MUSICA EM MINHAVIDA - JANEIRO E FEVEREIRO DE 2009

Os dois primeiros meses do ano em termos de musica erudita que é a que eu gosto, são sempre ´fraquinhos ou quase nulos. . Um ou outro recital aqui e ali não chega a constituir rotina. Só mesmo depois do Carnaval é que as coisas “pegam no breu” *

Mas, no final de janeiro (31) aconteceu aqui em casa um pequeno Sarau.

Foi uma noite regada a poesia, música e sensibilidade com a presença dos músicos George Domingos, na percussão, Beto Vasconcelos, no violão e do poeta, compositor e músico José Ivanilson que também tocou violão.

Nesta noite o Sarau foi um pretexto cultural para reunir os visitantes,comemorar o aniversário da cidade de São Paulo (pois era a semana e mês da Cidade), e o aniversário de Margarete Barbosa, minha amiga pessoal e esposa amorosa do José Ivanilson. Dessa forma, o Sarau teve uma finalidade múltipla.

Abriu com poesia, mais especificamente com a Literatura de Cordel. O compositor e poeta José Ivanilson apresentou alguns de seus cordéis, e em seguida passou-se à cantoria. Todas as músicas foram de sua autoria. Foi acompanhado dos músicos George Domingos e Beto Vasconcelos e também por todos os convidados.

José Ivanilson tem um estilo musical marcado pelos diversos ritmos da Música Brasileira. Suas composições trazem diversos ritmos como o baião, forró, o samba, a bossa nova, a canção com muita sensibilidade e poética.



Depois dessa musica, surpresas. Em fevereiro (17) Tsumie (aquela japonesinha com a qual tenho toda uma história de sincronicidade que já contei) me convidou para uma novidade na cidade: ópera em cinema, um projeto de transmissões em cinema, de óperas do Metropolitan Opera House de Nova York. A primeira ópera seria ORFEU de Gluck.

Dos mitos gregos, o de ORFEU E EURIDICE é para mim o mais significativo. Fala de amor, que vai alem da morte, fala de musica através da lira de Orfeu, fala de escolhas.

Na Casa das Rosas em 2007, fiz um curso só sobre esse mito. Vimos textos grego e latino no original, vimos como óperas tradicionais de Monteverdi e Gluck, muito diferentes uma da outra.

Teatro com Orfeu da Conceição de Vinicius de Moraes; filmes O Orfeu Negro de Marcel Camus, Orphée de Jean Cocteau, Orfeu de Carlos Diegues

Maneiras variadas de apresentar o mito; algumas começando com Eurídice já morta; outras com Eurídice e Orfeu se casando dando visibilidade a Himeneu, outras com a musa da memória Mnemósine dando a Orfeu a opção do esquecimento ou da continuidade do amor; umas com um final feliz à la Holliwood, outras com Orfeu sendo picadinho pelas bacantes (porque não as quis) e jogado no rio. Interpretações pessoais e temporais.

Esta do cinema é uma novidade e bem atual. Usando o comentário de João Luiz Sampaio “é um espetáculo visualmente muito bonito com uma linguagem contemporânea que em nada briga com o mito do jovem amante que ajudado pelo Amor, desce à profundezas em busca da amada morta”

Fui, gostei e como primeiro espetáculo grandioso do ano, valeu.
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Comentários

Anônimo disse…
Adoraria ter participado desta noite.Me inpirou a fazer algo parecido aqui em casa.

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