SÃO PAULO ONDE SEMPRE COISAS NOVAS ACONTECEM
Fazia tempo que não acontecia. A
primeira vez registrada foi em 1995 – na Vila Madalena e alto de Pinheiros - Aconteceu novamente em 2004, - Perus e Pirituba - se repetiu em 2010
– Guarulhos - mas nunca como agora neste 2014 que escolheu o bairro da
Aclimação e mais precisamente uma rua com o poético nome de Pedra Azul,
encostada ao Parque da Aclimação.
O que aconteceu foi uma chuva de
granizo ou “chuva de pedra” no falar tupiniquim. Ao invés de água, caem pedras dos mais variados tamanhos. Compactadas
formam no chão uma camada dura de gelo
Por que esse preciso lugar?
Porque foi aí que aconteceram fenômenos meteorológicos propícios.
Depois de mais de 30
dias de clima seco, uma massa de ar frio e úmido chegou à São Paulo, deixando
as condições favoráveis para a formação de nuvens de tempestade chamadas
cumulus-nimbus, nuvens altas de até 25km de altura Os movimentos verticais de ar, favorecem o
crescimento das gotas de água, que quando chegam às nuvens e encontram temperaturas
abaixo de 80°C, viram gelo. Congelado, o vapor de água fica com mais peso do
que a nuvem pode aguentar e cai, em forma de pedra de gelo, que chamamos de
granizo.
Quando os cristais de
gelo caem, eles são segurados pelas correntes novamente e crescem cada vez que
passam por esses ventos. Quando o granizo chega ao chão, é porque ele já está
pesado e passa pelas correntes sem ser ssegurado. Se uma pedra dessas for
cortada, o número de camadas indica a quantidade de vezes que ele passou pelas
correntes verticais.
Essa chuva de granizo
em grande escala deu a São Paulo uma paisagem inusitada que causou
curiosidade não só nos moradores do
local mas naqueles que tomaram
conhecimento do acontecimento pela mídia.
E, para àqueles que não
leem jornal compartilho as imagens da Folhapress da Folha de São Paulo.
E os paulistanos
sempre de bom humor fizeram sua esculturas, seus bonecos de gelo com muita
criatividade.
Mas o brusco
resfriamento das águas do lago pegou os peixes desprevenidos e muitos, muitos
não resistiram.
Trabalho grande
tiveram os poderes públicos para resolver os problemas causados pelo gelo que
cobriu as ruas.
Mas, mesmo com a
intervenção rápida dos 20 caminhões em 52 viagens, as mais de 300 toneladas de granizo das ruas devem levar quatro dias para derreter totalmente.
Este foi para São
Paulo um acontecimento pelo menos inusitado.
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