ESPERAMOS POR UMA NOVA MÚSICA DE PROTESTO



Peço licença a Eliane Cantanhêde e transcrevo aqui sua coluna de 20 de junho de 2013 na Folha de São Paulo

- Condenados pelo Supremo têm mandato de deputado e não bastasse, viram membros da Comissão de Constituição e Justiça.
 - Um pastor de viés racista e homofóbico assume nada mais, nada menos que a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
 - Um político que saíra da presidência do Senado pela porta dos fundos,  e se instala solenemente na mesma cadeira da qual havia sido destronado – O arauto da moralidade do Senado nada mais era do que abridor de ortas  de um bicheiro famoso. E o Ministério Público, terror dos corruptos, é ameaçado pelo Congresso de perder o papel de investigação.
 - A chefe de gabinete da Presidência em SP usa o cargo e as ligações a seu bel prazer, enquanto a ex-braço direito da Casa Civil, afastada por suspeita de tráfico de influência, monta uma casa bacana, para fazer possivelmente... tráfico de influência.
 - Um popular ex-presidente da República viaja em jatos de grandes empreiteiras, intermediando negócios com ditaduras sangrentas e corruptas.
 - Um ex ministro demitido  não apenas em um,mas em dois governos, tem voz em reuniões estratégicas do ex e da atual presidente, “aceitaram seu pedido de demissão”.
  - Ministros que foram “faxinados” agora nomeiam novos ministros e até o vice de um governador tucano vira ministro da presidente petista.
 - Na principal capital do país, incendeiam-se dentistas, mata-se à toa. Na cidade maravilhosa, os estupros são uma rotina macabra.
 - Enquanto isso, os juros voltam a subir, impostos, tarifas e preços de alimentos estão de amargar. E os serviços continuam péssimos.
 - é por essas e outras coisas que a irritação popular explode sem líderes, partidos, organicidade. Graças á Internet e à exaustão pelo que está aí.
 - A primeira batalha foi ganha co o recuo dos governadores do PT, PSDB e do PMDB no preço das passagens. Mas, claro, a guerra continua.

 -
 E desafio a algum compositor atual a fazer uma música de protesto versão 2013.
Mirem-se em Chico e Vandré que com suas músicas símbolo - Cálice e “Pra não dizer que não Falei de Flores” -, sem dizer nomes foram capazes de “descrever” a situação de então.
Chamaria a música de agora de EXAUSTÃO - como a coluna  - em que a colunista também sem dizer nomes (precisa?) reflete a situação de agora.

ESPERAMOS

Comentários

Jéssica Cruz disse…
Boa tarde Dona Neuza, tudo bom?

Sou produtora do Jornal da Gazeta e estou produzindo uma reportagem sobre o aumento do acesso à internet pela terceira idade.

Gostaria de saber se a senhora é de São Paulo e toparia gravar uma entrevista conosco na próxima segunda-feira.

Meus contatos são:
3170-5741/ 9 72964984/ jscruz@tvgazeta.com.br

Aguardo retorno e muito obrigada,
Célia disse…
Pois então, Neuza! Vivemos várias fases de passeatas e manifestações políticas nas ruas em São Paulo. Fortalecemos e fomos fortalecidos por Vandré, Nara Leão, Caetano, Chico e outros... Quem virá agora? Aguardemos!
Bjs. Célia.
Arthur disse…
D. Neuza,

Gostaria de parabenizá-la pelo Blog e pela postagem. Conheci seu blog através da revista Istoé (nem uma hora atrás), e resolvi checar. Parabéns pela iniciativa e pelo conteúdo de qualidade! Espero que você motive muitas pessoas com mais de 60 anos a aprender coisas novas, pois apesar que o tempo não para, sempre é possível explorar novos campos, não é mesmo? E, é claro, desejo que você passe para as gerações mais novas, como a minha, toda a sua experiência.

Att,

Arthur.

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