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MEU ATUAL PROJETO PROFISSIONAL

APRESENTANDO O PROJETO São os ENCONTROS DE RESGATE DE MEMÓRIA AUTO BIOGRÁFICA Não gosto da palavra “OFICINA” embora de uso corrente. No meu subconsciente me reporto sempre a motores, graxas de oficinas mecânicas ou panos, linhas e agulhas de oficinas de costura. Também não gosto de “WORSHOP” porque é palavra importada. Adotei para mim “ENCONTROS” que diz bem o que faço. ENCONTROS DE RESGATE DE MEMÓRIA AUTO BIOGRÁFICA não envolve estratégias nem treinamentos para aumentar a memória, mas é um RESGATE, buscando lembranças esquecidas, com uma abordagem em outro caminho, outro enfoque, outra filosofia. E o registro desse resgate. Quando um ser humano desaparece, todo o testemunho de uma vivencia se perde. Deixar registrado fatos, emoções, realizações, testemunhos, momentos de vida, é um dever de cidadania para com a família e a sociedade. É a contribuição para a construção da ”pequena história” a história do cotidiano de uma cidade, de um país, do mundo. Meu primeiro contato com...

O BAU DA MEMÓRIA

Há algo que desejamos que permaneça imóvel ao menos na velhice”: o conjunto de objetos que nos rodeiam. (...) eles nos dão um assentimento à nossa posição no mundo, à nossa identidade.(...) são nossos objetos biográficos Ecléa Bosi - O tempo Vivo da memória. Era uma vez um baú. Como todo baú que se preza aquele também era de madeira e ocupava um lugar importante, na sala principal da casa. Um dia, alguém ouviu um zum zum e se aproximando bem pode ouvir uma vozinha esganiçada falando, falando falando. Não dava nem tempo do seu parceiro argumentar ou dialogar. O alguém foi se aproximando, abriu a tampa do baú e lá dentro encontrou objetos bastante diversos, ajeitados, dividindo um espaço comum. Foi fácil identificar de onde vinha a tal vozinha e de quem era. - Pois é – dizia a Tesourinha - eu sou a moradora mais velha deste baú. Não a que mora há mais tempo, mas a mais velha em idade. Tenho quase cem anos e você deve andar por aí. Ganhamos o direito de estar...

OUTROS TEMPOS...OUTROS COSTUMES

Neste longo caminho percorrido lado a lado nos bons e maus momentos fez de nós dois um ser unificado pelos mais fundos, ternos sentimentos Carlos Drummond de Andrade Ayrton eu nos casamos em 26 de dezembro de 1953, depois de dois anos entre namoro e noivado. Foi uma cerimônia simples e em casa demos uma “reunião” como pudemos. O dinheiro era curto e só deu para reunir a família e uns poucos amigos. Para nós isso não era importante. Nós é que éramos importantes para nós. Casei virgem. Era o usual da época. Embora os instintos fossem os mesmo...

2002 - AS GELADEIRAS DE MINHA (E DA NOSSA) VIDA

Até os meus 18 anos (1948), a palavra “geladeira” não fazia parte do vocabulário da minha família. Logicamente não era assim em outros meios familiares, mas mesmo os mais abonados tinham “armário” de madeira isolado e resfriado com barras de gelo entregues em casa. Éramos de um tempo em que as compras eram diárias, somente aquilo que seria usado para fazer as refeições do dia, elas mesmas muito simples. Verduras se compravam no verdureiro que passava pela manhã oferecendo alfaces, escarolas, batatas, pimentões... Vindos em geral de sua própria horta. Sempre passavam pela manhã para dar tempo de as verduras e legumes serem usados ainda para o almoço. A “venda” do quarteirão ou esquina fornecia o feijão, o arroz, o óleo (sem outra opção que o de caroço de algodão)... Comprava-se a quilo ou meio quilo em “conchas” medidoras, embrulhados em folhas de papel grosseiro que eram enrolados de maneira característica e com grande habilidade do “vendeiro.” Embora nós nunca tivéssemos usado o siste...

OPORTUNIDADE DE VER SÃO PAULO “DE NOVO” – Primeira parte

Escrever é sempre um trabalho que não sai no impulso. Começa pelo titulo que exige um bom tempo para se escolher o mais adequado, o que diga muito em poucas palavras, o que seja sugestivo. Eu ainda não encontre um título para este texto e ainda não sei em que “casa” vai morar:: na pasta “USP 2008”; Na pasta “Textos de Neuza”; na pasta “Neuza 2008” ou simplesmente em “Meus Documentos” para na hora certa muda-lo de “casa”? Por enquanto o titulo é AINDA SEM TITULO, AINDA SEM CASA. No final do texto já tinha "descoberto" o titulo. Mesmo uma registradora como eu, precisa de um tempo entre o acontecimento a ser registrado e a efetiva passagem para a linguagem escrita. É um tempo de assimilação e incorporação. Cada fato é uma pedrinha de mosaico que vai sendo trabalhada, ajeitada e colocada no lugar certo. Fatos revistos, colocados na ordem, complementados com detalhes... Quando a ultima pedra fecha o quadro, o texto está pronto na cabeça e pode ser considerado completo. E...

OPORTUNIDADE DE VER SÃO PAULO “DE NOVO” – segunda parte

Ainda na Praça João Mendes a história da Igreja São Gonçalo que aos domingos reza uma missa em japonês. A História do Teatro São José e o amor de Castro Alves e Eugênia Câmara. O incêndio. Trocas entre a Cúria e a Prefeitura. Por estreitas ruas chega o “cortejo” ao largo São Francisco. Faculdade de Direito. Sua história – 1828 no convento da igreja. Incêndio e reconstrução. Hoje bela peça arquitetônica. Ao lado o prédio também prédio histórico da Escola de Comercio Álvares Penteado atual FAAP. Recentemente restaurada é um testemunho histórico. E a estátua que mais chama a atenção pela historia: O Beijo Eterno ou Idílio de William Zadig. De bronze, fundida em Kopenhageen A história do monumento a Olavo Bilac A Igreja de São Francisco Pela Rua José Bonifácio chegamos á Rua Direita (que não é tão direita assim) A uma certa distancia vemos o que eu chamaria de bisavô dos arranha-céus da cidade. É o Edifício Guinle, com 7 andares cuja construção data de 1913. Foi o primeiro com essa altu...

A FIGUEIRA DA GLETTE

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O Palacete Glette foi demolido na década de 70, os “gletianos” perderam suas referencias. O terreno agora abriga um estacionamento. Mas, a Figueira, aquela que sombreava as “happy hours" dos Street no final da década de 20, sobreviveu. Sempre crescendo, seu tronco cada vez mais grosso, a cada ano produzindo folhas novas e figuinhos como frutos, a pobre figueira mistura-se a carro, fumaças, restos de coisas. Seus galhos chegam até o outro lado da rua e aí respira a fumaça de muitos e muito ônibus do Terminal Princesa Isabel. E, ao cair da noite, o cheio da fumaça muda: agora são os churrasquinhos “de gato” que alimentam uma população carente de tudo. Convivendo com a Figueira durante os quatro anos importantes da minha vida, anos que me formaram profissionalmente, sempre a respeitei como ser vivo, como companheira calada e testemunha das aflições dos exames, dos relaxamentos pós estudos, “participante” das conversas amigas. Só não namorei sob seus galhos. Que pena. Teria mais a co...

PEDAÇOS DE UMA HISTÓRIA DE VIDA

Como Foi bom Amar sempre e sempre. - no dia a dia de trabalho em que mãos apenas se tocam, mas o calor humano se transmitia. - no roçar dos lábios do “até logo” de pressa. - no “namoro” de amantes em que, mãos entrelaçadas, olhos nos olhos vivemos o prazer da “espera”... - no contato pele a pele das caricias mais intimas num preparo para a posse efetiva. Calor de vida, calor de paixão, mistura de sons, cheiros e gostos passando de um para outro. - na apenas proximidade do “depois” saciados de amor e da posse, no aconchego do abraço relaxado do sono.