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Mostrando postagens de 2013

DECISÕES DIFÍCEIS (mas não tanto) consciente e sem conflitos– DOAÇÃO DE CORPO

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Isto é uma explicação para meu comportamento, no mínimo inusitado. Não foi uma decisão difícil. No mínimo teve seu tempo e sua hora e se apoiou na minha própria filosofia de pensamento e em ser prática, racional e objetiva. Quando se morre, formalmente há velório, enterro (ou cremação) e tradicionalmente tudo acontece como um ritual. Velório - uma vigília ao defunto – é para mim algo mórbido onde se prolonga o contato. Sofrido para a família próxima, meio indiferente para a maior parte dos participantes. Acaba sendo uma atividade social obrigatória. Os judeus nem abrem o caixão no velório. Ótimo. Fica para cada um a lembrança mais querida. Do ponto de vista religioso é a encomenda da alma (sempre as mesmas palavras e quanto mais palavras maior o sofrimento dos mais próximos) coisa em que eu não acredito. Sou bióloga, materialista e entendo que quando as funções vitais param tudo acaba mesmo. O velório culmina com o enterro (ou cremação) outro ritual macabro que gera aos

MINHA POBRE "GALINHA DOURADA"

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Sempre soube que a escultura que fica no fim da primeira rampa de acesso ao auditório Simon Bolívar do  Memorial da América Latina era a Pomba de Ceschiatti, que tem uma história A convite do arquiteto Oscar Niemeyer, de quem foi colaborador constante, o escultor Alfredo Ceschiatti executou para o Memorial um de seus últimos trabalhos, pois faleceu em agosto de 1989.  Pousada na curva da rampa do imenso foyer espelhado do Auditório Simón Bolívar, a Pomba de Ceschiatti está preste a alçar vôo. Fundida em bronze, ela tem 2,20m de altura e envergadura de 3,00 m. Sua revoada levará a mensagem de paz por todo o Continente. Entre as outras obras do artista, destacam-se os anjos suspensos da catedral de Brasília. Mas, em Arte Contemporânea a interpretação é sempre do observador e a minha primeira impressão, em 1989, era que não podia ser pomba. Muito gorda. E adotei minha expressão “galinha dourada” para identificá-la. Me perdoe Alfredo Ceschiatti. Hoje, neste final de novemb

Reportagem da festa dos 20 anos da UATI na versão poética e encantadora de Jolanda Gentilezza

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OS 20 ANOS DA UATI UNIVERSIDADE ABERTA ÀTERCEIRA IDADE – USP 22/10/2013 Considerações e des-considerações: As “Misses” são interessantes mulheres da terceira idade  (ou aproximando-se dela), que estão chegando para o café da manhã comemorativo dos 20 anos da UATI, às 9:00 horas de um ensolarado dia de outubro na Biblioteca do Instituto de Psicologia da USP. Todas vaporosas, alertas, educadas, à vontade: a USP é o ambiente delas. Alguns homens – tímidos diante da esmagadora maioria feminina - também vão entrando. Sentada num canto do salão, tenho a panorâmica perfeita da chegada das Misses, umas andando altivas em seus saltos altos, outras pilotando sapatos cômodos. Algumas lindamente penteadas, outras com cabeleireiras que se impõem sozinhas sem a ajuda de profissionais da beleza.  T odas com algum enfeite: um colar, um brinco, um anel, uma echarpe, um foulard , o eterno feminino nunca decepciona, graças a Deus.  Afinal, o que distingue uma mulher da segunda idade daque

A UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE FAZ 20 ANOS

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UATI é UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE - USP O projeto nasceu por iniciativa da profa. Ecléa Bosi, da Psicologia Social da USP, que pretendia que se abrisse um caminho para acolher idosos que desejassem assistir e participar das aulas e atividades que seriam oferecidas pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária.  A aproximação de diferentes gerações e o decorrente intercambio de experiências são marcas de originalidade deste programa. É objetivo do programa possibilitar ao idoso aprofundar “conhecimentos em alguma área do seu interesse e ao mesmo tempo trocar informações e experiências com os jovens” Ecléa Bosi é a idealizadora, a “mãe”, da UATI, aquela que acompanha  programas, alunos e professores do  projeto. A que está sempre atenta aos problemas e aos sucessos; Falar mais sobre sua atuação na UATI é repetir e repetir. É preciso senti-la para entendê-la. E admirá-la. E respeitá-la. Por isso as comemorações dos 20 anos da UATI estão entrelaçados c

UM DEVER DE CIDADANIA

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Doação de órgãos deveria ser obrigatória, não opcional em cédulas de identidade. Deveria ser vista como um dever de cidadania.  Mas, não há campanhas esclarecedoras. Acho que vou abraçar essa bandeira. e esclarecer e motivar como puder.  Não sei como nem quando, mas vou. Assim que meus documentos de doação de corpo estiverem finalizados eu conto sobre isso também. Já estão quase prontos. Para inicio de conversa, mando uma imagem recebida que achei oportuna. Aqui vai ela.

A CASA DAS ROSAS

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                                    A Casa das Rosas situa-se na cidade de São Paulo, em um ponto que é o cartão postal da cidade, a AVENIDA PAULISTA. Nesta Avenida, bem perto do largo do Paraíso – Hoje praça Oswaldo Cruz – em um terreno de “apenas”   5500m²  está aquela  que se chamou Casa das Roseiras e que  hoje é conhecida como CASA DAS ROSAS . Uma “casinha’ de 1500m² , com quatro andares, e 30 cômodos.  Tinha o numero 186  e hoje é o nº 37. Foi construída com base em um  projeto de Ramos de Azevedo em um  dos últimos terrenos vagos da avenida, próximo à Praça Oswaldo Cruz. Já estava em voga o estilo Art Déco, o que fez a casa nascer meio “fora de moda”, com seu estilo filiado ao renascimento francês.     DESCRIÇÃO DA CASA PARTE EXTERNA:  - O jardim geométrico é inspirado nos jardins de Versalles, com especial atenção à flor, principalmente a rosa.  - Telhado feito com placas de fibrocimento que imita ardósia.  - Nas partes  frontal e lateral há bala

UM TEXTO INTERESSANTE

São Paulo Anos 30 - Copiado (na integra) de um artigo da Rotogravura do Estado de São Paulo em meados dos anos 30 (grafia da época)                    A Dactilographa - Figura do século O famoso Keyserling que como tantas outras notabilidades mundiaes, fez tambem sua pequena “tourné” pela América do Sul diz, num dos seus mais suggestivos estudos, que cada civilização e cada época tem tido o seu typo especialmente representativo. Nos tempos da Grécia heróica, esse typo foi o bardo, cantador de mythos e epopéas. Na Roma dominadora foi o César triumphante e dictador. Na Edade Média, o cavalleiro andante; na Renascença o artista;no século XVIII o pregador de doutrinas sociaes;no século XIX o burguês ennobrecido pelo comércio e pela indústria. Nos nossos tempos, diz elle, é o conductor de machinas, sejam ellas a locomotiva, o avião ou o automóvel, O automóvel principalmente, que é a Machina que todos conhecem, sentem, querem e admiram, encerrando-se nella todo o significado da no

UM DOCUMENTO ENCONTRADO NO FUNDO DO BAÚ DA MEMÓRIA – responsável por toda uma história

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Periodicamente meu Baú da Memória sofre limpezas, arrumações porque está sempre bagunçado. É atração da casa e a cada vez seu conteúdo é tirado, conferido, acrescido e manuseado. Nesta última vez, forrando o fundo do Baú encontrei um documento que, se estava lá certamente era valioso. Mas esquecido.  Protegidos, estavam o documento e o texto que lhe deu origem: A Voz dos Objetos. Uma análise do documento através de suas palavras chaves: PAPEL RECICLADO - CERTIFICADO –MEU NOME COMPLETO - TALENTOS – MATURIDADE – 2004 – BANCO REAL -– PARTICIPAÇÃO – LITERATURA –– geraram uma história que gerou este texto. Foto do certificado O PAPEL RECICLADO mostra já uma preocupação com a natureza, com a sustentabilidade com o respeito pelo planeta. Satisfação em constatar o fato. CERTIFICADO (documento comprobatório de um fato) em meu nome testemunha alguma coisa que eu fiz. MEU NOME COMPLETO - mostra o cuidado com a identidade. Nada de NEUZA GUERREIRO ou NEUZA DE CARVALHO, mas NEUZA