Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2008

IZZY

Você conhece? É uma negra linda, charmosa com um sorriso espontâneo que não a abandona nunca. Uma graça e um balanço só dela . Contagiantes. Usa seus cabelos afro com o orgulho de sua negritude. E a voz? Ah a voz!!! É belíssima, com uma modulação sensual que conquista e segura a todos os que a ouvem. Voz aveludada que canta e encanta. E no Teatro Municipal, fui ouvir, mas também ver – porque a graça de IZZI às vezes se sobrepõe à musica - a audição de IZZY . E me encantei. O dom de seduzir as pessoas é inato e quem é agraciado com ele tem uma “aura” que as distingue onde quer que estejam. IZZY tem a “aura” E eu fiquei seduzida, encantada, presa ao seu fascínio. IZZY cantou blues, jazz, soul, bossa nova. Musicas de Jobim, Vinicius, mas, sobretudo prestou homenagem à Dolores Duran de quem não por acaso é sobrinha. Quem a acompanha e que faz com ela uma unidade de interpretação é muito bom, de primeira linha. Guitarra, Contra baixo, piano e teclado, bateria e “sucata” mostraram sua

A LASANHA DO PELICANO

Começo da década de 60. Éramos jovens, um casal bastante apaixonado, dois filhos pequenos de seis e três anos e dávamos muita atenção ao cuidado no nosso relacionamento. Todas as sextas feiras eu me "embonecava", deixávamos de lado os problemas domésticos e profissionais, os filhos com os avós que esperavam ansiosos por esse dia e saíamos para namorar. Sempre no centro, carro estacionado na rua, na porta do cinema, jantar romântico, olhos nos olhos para repetir o que já estava incorporado às nossas vidas, mas que nunca era demais repetir: "Eu te amo". "Eu também...". Arremate de noite com flores da praça da República em românticos buquês de violetas ou ervilhas (nem essa flores existem mais) num gesto carinhoso de amor repetido. Depois de uma noite de amor, só nossa, com tudo a que tínhamos direito, no sábado de manhã continuávamos o fim de semana. Passeios pelo centro, compras, procura de novidades para nossa casa, nossos filhos, nosso universo. E no arr

MEMÓRIAS, BEIJOS, CINEMA PARADISO

ESCREVIVENDO é o nome da Oficina que faço na Casa das Rosas desde 2006. A cada bimestre um tema. O tema deste bimestre é: MEMÓRIAS DE AMOR, e como primeiro texto tivemos que escrever sobre BEIJO. Enfoques os mais variados desde beijos roubados, de amor, de paixão, ocasionais, esperados, imaginados... Muitos escreveram, leram e tudo foi comentado. Minha memória é associativa (nem sei se existe esse tipo de classificação) e não precisei muito para lembrar do filme CINEMA PARADISO que tem tudo a ver com o tema: foi feito em cima de MEMÓRIA e tem nos BEIJOS um fio condutor que só se evidencia no final. Cinema Paradiso é um filme italiano de 1989, com direção e roteiro de Tornatore e musica de Ennio Morricone, o que por si só o recomenda. Passa-se em uma pequena cidade da Sicília e através de flashbacks de memória, Salvatore lembra toda a sua vida de menino que se encantava com o velho cinema da cidade e aprendeu a projetar filmes quando o operador ficou cego. Hilariantes são as cenas

O BANHO DO JOAQUIM

No dia 28 de março de 2007, a aula do curso da Universidade aberta à Terceira Idade – “Memória – a Terceira Idade construindo Conhecimentos” – foi de um reconhecimento dos bastidores do MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP). Vimos laboratórios onde os procedimentos museológicos são efetuados. Em um deles, meio destoando do resto do material, havia dois armários com esqueletos humanos. Memória ativada, neurônios acordados e lembrei três fatos relativos a eles : 1 – Em uma época – mais ou menos década de 70 – para atender a solicitação de um amigo que estava montando uma exposição da industria farmacêutica onde ele trabalhava e precisava de um esqueleto, tentei ajudá-lo. Na escola em que eu lecionava havia um. Autorizada a emprestar tal esqueleto o pegamos para levá-lo até a Faculdade de Medicina onde estava sendo montada a exposição. Entrei no carro, coloquei o esqueleto no colo e fomos da Lapa até a Dr. Arnaldo. Nunca me esqueço da cara das pessoas que olhando aquela cena

TURMA DE FOTOJORNALISMO - ECA -USP- 2005

Imagem

MINHA VIDA DE ESTUDANTE - 2005

Durante os quase 30 anos que lecionei, nunca deixei de estudar. Não formalmente, não em cursos especiais que no fim acabam por serem fabricas de certificados que não dizem nada, mas por minha própria conta. Afinal, não se pode ensinar se não se tem muita segurança no assunto. Crianças pequenas não me impediram de passar horas desenrolando assuntos difíceis para torná-los fáceis para os alunos. Passaram quase 55 anos da minha saída da Usp em 1951. Minha vida passou por muitas fases: casei, tive filhos, tive neto, perdi meu companheiro de 46 anos, perdi pai e mãe. Os quatro anos de invalidez de minha mãe fizeram com que eu me debruçasse sobre o computador, pesquisasse mais e mais e acabasse aumentando minha bagagem cultural. Em todos os sentidos. E isso é estudo, embora não formal. E comecei a sonhar em voltar para a USP. Nenhum outro espaço me atraiu. Lá no fundo do subconsciente, a sementinha de “uspiana” estava em estado de dormência e só “acordou” quando eu me vi de novo no campus

MINHA VIDA DE ESTUDANTE-2006

2006 foi um ano muito especial em todos os sentidos. Consegui conciliar horários e disponibilidade domestica com um curso que me perseguia há muito tempo: Psicologia Social. Desde 2000, quando me envolvi com o livro “Memória e Sociedade” de Ecléa Bosi, tento entender do assunto para melhor aproveitar o conteúdo do livro. Não tenho a necessária base na matéria. Durante dois meses pude partilhar aulas, conceitos, ensinamentos e, sobretudo conviver com uma pessoa tão especial como Ecléa Bosi. Seu carisma, sua tranqüilidade, sua atenção e humildade me prenderam mais e mais à sua figura. Hoje não me sinto intimidada por sua importância e fama. Conhecendo-a e assistindo suas aulas, somei mais uma realização à minha contabilidade de expectativas. E, dentro da Psicologia Social, Ecléa nos deixou agora o Zeca Moura, uma figura impar, com seu estilo próprio, nunca resistindo em trilhar caminhos secundários, terciários,... Nas explicações, mesmo que isso signifique dificuldade em voltar ao iní

MINHA VIDA DE ESTUDANTE - 2007

2007 foi um ano produtivo em termos de estudos. E, pareço criança em começo de ano escolar. Compro pastas, ponho etiquetas, preparo tudo para o novo ano. A cada semestre reviso os apontamentos, organizo as pastas, passo o assunto para um CD e arquivo. Por isso tenho muito material que geralmente serve de um curso para outro. Tem acontecido isso. Começo com os cursos de verão da Casa das Rosas. Foram dois. Um deles, Rascunhos Poéticos não me agradou e deixei pelo meio.. O outro, Poesia Lírica Moderna foi bastante pesado, teórico, mas eu voltei a ouvir falar em Baudellaire, Rimbaud, Malarmé e acompanhei as explicações sempre embasada em pesquisas paralelas,coisa que eu gosto muito de fazer e complementam o curso. E aí chegaram os cursos da USP. Para o primeiro semestre escolhi: Psicologia das Relações Humanas – minhas expectativas não coincidiram com a realidade. A professora não me agradou e eu também deixei o curso depois de dois meses. Apreciação Musical – um curso já conhecido, com

EU E O BLOG OU...O BLOG E EU

No mês de março começam as aulas da Universidade Aberta á Terceira Idade da USP. E eu faço vários cursos. No mês de março começam módulos novos de cursos da Casa das Rosas. E eu os freqüento desde 2006. No mês de março começam as minhas oficinas de Resgate de Memórias do CRECI. E aí, eu fico sobrecarregada de tarefas e só acalmo quando tudo entra em rotina. Foi nesse mês que meu filho Flavio chegou dizendo: -Mãe, vc ainda não tem seu BLOG? -Claro que não!! Não tenho tempo para ficar brincando como a moçada ou dando palpites políticos como muitos. Também não sou jornalista para dar noticias em tempo real. Desde janeiro, Karen, do ESCREVIVENDO da Casa das Rosas vinha me assediando com essa para mim nova ferramenta virtual. Ela já tinha postado no www.escrevivente.blogspot.com as produções do módulo “Seres Imaginários” e estava em vias de publicar os textos do módulo Escrevivendo Resenhas. Eu estava resistindo, mas a idéia foi ficando incubada e quando Flavio levantou o problema

MUSICA EM JULHO

Julho é o mês de férias e, portanto fraco em programação musical. Em são Paulo, tudo se concentra em Campos de Jordão, no Festival de Inverno. Limito-me a ler o que a imprensa escreve ficando a par dos acontecimentos. O mês começou com a abertura do Festival que eu já comentei e mereceu matéria à parte (Manfredo). Enquanto não há concertos para assistir, comecei a “brincar” com a Linha do Tempo da História da Música feita no computador. Há 25 anos atrás, fiz essa linha à mão em papel vegetal milimetrado. Desbotada, ainda sobrevive. Agora estou usando os recursos de informática. Listei 140 compositores com datas de nascimento e morte e aos poucos vou construindo o gráfico. Colorido, vai ficar bonito, mas não sei se vai dar para imprimir. O importante é que durante a confecção vou tomando contato de novo com todos os nomes, suas épocas e suas obras, lembrando mentalmente muitas musicas. Em um domingo em casa pude ouvir “de novo” um programa que Arthur da Távola já havia apresentado na

TEMPOS DE CAMPOS SALLES - DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Imagem
Identifiquem-se