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COTIDIANO DE SÃO PAULO –DÉCADA DE 40 - MEU DEPOIMENTO

Até os meus 18 anos (1948), a palavra “geladeira” não fazia parte do vocabulário da minha família. Logicamente não era assim em outros meios familiares, mas mesmo os mais abonados tinham “armário” de madeira, isolado e resfriado com barras de gelo entregues em casa. Éramos de um tempo em que as compras eram diárias, somente aquilo que seria usado para fazer as refeições do dia, elas mesmas muito simples. Verduras se compravam no verdureiro que passava pela manhã oferecendo alfaces, escarolas, batatas, pimentões... Vindos em geral de sua própria horta. Sempre passavam pela manhã para dar tempo de as verduras e legumes serem usados ainda para o almoço. A “venda” do quarteirão ou esquina fornecia o feijão, o arroz, o óleo (sem outra opção que o de caroço de algodão)... Comprava-se a quilo ou meio quilo em “conchas” medidoras, embrulhados em folhas de papel grosseiro que eram enrolados de maneira característica e com grande habilidade do “vendeiro”. Embora nós nunca tivéssemos usado o sis...