A HISTÓRIA DA ARANHINHA "TETÉIA "
Foi por volta de 1990 que aconteceu. Já tínhamos a casa pré-fabricada na parte de cima do sítio de São Roque. Era toda rodeada de uma varanda com balaustrada de madeira. No ângulo formado pelo suporte do telhado e a viga de sustentação desse telhado, morava uma aranhinha, pequena, modesta, com uns dois centímetros de tamanho. Não era de patas finas como algumas parentas suas. As oito patas eram mais ou menos robustas em relação ao seu tamanho. Tomamos conhecimento dela por acaso e a adotamos, dando-lhe até um nome: “Tetéia”. E “Tetéia” foi uma companheira durante meses. Sempre que estávamos na casa, íamos fazer-lhe uma visita e observar seu trabalho de artista. Os meninos eram pequenos (o maior, André, tinha seis anos) e ainda eram “nossos”. Nos acompanhavam sempre, ouviam o que dizíamos e até explicávamos. E também adotaram a “Tetéia”. Tantos anos depois, não devem se lembrar mais dela, mas uma lembrancinha deve ter ficado escondidinha em algum neurônio da memória, e uma ativação ...