UM DOCUMENTO ENCONTRADO NO FUNDO DO BAÚ DA MEMÓRIA – responsável por toda uma história
Periodicamente meu Baú da
Memória sofre limpezas, arrumações porque está sempre bagunçado. É atração da
casa e a cada vez seu conteúdo é tirado, conferido, acrescido e manuseado.
Nesta última vez, forrando o fundo do Baú encontrei um documento que, se estava
lá certamente era valioso. Mas esquecido. Protegidos, estavam o documento e o texto que
lhe deu origem: A Voz dos Objetos.
Uma análise do documento
através de suas palavras chaves: PAPEL RECICLADO - CERTIFICADO –MEU NOME
COMPLETO - TALENTOS – MATURIDADE – 2004 – BANCO REAL -– PARTICIPAÇÃO –
LITERATURA –– geraram uma história que gerou este texto.
Foto do certificado
O PAPEL RECICLADO mostra já uma
preocupação com a natureza, com a sustentabilidade com o respeito pelo planeta.
Satisfação em constatar o fato.
CERTIFICADO (documento
comprobatório de um fato) em meu nome testemunha alguma coisa que eu fiz.
MEU NOME COMPLETO - mostra o
cuidado com a identidade. Nada de NEUZA GUERREIRO ou NEUZA DE CARVALHO, mas
NEUZA GUERREIRO DE CARVALHO.
TALENTO - capacidade inata
para realizações que nem sempre é evidente. Precisa ser descoberto.
MATURIDADE – fase da idade
adulta, não necessariamente de idosos.
2004 – um dado cronológico
BANCO REAL - instituição da
época
PARTICIPAÇÃO - fazer parte
LITERATURA – uma escolha
entre várias opções apresentadas
A história começa antes de
2004, talvez pelos idos de 1996-1997 – quando comecei a escrever minha História
de Vida. Sem pretensões, apenas como registros. Nos primeiros textos, só fatos,
mas com a descoberta de que os detalhes é que dão o tempero, fui melhorando e melhorando e
passei a escrever não Ao Correr da Pena", como dizia José de
Alencar ao escrever suas crônicas no século XIX, mas "Ao Correr do
Teclado", neste século XXI.
Desde 1999 o
logotipo procurando Talentos da Maturidade me bombardeou via Internet e outros
meios de comunicação, até que, conquistada pela possibilidade de tornar pública
a minha “produção”, optei por mandar um texto. Não me preocupei muito com
“ganhar”, mas principalmente “participar” em uma experiência nova para mim. Já
então, estava dentro do padrão de maturidade: 74 anos e parafraseando Machado
de Assis:
Estou
naquela idade inquieta e duvidosa
que é um
fim de tarde
e começa a anoitecer
PARTICIPAR, COMPARTILHAR, sempre foi meu objetivo maior. Receber
um certificado de participação certamente foi um premio quase tão importante
quanto um primeiro lugar. O participar motiva. Não é um fim, mas um meio
incentivador para continuar. E neste
caso particular incentivar para continuar
a escrever. E eu continuei. Até agora “rabisquei” digitei milhares e milhares
de palavras que constituíram cerca de 500 textos dos mais variados assuntos. Do
meu jeito pessoal, contando, registrando, inventando, comentando.
Por que só em
2004? Tudo tem seu tempo e ele chegou quando eu tinha um texto pronto e que
julgava interessante.
Até então, o
logotipo Talentos da Maturidade levava junto “Concurso Banco Real” e ficou
assim até 2007.
O Banco Real um
simpático banco mineiro, até então era também conhecido pela notável decoração
de Natal na agencia da Avenida Paulista. Seu saguão enorme era tomado por
instalações temáticas (Reciclagem em 2003, Água em 2004, Produtos da floresta
em 2005, Diversidade em 2006 e História de Natal para o mundo em 2007) da
melhor qualidade, bom gosto em cor e luz.
Mas as coisas
mudam, e em uma cidade como São Paulo, em constante “Vir a Ser” como escreve
Jorge Americano, mudam muito. E entra na vida da cidade a palavra SANTANDER. Entra aos poucos, pé ante pé, devagar, no
começo junto com o logotipo do Real e
aos poucos tomando o espaço, até que a partir de 2010 só vemos o vermelho do
Santander.
Filosofias
diferentes, não mais a festa visual do Real, o Santander investe agora mais
diretamente em AÇÃO. Educação, Cultura, Sustentabilidade, Diversidade, são suas
metas. Mas, não se esqueceu de continuar com a procura de Talentos da
Maturidade que neste 2013 chega à sua
14ª edição, agora sob o nome SANTANDER.
E novamente me
conquistou. Tinha parado um tempo. Não sei bem
por que. Talvez porque estivesse investindo em adquirir sempre mais conhecimentos
e organizar projetos de trabalho necessários à sobrevivência.
Sempre solicitada
através de cartas gentis, voltei a participar na categoria Literatura. Escrevo
muito. Não sei bem o que. Contos,
crônicas, registros, situações familiares, histórias minhas e da família,
criações da imaginação, comentários... Mas escrevo. Tanto faz a etiqueta.
Escrever me dá prazer. Escrever é antes de tudo deixar para a posteridade um
registro de vida.
E, como escreveu Ilka Brunilde Laurito:
“Vamos morrer um dia. Mas, histórias podem
durar depois de nós. Basta que sejam postas em folha de papel e que suas letras
mortas sejam ressuscitadas por olhos que saibam ler". Ou em tela de
computador neste século de tecnologia.
Se a função
deste meu blog sempre foi divulgar, motivar, mostrar que todos podem fazer tudo
com coragem, meu recado está dado. Escrevam, divulguem e tenham a satisfação de
participar. Comecem e “vão pegar no breu” como dizia um professor amigo. Usem de um veiculo de divulgação que pode ser o
programa Talentos da Maturidade. O endereço? O milagroso Google lhe dará.
Já que vou
participar quero ter outros “maduros” participando também. Por isso divulgo.
Então, ao PARTICIPAR, COMPARTILHAR, junto agora DIVULGAR
Quanta história
um documento encontrado no fundo do Baú da Memória foi capaz de gerar.
Comentários
Aqui o site da revista para a senhora conhecer:
http://www.brasileiros-mundo-afora.com/