cardoso, sempre chamado como Sr. Presidente e não ex-presidente. Sra. Ruth; Paulo Bonfim, um paulistano entusiasmado que sempre escreve belas crônicas; a dama Lygia Fagundes Teles, uma idosa bonita ainda. E o prof. Pavan, o único sobrevivente dos meus professores da Faculdade. Ainda em forma, conversamos um pouco.

Cumprimentei alguns, conversei com outros. E depois de um coquetel simpático voltamos para casa.

No balanço final, os dois dias foram tão produtivos e agradáveis quanto eu poderia querer. Fiz o que gosto, como gosto e aproveitei cada minuto. Contabilizei bons momentos na minha vida atual.

Não é preciso muito para ser feliz.

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