RETROSPECTICA 2019 – RESUMO (tão resumido quanto possível)
Continuo
praticamente a mesma. Nesta fase da vida não se muda muito. Já temos as manias
e os pensamentos cristalizados. Mudanças só as circunstanciais.
Minha saúde física e
mental está além do esperado em meus quase 90 anos. Fiz um relatório completo
de como estão meus aparelhos e sistemas agora, para poder acompanhar as
mudanças que forem acontecendo. Todo o meu acompanhamento é pelo Hospital das Clínicas:
Geriatria, Ginecologia (grupo de mama), Ortopedia (acompanhamento anual da
cirurgia) Otorrino (próteses), Psiquiatria (grupo LIM27). Oftalmologia pelo
IMO.
Atividades domésticas
continuam sendo as mesmas: lavo, (louças e roupas) cozinho e administro desde
compras, pagamentos e reposição de aparelhos domésticos que estão envelhecendo
comigo.
Trabalhos Manuais não
fiz nadinha.
Cinema só aqueles
filmes que assisto nos Encontros Culturais do prof. Terron. Vejo alguns filmes
pela Netflix (gentileza do Jarlei) e de ótimos e diferentes filmes no Films
& Arts e Eurochanel (filmes italianos, tchecos ou alemães). Acrescentam
muitos conhecimentos de geografia..........
No Blog, já fui melhor. É uma atividade que requer um período de
gestação do tema, organização cerebral e montagem do texto. Como gosto de
acrescentar imagens, o trabalho é maior. Este ano foram só nove contra os 24 do
ano passado. Acho que estou mais lenta em tudo – Ou mais diversificada em
atividades.
Listando o que escrevi,
foram 27 ¨coisinhas¨ Reservado espaço e tempo para a continuação da HISTÓRIA DE
ROSÁLIA estão paradas as 93 páginas digitadas entremeadas de mais de 100 fotos
digitalizadas, por falta dos dados que os filhos prometeram mandar e não
mandaram.
Jarlei (já todos
conhecem poque desde 2008 escrevo sobre ele) esteve morando aqui por mais de
quatro meses. Me fez muita companhia, me ajudou financeiramente, materialmente e
nosso relacionamento é maternal, filial, amistoso........É mais do que filho,
neto, amigo de todas as horas e todos os assuntos.
Listei como TRABALHO (
o que consome energia, remunerado ou não)
78 atividades das mais variadas, desde os Encontro de Resgate
Autobiográfico com desenvolvimento de 16 temas em quatro meses de encontros
semanais, até participação de grandes eventos como LONGEVIDADE no Expo Center Norte e viagem bate e volta à Belo Horizonte para
palestra e roda de conversas sobre A COMUNICAÇÃO DE ONTEM E HOJE.
Li menos do que
gostaria desde jornal diário, revistas especializadas como Superinteressante e
Pesquisa e livros diversos que listei 18 itens.
Ouvi menos música do
que gostaria e não registrei tudo e
assim nem tenho um item sobre MÚSICA Vale o que eu ouvi e aproveitei.
Estou sempre fazendo
pesquisas paralelas aos meus focos principais. Listei 30 itens desde pesquisa e
ppt sobre a Zona Norte do município para palestra, IBGE sobre população
longeva, sobre a cidade de Belo Horizonte e até sobre Satélites Artificiais,
para apoio de comunicação atual.
Precisei de um
computador novo e com isso todo o volume de estudos de atualização para
programas atuais. E para maior conforto um monitor maior e um teclado mais
compatível com meus dedos que já não são os mesmos.
Nos Eventos caprichei
este ano. Foram 69 listados porque inclui neste item as idas ao Theatro
Municipal e muita música ouvida.
Frequento muito a Unibes Cultural, Centro de Convenções Rebouças,
Estadão em sua sede e na cidade Universitária os departamentos que nos cedem
espaços, com o IAA, Brasiliana.....
Minhas atividades
sociais a que eu dou muito valor entre visitas feitas e recebidas, troca de
mensagens pessoais (não as encaminhadas)
.Cultivo amizades de sempre como Margarete, Wanda, Regina, Maria Inês, Jolanda, Constantina, Rosa a
chilena amiga de Theatro Municipal, Sandra Gomes dos Direitos Humanos de Idosos
da Prefeitura o grupo das Semi - Novas (Do Carmo, Irley, Irma, Sirlei, Zazá, ) que
está se extinguindo, Circe ( a vizinha de frente) Telma, Ana Luci
Fusco............., .umas 20 pessoas do
grupo dos Encontros Culturais do Prof Terron ( amigos semanais, mas ao longo do
tempo de mais de 10 anos formando fios
resistentes de amizades) , Joana do HU, Dr Egídio, Sergio Duque Estrada, Rafael
Aidar, funcionários do prédio, Dona Alda
a cadeirante que encontro no jardim, Mariazinha, Eduardo (do
documentário longevo) . E os distantes Pedro Vilches Molina,
Alessandro D Aira, Adolfo Ariño Turquetto
e muitos outros que vou me lembrando ao longo do tempo em que escrevo
este resumo.
Tenho visto mais TV
porque fico mais tempo em casa. E há programas ótimos como complementação de
conhecimentos. É só saber escolher - Arte1, +Globosat, Curta, Films & Arts......
A mídia me deu sossego
e a melhor produção foi para a TV Cultura
no programa TRANSVERSAL DO TEMPO onde ganhei 26 minutos de fama, mas
exibido em02/01 já 2020. Entrevistas para TV SESC e
para a editora da revista Pesquisa da FAPESP sobre o prof. Pavan e ..........
O Documentário de
Eduardo Barros segue devagar quase parando. Quem sabe antes de eu morrer fica
pronto.
As Semi - Novas
estão se desmanchando. Ou morrem, ou estão doentes, ou estão sem vontade por
dificuldade física, ou sem motivação.
Quanto à Figueira da
Glette, desisti totalmente. São
quase 20 anos gastando energias em sua defesa e continua todo a mesma coisa
salvo que sob sua copa além do lixo de mais de um ano agora ganhou até um fogão
velho. Quem quiser adotá-la, estou oferecendo.
Finanças vou até pular.
Consigo a duras penas sobreviver e não quero compartilhar meus apuros
financeiros. Para ajudar nas contas
entrei no sistema de hospedagem Airbnb e gostei
Hospedei mais de 10 pessoas durante o ano e para mim além da ajuda
financeira é uma companhia pessoal e significa um desafio de conviver com gerações
diferentes, formações, vivencias e comportamentos diferentes. Experiencia
intergeracional significativa
Quase não compro nada.
As compras mensais de sobrevivência, o que preciso para trabalhar com conforto
e produtividade, alguns excessos. Estou sempre bem vestida porque cuido bem de
roupas de 4 ou 5 anos Nota - um dia saí totalmente vintage: uma calça comprida
de 35 anos e uma blusa de mais de 40 anos. O detalhe foi uma bela echarpe que
dominou tudo.
Este ano viajei a
trabalho e felizmente com tudo pago E testei as minhas possibilidades indo
sozinha para Belo Horizonte com o que isso implica em estadas em aeroportos
deslocamentos, ambientes diversos e tempos de paciência indispensável. Viagem
bate e volta, mas valeu.
Não ando muito. Me
canso mais. Sempre de bengala e atenção reforçada na maneira de andar e
observação das irregularidades grandes das calçadas. Mas, sobrevivo mesmo quando passo um pouco dos
limites.
Perdi a Vera prima que
durante muito tempo fez parte do quarteto da minha infância e adolescência:
Airton, Vera, Nelson e Odair meus primos diretos e de convivência maior.
Foram-se todos. Sou a sobrevivente (estou me acostumando com o termo). Uma
amiga e vizinha de muitos anos Dalva, também partiu, E doença de Cidinha que me
preocupa. Jolanda também deu um grande susto.
No final do ano,
dezembro sempre procuro manter minhas relações com confraternizações pequenas:
os funcionários do prédio, algumas vizinha (poucas), filho e netos passam por
aqui, e relações profissionais. Nem
senti a passagem 2019 – 2020 a não ser pela facilidade de escrever 2020 em vez
de 2019.
Dos filhos: Jurema
continua com Oscar em Londres. Distância e tempo diluem os contatos
Flavio e Eliana morando
em outro bairro vêm menos por aqui. Comunicação virtual diária.
Os Netos são de uma
geração que cada vez mais se distancia da minha. André com Rosinha em Cunha
lutando com problemas de sobrevivência; Victor, no seu doutorado que já o está
cansando, mas com Adele, boa companheira em suas decisões. Bruno e Thais é o
mais chegado, mas tem a vida de todos os da geração 30+. Tiago com Lais passam
meses sem um Oi.
Planos????? piada. Quando estatisticamente minha
expectativa de vida é em média seis anos, tenho que fazer tudo o que posso e
quero com esse foco.
Dependo incondicionalmente da venda do
apartamento para saber da minha situação material. Pessoalmente estou bem de saúde e isso já é
uma situação positiva e o plano é cuidar para que continue assim. Emocionalmente não dá para planejar. Muitas
variáveis acontecem e estão sempre mudando o meu mundo para pior ou melhor. Dou
mais valor ao que o torna melhor e curto isso.
Mensagens para mim mesma:
NÃO ME DEIXAR VENCER
PELA PREGUIÇA, INSEGURANÇA E INDECISÕES
VIVER DENTRO DE MINHAS
LIMITAÇÕES: NEM ALÉM NEM AQUÉM.
Neuza Guerreiro de Carvalho – VovóNeuza
– NEUZINHA
09/03/2020
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