Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Memorias

AVENIDA PAULISTA - 2010- SÁBADO PELA MANHÃ

Imagem
Sempre vou conferir a Avenida Paulista. O que ela tem de novo, o que continua bonito – ou feio – resgatando a memória de uma época. A Avenida Paulista é o cartão postal da cidade. É uma avenida nobre. O espaço onde estão o MASP - Museu de Arte de São Paulo – e o parque Trianon é o espaço nobre da Avenida Paulista. Muita gente para olhando para o MASP ou para o Parque. Lugar de visibilidade. Perto da porta do parque uma escultura, o Anhanguera. Gigantesco, tem que ser identificado porque nem todos conhecem a história de São Paulo. Placas bem feitas, metalicas, sempre atrairam vandalos. Eram arrancadas para a “reciclagem” bandida de transformar o metal em dinheiro. Até que alguém improvisou uma placa, recobriu-a de plástico e ela nunca mais foi roubada. As pessoas passam, param às vezes leem rapidamente sem prestar muita atenção. Porque se prestassem, tremeriam nas bases. Vou transcrever ipsis literis (Assim como está escrito; nos mesmos termos.)o que diz a placa: BANDEIRANTES BARTO...

AS CANETAS NA MINHA VIDA

Quantas passagens, quantos progressos. As primeiras canetas de que me lembro, de meu pai, eram canetas de madeira, com penas de aço, Ronde ou Gótica. É imagem mais longínqua de minha infância, que se fixou e me acompanhou muito tempo, foi uma caixinha pequena, de uns 5cm por dois ou três cm (de chá inglês) onde meu pai guardava suas penas, mergulhadas em talco. Ele as usava para as “escritas” que fazia exercendo a função de guarda-livros. Assim, os cabeçalhos CAIXA, CONTAS A PAGAR ...... eram escritos com letras rebuscadas, que, para serem escritas necessitavam treino e escola. Meu pai fez (e se usava muito) a Escola de Caligrafia do prof. Di Franco, que foi famosa e se manteve muito tempo em S.Paulo. Ainda existe na Avenida Rebouças. Caligrafia era importante e nas escolas primárias os cadernos de caligrafia (existirão ainda?) eram obrigatórios. Dessas canetas - arte, outra lembrança é a de bancos escolares, das carteiras de madeira com tinteiros embutidos. Escrever à tinta já era ...

OS FOGÕES NA MINHA VIDA

Fogões, objetos do cotidiano, sempre estiveram presentes nas lembranças de minha infância e de adolescência. O primeiro fogão de que me lembro foi aquele que tinha uma ou mais grelhas, mas não era fogão de lenha. Era de carvão. Para pegar fogo no carvão era necessário fazer, no fundo da grelha, um amassado de papel – geralmente jornal - colocar umas madeirinhas entrecruzadas e carvão por cima. Pegando fogo no papel, passava à madeira e chegava ao carvão. Demorava um pouco. Então, eu me lembro de minha mãe à noite, cortando madeirinhas finas e “armando” a grelha, para de manhã ser mais rápido. Em algum tempo usou-se o coque, carvão mineral, umas bolas bem redondinhas, do tamanho de bolas de ping-pong. O fogo durava mais, dava mais calor, mas era mais caro. Numa emergência ou no café da manhã, enquanto o fogo não estava aceso (depois conservado por todo o dia), usava-se uma “espiriteira” O que era uma “espiriteira”? Uma peça de ferro redonda, do tamanho de um palmo mais ou menos, com has...

OS COLCHÕES DA MINHA VIDA

Os primeiros colchões de que me lembro eram de palha de milho desfiada, crina, capim, barba de bode ou paina. Só tivemos de palha de milho mas os parentes tinham de todos os tipos. Os colchões de paina (e também travesseiros) eram os mais macios, feitos com a pluma que envolvia as sementes das paineiras. Na época do outono as paineiras ficavam e ficam,cor de rosa, suas flores são polinizadas geralmente por pássaros (hoje maritacas). No inverno muitos frutos dependurados quase substituem totalmente as folhas e ao se abrirem espalhavam as sementes que flutuavam no ar suspensas pela pluma até chegar ao chão. Lindo. Até hoje me encanta.o espetáculo das sementes flutuando. Mas nunca tivemos um colchão de paina. Talvez um travesseiro. Os de palha de milho eram os mais modestos. Qualquer casa tinha sua plantasãozinha de milho. Comidos os grãos usava-se a palha. Capim e barba de bode só no campo. No início, os colchões nem eram pespontados. Eram simplesmente uns sacos cheios com um desses mate...