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COISAS QUE MERECEM SER REVISTAS

Há coisas que a gente lê uma primeira vez quando recebe, relê outras vezes mais e sempre são relidas pelo impacto que causaram. Foi o que aconteceu com uma mensagem que me chegou em 17 de agosto de 2001 entre os primeiros e-mails que recebi. Vinha de Estocolmo ,Suécia e trazia o nome de Paulo que se identificava como meu ex aluno de uma turma entre 1963 e 1966. Guardo a copia dessa mensagem da qual vou reproduzir algumas partes. Diz Paulo: Ainda me lembro: (...) vivamente das aulas de Ciências com d. Neuza na antiga sala do jardim da infancia do Colégio Campos Salles. (...) das três grandes tiras de papel penduradas com os nomes de todas as classes de Protistas, plantas e animais. (...) da dissecção de minhocas, corridas de baratas e da criação do bicho da sêda. (...) das plantas secas cheirando a naftalina. (...) das tardes que passei observando, por sua causa, sauvas em um enorme formigueiro envidraçado no Instituto Biológico de Vila Mariana (...) das tardes que passei desenhan...

SÃO PAULO DE DANTES

Este texto “roubado” é atual. Foi escrito hoje mesmo por José de Souza Martins que apesar de aposentado, professor emérito da USP, continua gerando textos, alguns com memória de uma cidade de dantes. Este de hoje foi transcrito na integra porque é bom demais para que seja lido só por quem lê jornal. Mais gente merece conhecê-lo. Por isso uso o blog como divulgação Então, aqui vai ele. Cadeira de barbeiro - J.S. Martins (2009) Seu Chiquinho Villano tem 92 anos de idade e há 80 anos é barbeiro no mesmo lugar, na Rua França Pinto, hoje no 617. A Vila Mariana passou e ele ficou, rejuvenescendo-se todos os dias, já de tesoura em punho às 7 h da manhã de cada dia. Recebe os clientes com a calma de fígaro antigo, a conversa pausada e bem humorada. Ouvi suas histórias, suas anedotas de barbearia, com a pudica recomendação de não publicá-las. Já trocou de cadeira umas seis vezes, sempre na fábrica do velho Ferrante, que conheceu, outra instituição das barbearias brasileiras, uma fábrica ...

A HISTÓRIA REAL DE UM SOFÁ E SUAS TRÊS "ESPOSAS" - AS POLTRONAS-VERSÃO 2009

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Esta história foi publicada em abril de 2008 neste mesmo blog. Já passou por modificações, acrescentei as fotos e como o meu publico leitor agora já é outro, resolvi republicá-la. É uma historia que eu gosto muito porque é um testemunho de vida. Esse sofá da história tem agora, em 2009, 59 anos. Foi comprado na casa Pekelman, por volta de 1949-1950, quando mobiliamos com todo o capricho a "mansão" da Avenida D. Pedro I, no Ipiranga. Na sua forma original, era revestido de adamascado vermelho escuro, como dá para imaginar nas primeiras fotos (ainda em preto e branco porque não existia fotografia em cores). Assim, nessa sua versão primeira, foi testemunha do nosso namoro e depois do noivado. Foi nele que nos conhecemos melhor, que aparamos nossas arestas, que construímos nossos sonhos e que vivemos um amor romântico acompanhado por muita música da época. E a clássica fotografia de casamento também foi nele, como tinha sido a foto da minha “paramentação” para o baile de formatu...

NOSSA VIDA COM CACHORROS - 3 -PALOMA

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Lembro-me bem quando Paloma chegou. Era mês de novembro de 1981. Eu e Ayrton estávamos em Extrema, no nosso sítio, carregando telhas e tijolos para a construção de uma casinha. Depois do almoço, voltamos para S. Paulo, pois à noite íamos à ópera. Até era engraçado o contraste de nossas atividades. Quando chegamos, Flavio e Jurema estavam com uma surpresa: uma cachorrinha que o Flavio tinha comprado na feira de animais da rua da Consolação (pensou que fosse macho). Nós não queríamos mais cachorro de jeito nenhum. Ayrton nunca gostou muito deles, e se os tivemos foi para satisfazer as crianças. Mas, a cachorrinha nova foi simpática à primeira vista, e começou logo a fazer parte da família, estando sempre junto, e sendo companheira durante 15 anos. Desde cedo nos cativou Muitas fotos mostram o quanto ela participava de nossa vida. Viajava conosco para todo lugar (Caraguá, Extrema, Pouso Alegre, São Carlos). Paloma nos encontrou, numa fase receptiva. Tínhamos idade para ser avós, e a N...