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Mostrando postagens de 2015

MAIS LEMBRANÇAS - O LARGO DO AROUCHE

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O Largo do Arouche é um espaço da cidade que faz parte das minhas lembranças. Na década de 60, eu e Ayrton, ainda casal jovem, ainda apaixonados e sempre preocupados em manter acesa a chama da paixão (isso manteve o casamento por 46 anos) reservávamos a sexta feira para “namorar”. Filhos pequenos, contavam com os avós maternos para curti-los e cuidar deles de sexta para sábado. Na sexta á tarde, eu nunca dava aula e aproveitava para me embonecar, cuidar de mim, da minha “beleza”. À noite saímos como um casal de namorados para um cinema, um jantar romântico, uns “amassos” permitidos e a volta para casa para aproveitar momentos a sós, difíceis com duas crianças pequenas. O restaurante preferido era o La Casserolle, perto de onde estacionávamos o carro, na época já um primeiro fusca dos vários que tivemos. E passávamos na então banca de flores e eu recebia um buquê de violetas (as pequeninhas que não existem mais) ou um buque de ervilha de cheiro que também desapareceu

UM EVENTO, UM LIVRO SUPRESA SOBRE UM “GATO”, UM CLUBE DE LEITURA, UMA FLOR

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O evento foi no dia três de setembro deste 2015 – na Academia Paulista de Letras, quando tomou posse como acadêmico o prof. José de Souza Martins. Estive presente porque minha admiração pelo prof.  é cada vez maior.               Evento solene, presença de muitos acadêmicos, um discurso de posse muito especial (tenho o texto guardado nos meus arquivos com todo o carinho) e um encerramento genial com o violão de Ivan Vilela na plenitude de sua emoção e interpretação.                            Evento registrado - Neuza e o prof. José de Souza Martins Por conta da assinatura no livro de presença com endereço eletrônico, passei a receber comunicados da Academia Paulista de Letras e tomei conhecimento da existência de um Clube de Leitura, reunião livre que acontece nas últimas quintas feiras de cada mês, às 19h no prédio da Academia. Embora meu foco maior não seja leitura, sempre leio regularmente e sempre tive vontade de ter com quem trocar ideias sobre a leitura

A PERDA DE EUDÓXIA

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Perder uma amiga é doloroso mesmo que o contato pessoal não fosse muito frequente. Mas era o fio mais forte que me ligava aos anos de estudos mais decisivos da minha vida. Conheci Eudóxia em 1948 quando começava a cursar a História Natural da USP.  No primeiro ano éramos 23 e o contato não foi muito grande. Mas, no segundo ano, os cinco sobreviventes viveram mais ligados, vivenciando o dia a dia com maiores contatos.   E nós cinco chegamos ao final do curso: Quatro meninas – Helena, Liliana, Eudóxia, Neuza e o varão Claudio. Fotos de Resgate de Memória de nossa fase de estudantes responsáveis, de Uspianas orgulhosas. 1 - Nesta foto estamos sentadas na mureta do jardim do palacete Glette e nos acompanham o queridíssimo prof. André Dreyfus, e o então jovem prof. Pavan. Em primeiro plano Walburgis e Helena Atrás, da esquerda para a direita: Eudóxia, Liliana, prof. Dreyfus, Neuza, prof Pavan 2 - Aqui e

TRAZER O MAR PARA SÃO PAULO?? considerações de Henrique Raffard em seu livro "Alguns dias na Paulicéia"

Henrique Raffard (1851 - .....) era filho do Cônsul-geral da Suíça no Rio de Janeiro  e recebeu educação literária em Genebra e Paris.  Sua vocação maior era para homem de negócios e foi um notável empreendedor. No Brasil, Raffard estava associado a empresas comerciais inglesas entre elas a São Paulo Central Sugar Factory of Brasil Limited para a produção de açúcar e álcool em Capivari, interior de São Paulo. Ele foi encarregado pela firma que representava, de escolher uma cidade onde a empresa pretendia abrir uma filial. Resultou na instalação em São Paulo de uma casa comercial e em Capivari, da Vila Raffard. (2,5km de Capivari), onde fundou o Engenho Central de São João de Capivari, em 1883. De suas andanças pela cidade de São Paulo em 1890, ficou um pequeno livro “ Alguns dias na Pauliceia .” Bom observador, embora sofrível escritor, tem observações de compreensão clara. Economicamente objetivo, ilustrador claro do caráter primário da chamada ciência econômica, torna e

DE SÃO PAULO – uma imagem, uma história

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A imagem acima - tirada a partir da praça do Patriarca - mostra um dos espaços meus preferidos. Dá para ver o Theatro Municipal, o antigo Hotel Esplanada que foi construído para formar com a lateral do Theatro uma esplanada mesmo; mostra um Vale do Anhangabaú com seu piso decorado que ninguém vê, ninguém repara; mostra as palmeiras fazendo parte de uma urbanização que já é atual. E mostra o Viaduto do Chá atual, com suas faixas de trânsito adequadas, suas calçadas diferentes respeitando o fluxo diferente de pedestres.   Mostra o Edifício Makenzie, -   que para ser construído precisou da demolição do antigo Teatro São José - foi sede da Light, sede da Eletropaulo, e agora é o Shopping Light, usando o antigo nome e mantendo parte do edifício original. Mas nos faz voltar a um tempo da década de 30 quando ainda funcionava o antigo Viaduto do Chá de Jules Martin. Era um viaduto que em linha reta ligava a rua Direita à rua Barão de Itapetininga e que na imagem ocuparia o lado e

EDWARD HOPPER -O PINTOR DA SOLIDÃO

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Em 2008 tomei conhecimento de Edward Hopper através de um curso de Produção de Texto da Universidade Aberta à Terceira Idade . A profa. Teresinha Tagé apresentou imagens desse pintor, sugerindo que escolhêssemos uma delas e montássemos uma história imaginada pela imagem.  Não escolhi, usei as oito apresentadas e ainda procurei uma biografia do pintor.  Textos curtos, de minha imaginação “na época” e com os títulos que eu imaginei. Isso foi em abril de 2008 Biografia de Edward Hopper - Nascido no estado de Nova York, em 1882 e falecido em 15 de maio de 1967 Ao completa r sua educação fo r mal, Hoppe r fez t r ês viagens pela Eu r opa pa r a estuda r a r te europeia, mas dife r ente de muitos de seus contempo r âneos que imitavam as expe r iências abst r atas do cubismo, escolheu o realismo Em 1925 ele p r oduziu Casa ao lado da fe r r ovia, um t r abalho clássico que ma r cou sua matu r idade a r tística. Foi us