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Mostrando postagens com o rótulo História da Usp. História de São Paulo. História de vida.

OPORTUNIDADE DE VER SÃO PAULO “DE NOVO” – segunda parte

Ainda na Praça João Mendes a história da Igreja São Gonçalo que aos domingos reza uma missa em japonês. A História do Teatro São José e o amor de Castro Alves e Eugênia Câmara. O incêndio. Trocas entre a Cúria e a Prefeitura. Por estreitas ruas chega o “cortejo” ao largo São Francisco. Faculdade de Direito. Sua história – 1828 no convento da igreja. Incêndio e reconstrução. Hoje bela peça arquitetônica. Ao lado o prédio também prédio histórico da Escola de Comercio Álvares Penteado atual FAAP. Recentemente restaurada é um testemunho histórico. E a estátua que mais chama a atenção pela historia: O Beijo Eterno ou Idílio de William Zadig. De bronze, fundida em Kopenhageen A história do monumento a Olavo Bilac A Igreja de São Francisco Pela Rua José Bonifácio chegamos á Rua Direita (que não é tão direita assim) A uma certa distancia vemos o que eu chamaria de bisavô dos arranha-céus da cidade. É o Edifício Guinle, com 7 andares cuja construção data de 1913. Foi o primeiro com essa altu...

LIÇÃO DE CASA - UMA RESENHA

Livro escolhido: MINHA PROFISSÃO É ANDAR - Pecci, João Carlos, 1942 São Paulo: Summus Editorial Ltda. 1980 O autor, João Carlos Pecci escreveu seu livro na primeira pessoa. É uma auto-biografia. Um livro real. João Carlos sofreu um acidente de carro na Via Dutra em 1968 fraturou a sexta vértebra cervical ficando paraplégico O tema do livro é a Deficiência Física pessoal e de como foi enfrentada por ele. O autor escreve de maneira linear desde o momento do acidente – com ligeira “apresentação” dos preliminares, Paraplégico, escreve sobre os tempos de hospitalização, os desconfortos físicos e emocionais. O apoio da família, dos amigos, as primeiras manifestações de sexualidade na nova condição. A ida para casa e o doloroso processo de reabilitação. O autor dá um depoimento sincero de sua situação e transmite a possibilidade de participar do mundo e não ficar segregado por conta de uma deficiência. Texto coerente, profundo sem pretender ser. Abrange um período de 1968 a 1977, quando aos ...

AMIGOS...PRESERVAR É PRECISO

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Ter amigos que mantém contatos periódicos, sempre compartilham nossos sucessos ou fracassos, dividem com a gente suas emoções, é sempre um privilegio. Mas, ter amigos que além disso tudo ainda cultivam sentimentos, emoções e são pessoas sensíveis, amorosos e carinhosos sem ser piegas, tem garra e coragem que são exemplos, é um duplo privilégio. Conheci Roberto Dupret Mattar nos tempos das Narrativas da Contemporaneidade da Profa. Cremilda da USP. Foi em 2006? Dele sabia apenas que tinha sido jornalista, mas em conseqüência de um AVC perdeu o emprego e extravasava suas frustrações escrevendo. E como escreve. Voltamos a nos encontrar na oficina Escrevivendo e ele escrevia cada vez melhor. Tenho muitos textos dele. Está na hora de fazer um livro. Este ano viajou e não fez parte do grupo. Ainda no ano passado esteve mostrando seus dons também em obras de arte visuais feitas com um grupo do MAC-USP. (a foto mostra Roberto e sua obra de arte) Conheci Ana Maria, sua mulher, acho que de rela...

MARIANTONIA - INSTITUTO DE ARTE CONTEMPORÂNEA

Mais uma coisa nova que descobri em São Paulo. Alertada pelo prof. de História da Arte no Brasil, fui até a rua Maria Antonia. Esta rua fez parte de minha vida no ano de 1951 quando, no ultimo ano da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, fazia a licenciatura. Mas, até então, era um prédio a mais que freqüentávamos em uma época em que os cursos eram espalhados por vários casarões. Uma lembrança fugidia de colunas altas de uma instituição e não casa adaptada. Essa imagem ficou congelada. Em outubro de 1968 o prédio da Maria Antonia volta a ser noticia. Em uma época de regime de força há um antagonismo declarado entre o Instituto Mackenzie de um lado da rua e o prédio da Faculdade de Filosofia do outro lado. Ovos, pedras e um coquetel Molotov acirram a luta e às 2he20 do dia 3 de outubro o prédio de cinco andares já não tem mais vidraças e a fachada está escurecida. Logo mais à tarde o sangue acaba de “pintar” o prédio e a vida se esvai de um jovem de 20 anos, secundarista...

O PALACETE GLETTE

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Na esquina da Alameda Glette com a Rua Guaianazes, no bairro paulistano dos Campos Elíseos, foi construído no fim do século XIX um palacete que por mais de uma década foi a residência do médico e industrial carioca Jorge Street. Esse industrial transferiu-se com a família do Rio de Janeiro para São Paulo para o tratamento da filha Maria Zélia, de 15 anos que estaria com tuberculose. A menina morreu logo e a família Street fixou-se na cidade, mudando para o palacete adquirido de Firmiano Morais Pinto em 1916. (Firmiano Morais Pinto seria o prefeito de São Paulo em 1920) Em 1926, o palacete passou por uma grande reforma, que alterou muito o seu aspecto original. Mas era uma residência de luxo, com piscina coberta, quadra de tênis onde aconteciam competições da cidade, garagem para três carros e uma área de lazer ao ar livre, sombreada por uma grande figueira. Por ocasião da grande crise mundial de 1929, a família Street perdeu tudo e o imóvel já hipotecado passou para o patrimôn...