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Mostrando postagens de maio, 2014

SÃO PAULO ONDE SEMPRE COISAS NOVAS ACONTECEM

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Fazia tempo que não acontecia. A primeira vez registrada foi em 1995 – na Vila Madalena e alto de Pinheiros - Aconteceu novamente em 2004, - Perus e Pirituba - se repetiu em 2010 – Guarulhos - mas nunca como agora neste 2014 que escolheu o bairro da Aclimação e mais precisamente uma rua com o poético nome de Pedra Azul, encostada ao Parque da Aclimação.  O que aconteceu foi uma chuva de granizo ou “chuva de pedra” no falar tupiniquim.  Ao invés de água, caem pedras  dos mais variados tamanhos. Compactadas formam  no chão uma camada dura de gelo Por que esse preciso lugar? Porque foi aí que aconteceram fenômenos meteorológicos propícios. Depois de mais de 30 dias de clima seco, uma massa de ar frio e úmido chegou à São Paulo, deixando as condições favoráveis para a formação de nuvens de tempestade chamadas cumulus-nimbus, nuvens altas de até 25km de altura  Os movimentos verticais de ar, favorecem o crescimento das gotas de água,  que quando chegam às nuvens e

LEITURA NAS ALTURAS – UM PROJETO MUITO ESPECIAL QUE NÃO TEVE CONTINUIDADE

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Ao lançar em 2005 o Proj eto “Leitura nas Alturas” o SESC Carmo pretendeu promover a leitura de livros indicados para a FUVEST com a complementação de palestras com especialistas. O projeto se desenvolveu nos alôs do prédio Martinelli, mais precisamente no seu terraço.   O objetivo maior era despertar o interesse pela literatura de uma forma lúdica, menos impositiva. Paralelamente, conhecer o espaço onde se desenvolve o projeto – o edifício Martinelli - também é cultura. Com a possibilidade de andar por esses terraços, a minha imaginação voou  com a visão do protagonista  da história de Marcos Rey, um ativista político da época da ditadura que se esconde dentro do edifício vazio e  que sobe a pé os 26 andares para tomar, nu em pelo, seus banhos nas chuvas mais fortes. Antes do inicio do encontro de leitura, andei pelos terraços.  São amplo, muito largo entre as construções e o parapeito e deve ter sido palco de muitos amores, muitos dramas.  Gente bonita, rica, culta, convi

O EDIFÍCIO MARTINELLI - o pai dos arranha-céus de São Paulo

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“Suponho que toda grande cidade, pelo menos no mundo ocidental, ostente um edifício antigo, de gloriosa memória, que já tenha sido o mais alto, o de metro quadrado mais caro ou o indicador de um novo índice de progresso. Nas artes e em quase tudo, o moderno ambicioso, desafiante, criado para impressionar, é o que mais depressa envelhece. Portanto, esse marcos arquitetônico sempre acaba por se transformar em trambolhos urbanos, dinossauros enjanelados. Temos um edifício assim aqui em São Paulo, construído no final dos anos 20, o Martinelli, então o mais alto da cidade, do país, da América do sul, e que foi, durante décadas o ápice do orgulho dos paulistanos. Éramos o maior Centro Industrial da América Latina , apregoavam os bondes em letras vermelhas; tínhamos café, o corso chique da Avenida Paulista nos carnavais e o Martinelli, um autêntico arranha-céu, segundo a denominação daquela época de transição que trocava a influência tradicional europeia pela norte-americana, de rem