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Escultura “O Beijo Eterno” – William Zadig - 1920

Escultura “O Beijo Eterno” – William Zadig - 1920 Considerando que uma boa parte dos 60+ é constituída por grupos de aposentados de profissões imersivas para as quais seu tempo de leitura era concentrado em conteúdos específicos de suas profissões ,em geral foram especialistas em suas profissões, mas com uma cultura geral abrangente insuficiente, este trabalho tem como objetivo compensar tal lacuna “Não me basta saber que sou amado, Nem só desejo o teu amor: desejo Ter nos braços teu corpo delicado, Ter na boca a doçura de teu beijo”. Olavo Bilac “No inicio da Avenida Paulista (hoje final, entre as ruas Minas Gerais e Augusta), em 1920, alguém teve um dia a ideia de implantar um monumento que homenageasse Olavo Bilac. O Prefeito Firmiano de Morais Pinto procurou tomar todas as providências para que a iniciativa tivesse êxito. O escultor escolhido foi o suíço William Zadig. O resultado foi lastimável. Além de revelar falta de percepção da paisagem, o monumento não tinh

O BANHO DO JOAQUIM

No dia 28 de março, a aula do curso da Universidade aberta à Terceira Idade – “Memória – a Terceira Idade construindo Conhecimentos” – foi de um reconhecimento dos bastidores do MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP). Vimos laboratórios onde os procedimentos museológicos são efetuados. Em um deles, meio destoando do resto do material, havia dois armários com esqueletos humanos. Memória ativada, neurônios acordados e lembrei três fatos relativos a eles : 1 – Em uma época – mais ou menos década de 70 – para atender a solicitação de um amigo que estava montando uma exposição da industria farmacêutica onde ele trabalhava e precisava de um esqueleto, tentei ajudá-lo. Na escola em que eu lecionava havia um. Autorizada a emprestar tal esqueleto o pegamos para levá-lo até a Faculdade de Medicina onde estava sendo montada a exposição. Entrei no carro, coloquei o esqueleto no colo e fomos da Lapa até a Dr. Arnaldo. Nunca me esqueço da cara das pessoas que olhando aquela cena inusita

COMO É SER UMA NONAGENÁRIA

O Blog continua sendo uma prestação de contas de minha saúde física e mental para um semestre. De novo atrasada. Explica-se: cada vez mais velha, cada vez mais “devagar”. Pela sequência, devo começar este texto pelo mês de abril Gosto deste mês, de ABRIL, porque é o mês em que nasci, o mês ela sequência, devo começar este texto pelo mês de abril Gosto deste mês, de ABRIL, porque é o mêsem que nasci, o mês do “claro mês das garças forasteiras” de PALAVRAS AO MAR de Vicente de Carvalho. Sempre repito isso. Dia 9, aquele em que vim ao mundo, dia 12, aquele em que fui registrada e, portanto, é o dia legal. E 1930 ano em que nasci, foi o ano em que se amarraram cavalos no obelisco” metáfora para a chegado de Getúlio Vargas ao Rio de Janeiro para depor o presidente em exercício. Washington Luiz. Neste ano de 2023 completei 93 anos. Sou já uma longeva, uma nonagenária com todas as consequências. Não tinha ideia de que sofreria um preconceito, um idadismo porque ao passar a linha do

SETE ANOS

  S SETE ANOS.......Sete anos de pastor Jacó servia.... – Camões - (POENA NA PINTEGRA NO FINAL DO TEXTO) Os SETE ANOS, como a MADELAINE de Proust me levaram a memórias, de uma fase de minha vida, dos meus 11 aos 17 anos, de 1941 a 1947, da infância à adolescência . (não se usava ainda a palavra)  Aos 11 anos estava terminando o curso primário, no Ipiranga, no PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR DO SACOMÃ, uma casa adaptada  na rua Silva Bueno.   Vinha do GRUPO ESCOLAR ROMÃO PUIGGARI , no Braz, onde eu tinha cursado os dois primeiros anos . Em frente dessa rua de referência, Silva Bueno, havia uma grande fábrica de juta que ocupava todo o quarteirão e às 6 horas acordava toda a redondeza com o seu apito estridente. E as 7h todos os operários já começavam a trabalhar. Era o lugar de trabalho de quase todas as famílias. E a minha família também  esteve ligada  a ela.  Na primeira fase da minha vida. Por volta dos meus 12 anos aconteceu para mim,  a primeira coisa importante, a  MENARCA (primei

MEU BLOG EM MAIO

  Meu Blog em maio Continua sendo uma prestação de contas de minha saúde ffísica e mental para um trimestre De novo atrasada. Explica-se: cada vez mais velha, cada vez mais “de vagar”. Pela sequência, devo começar neste texto pelo mês de abril. Gosto deste mês, de abril, porque é o mês em que nasci, o mês do “claro mês da garças forasteiras” de PALAVRAS AO MAR   de Vicente de Carvalho. Sempre repito isso.   Dia 9, aquele em que vim ao mundo, dia 12, aquele em que fui registrada e, portanto, é o dia legal. Neste ano de 2023 completo 93 anos. Sou já uma longeva, uma nonagenária com todas as consequências. Não tinha ideia de que sofreria um preconceito, um idadismo porque ao passar a linha dos 90 tudo se torna difícil. Tradição?   Costume?   O certo é que, não importa como vc esteja em sua vida mental, sua cognição normal, sua ainda auto suficiência em muitas atividades, sempre ouvirá o   “não pode”, “não deve” .   Posso ter uma conta bancária, mas não devo movimentá-la porque n

OBJETO DE MEMÓRIA – UM JARRO

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         Pela identificação  veio da Alemanha, pelo tempo com a familia - 1929   A referencia foi o casamento de meus pais João e Eudóxia   em 6 de julho   de 1929..   Por costumes e   no meio social em que os dois viviam   a morada do casal era em aposentos em uma casa compartilhada.   Por classificação social não eram “pobres” : meu pai era o único da familia que tinha algum estudo: era guarda-livros e minha mãe era bordadeira à máquina   trabalhando   (até o casamento) na conhecida Casa Paiva no centro de São Paulo. O bairro de moradia era   o Brás e a rua era Benjamim de Oliveira. A casa era alugada de uma senhora dona Maria, viuva com dois filhos. Eram dois cômodos, uma cozinha comum com a dona da casa e um banheirinho nos fundos, isolado. Os móveis: Na sala, minuscula, uma mesa quadrada de quatro pés. Das cadeiras não me lembro mas uma cristaleirinha com portas de cristal bisotado que fez o meu encanto por muito tempo habita ainda a minha memória. O dormitório - u