...e agora falando em LIVROS
Nesse isolamento que já está no seu 106ºdia, atividades domésticas se tornam rotinas, mas há coisas que fora da rotina, precisam ser feitas, e não posso fazer por Impossibilidade física mesmo. Proibida de subir em escadas e muitas prateleiras são altas.
As estantes de livros vivem me cobrando por uma limpeza e arrumação e sempre vai ficando. E pela casa inteira existem livros espalhados: novos, velhos, muito velhos......Estantes mais baixas mantenho em ordem porque estou sempre mexendo, como a específica sobre São Paulo, a prateleira sobre Música. a minha mini galeria onde agrupo tudo sobre arte visual.
São três as prateleiras mais altas e com os livros empoeirados e misturados. É um problema.Me incomoda ter um problema não resolvido. É PROBLEMA MEU e EU tenho que resolver
E fico pensando em alternativas que não envolvam família que já tem vida organizada. Como todo problema tem solução eu encontrei a melhor: um funcionário do prédio, um dos mais prestativos, tem dormido no prédio porque mora muito longe e nesses tempos de pandemia, quanto menos deslocamento melhor. Então, combinei com ele que depois de encerrado seu compromisso profissional, ele viria aqui e baixaria todos os livros das três prateleiras mais altas.
E fui me preparando. Cobri o sofá com lençóis para receber os livros empoeirados. e fui baixando todos os que eu podia alcançar e esparramando pela mesa, sofá e onde tivesse uma superfície livre. Já limpando e separando por autores brasileiros, sul americanos e europeus.
Mexer em livros é o mesmo que mexer em um baú de fotos. Não dá pra passar batido. Para-se aqui,, ali, surpresa de encontrar algum livro esquecido, outros que ao serem folheado mostram trecho sinesquecíveis, dá vontade de ler de novo........Alguns repetidos vou dar a alguém
Separei os muitos de Vargas Llosa que tenho, - parando no Pantaleão e as Visitadoras – o primeiro desse autor que li e me assustei com seu estilo diferente; de Garcia Marques, folheando Cem Anos de Solidão , para ser lido mais de uma vez e quando eu fiz minha primeira árvore genealógica para saber quem era quem na família romanceada porque os nomes se repetiam em diferentes gerações ; quase todos de José Saramago tive vontade de ler de novo Levantados do Chão quando Saramago ainda não tinha seu próprio estilo e sem dúvida Memorial do Convento e lógico Evangelho Segundo Jesus Cristo com comentários meus e..........Alguns de Mia Couto. .
Entre os muitos livros manuseados alguns pararam nas minhas mãos e no meu emocional. Seja porque tinha lido há tempo e marcou, seja porque me tocou mais fundo. E fui separando - NO PAÍS DAS SOMBRAS LONGAS – CARANGUEIJOS E GAIVOTAS - A CELEBRAÇÃO DO DIA onde para cada dia do ano há informações pertinentes. e O ÓCIO CRIATIVO, que pretendo comentar melhor, mas anda de lugar em lugar e até agora só consegui uma releitura. É um livro entrevista publicado em 1995 na Itália, em 2000 no Brasil, comprado por mim e lido em 2011 e que tem afirmações que cabem bem explicando acontecimentos do século XXI. E naturalmente os três atuais de Yuval Harari – SAPIENS – HOMO DEUS – XXI LIÇÕES PARA O SÉCULO XXI –.........Não dá para listar todos.
Dos brasileiros já deixei separados todo os que tenho de José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Zélia Gatai, Érico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Rachel de Queiroz, Dinah Silveira de Queiroz, Mário de Andrade, Clarisse Lispector ............Uns diferentes e pouco conhecidos MEMÓRIAS DE UM GATO sequência de três volumes com nomes diferentes.
Às 19h Raimundo veio e baixou os livros todos das três prateleiras mais altas. E eu fui apanhando e distribuindo. Em menos de uma hora todos descidos, mas quando ele foi o trabalho foi meu de limpar todos e distribui-los separados. Essa foi a minha tarde e noite de sexta feia, 3 de julho de 2020 até mais de 22h. Duas salas em queos livros dominaram.
No sábado 6:30 Raimundo já aqui e depois do nosso café com leite eu dando a ele os livros já separados e distribuídos em prateleira especificas para brasileiros, sul americanos e português e misturados que não encontraram classificação.
Sem Raimundo eu nunca teria conseguido resolver esse problema. Ele não tem noção do quanto me ajudou O bônus dado a ele foi por merecimento ele nem sabe quanto. Ainda voltou 11:00h para colocar os remanescentes. E tudo ficou em ordem, prateleiras limpas e livros no lugar.
Deixei em lugar especial para serem relidos nestes próximos dias - NO PAÍS DAS SOMBRAS LONGAS, um livro ótimo e está sendo relido na íntegra. porque já encontrei o que procurava e comprei VOLTA AO PAÍS DAS SOMBRAS LONGAS. Releitura também de Vargas Llosa TRAVESSURAS DA MENINA MÁ porque na reunião do dia 30 de julho na Academia Paulista de Letras esse livro será comentado e eu quero estar presente como livro relido, comentado e avaliado.
Qualquer dia reorganizo os livros que tenho sobre ARTE VISUAL, MÚSICA, sobre a cidade de SÃO PAULO.
Conclusão – Mexer em livros é uma maratona. Auto controle grande para não parar mais do que o suficiente para uma limpeza e um folhear rápido para resgatar os conteúdos dos muitos livros manuseados. Mas, uma atividade prazerosa desde que se tenha o vício da leitura.
Como consequência tive que higienizar as duas salas, mesa, sofá e poltronas com pano molhado em desinfetante e spray
Comentários
Li "Travessuras da menina má" de Vargas Llosa, gostei muito por ele (Ricardo) passear em diversas capitais. Continue assim Neuza, nos incientivando `a leitura.