MINHA VIDA DE ESTUDANTE - 2007

2007 foi um ano produtivo em termos de estudos. E, pareço criança em começo de ano escolar. Compro pastas, ponho etiquetas, preparo tudo para o novo ano. A cada semestre reviso os apontamentos, organizo as pastas, passo o assunto para um CD e arquivo. Por isso tenho muito material que geralmente serve de um curso para outro. Tem acontecido isso.

Começo com os cursos de verão da Casa das Rosas. Foram dois. Um deles, Rascunhos Poéticos não me agradou e deixei pelo meio.. O outro, Poesia Lírica Moderna foi bastante pesado, teórico, mas eu voltei a ouvir falar em Baudellaire, Rimbaud, Malarmé e acompanhei as explicações sempre embasada em pesquisas paralelas,coisa que eu gosto muito de fazer e complementam o curso.

E aí chegaram os cursos da USP. Para o primeiro semestre escolhi:
Psicologia das Relações Humanas – minhas expectativas não coincidiram com a realidade. A professora não me agradou e eu também deixei o curso depois de dois meses.

Apreciação Musical – um curso já conhecido, com uma turma já formada. Não me senti bem, durante bom tempo, mas no final do ano estava perfeitamente entrosada. O prof,Terron, um Engenheiro Químico apreciador de musica que leva as aulas em um sistema muito pessoal, com muita imagem e muita musica e musica boa

Freqüentei o curso nos dois semestres de 2007 e fiz bons amigos. No segundo semestre teve até trabalho e eu fiz parte de um grupo que tinha que falar de Bossa nova e Musica de Protesto. Trabalhei, apresentei e não sei por que ganhei um fã clube pela apresentação.

Narrativas da Contemporaneidade – com a prof. Cremilda. Uma profissional de capacidade maior, exigente, com muitas tarefas para os graduandos que acaba “respingando” nos idosos. A duras penas escrevi muitas coisas, mas o melhor que fiz foi uma narrativa sobre meu amigo Victor da banca de jornal “A Banca Santiago” . “Cabeça de Cuia” também foi bonzinho. E algumas coisas menores. Não pude continuar por causa do trabalho. Mas produzi. Leitura e Produção de Textos – Foi muito bom principalmente pela profa. Terezinha com quem me afinei perfeitamente. Pelo mesmo sistema meu de pesquisa e complementação das aulas, ela ficou bastante satisfeita comigo e eu com ela. Tive que desistir pelo trabalho, mas não me arrependi e o produto final foi apreciável.

Oficina de Memória no MAE – Fui um mês ou dois. Achei o curso fraquinho comparado com tudo o que eu conheço e faço sobre memória. Mesmo assim fiz as tarefas e escrevi um pouco principalmente “O Banho do Joaquim” Desisti porque não estava aprendendo muito e o custo - beneficio não era viável.

O Mundo da Musica – na Mariantonia com Dante Pignatari. Um pianista e professor com conhecimentos profundos, mas didática muito complicada. Só bons conhecedores de musica aproveitam. Mesmo assim fui até o fim do semestre e senti não continuar no segundo porque era dia de trabalho meu no CRECI. O ambiente na Mariantonia era muito gostoso, com chazinhos que promovem conversas e amizades. Com Dante, “quase” entendi harmonia.

No segundo semestre da USP além da aula do prof. Terron quis fazer alguma coisa ligada à arte por conta do meu novo trabalho. A escolha foi casual porque quarta feira era o único dia disponível.

Por conta no trabalho na Fundação Nemirovsky de Arte Moderna, tive que ler e estudar muito sobre os artistas modernos e contemporâneos e para complementar escolhi no MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea) dois cursos com os pomposos nomes de Exercício do Olhar: uma fenomenologia da Arte e Arte e Imaginário Contemporâneo.
As professoras Carmen Aranha e Cristina Freire foram excelentes. Eu não entendia nadinha de arte, mas aprendi muita coisa. Curso difícil como disciplina optativa para graduação de vários departamentos, embasados em filosofia de Merleau-Ponti, Walter Benjamin e outros nomes dos quais eu nunca tinha ouvido falar. Li textos e textos. Foi um banho de cultura artística sob todos os aspectos. Fiz trabalhos de arte (imagine), visitei museus.. Fiz até um trabalho final para aula de Carmen (arquivado). Ficou a presença forte de Carmem e Cristina e o que elas me passaram.

E agora as aulas da Casa das Rosas. O espaço só funcionou no primeiro semestre, fechando depois para reforma. Os cursos são noturnos, mas para mim é fácil. Os cursos:
Escrevivendo – com a Karen e Charles. Trabalham sempre com temas interessantes e motivadores. Nos sábados das10h às 13h. Fiz dois módulos. No segundo semestre passou para a Biblioteca Alceu Amoroso Lima, mais fora de mão e um lugar que se não fosse barulhento até seria interessante pelo fundo visual do Cemitério São Paulo. Lá trabalhamos com Seres Imaginários o que me rendeu dois textos até engraçados. Bom ambiente pessoal.

Estudo sobre Esaú e Jacó (Machado de Assis) – profa. muito enrolada, não me agradou. Desisti.

Sobre o Choro – de André Domingues. Muito bom. Muita musica percussão ao vivo, comentários inteligentes.

O Mito de Orfeu – maravilhoso com textos em latim e grego, filmes, óperas, teatro... Satisfação garantida.

Leitura e Produção de Textos (o mesmo nome do curso da USP). Produzi uns textos curtos.

Estudei e muito para a renovação da minha Carteira Nacional de Habilitação (carta de motorista). Passei.

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