UM EVENTO, UM LIVRO SUPRESA SOBRE UM “GATO”, UM CLUBE DE LEITURA, UMA FLOR
O
evento foi no dia três de setembro deste 2015 – na Academia Paulista de Letras,
quando tomou posse como acadêmico o prof. José de Souza Martins. Estive
presente porque minha admiração pelo prof.
é cada vez maior.
Evento
solene, presença de muitos acadêmicos, um discurso de posse muito especial
(tenho o texto guardado nos meus arquivos com todo o carinho) e um encerramento
genial com o violão de Ivan Vilela na plenitude de sua emoção e interpretação.
Evento registrado - Neuza e o prof. José
de Souza Martins
Por
conta da assinatura no livro de presença com endereço eletrônico, passei a
receber comunicados da Academia Paulista de Letras e tomei conhecimento da
existência de um Clube de Leitura, reunião livre que acontece nas últimas
quintas feiras de cada mês, às 19h no prédio da Academia.
Embora
meu foco maior não seja leitura, sempre leio regularmente e sempre tive vontade
de ter com quem trocar ideias sobre a leitura de um determinado livro. E
coloquei na minha agenda estar presente à reunião do dia 5 de novembro. Tive o
prazer de ter a companhia de Maria Inês, uma presença sempre querida.
Inscrição
feita, recebe-se da APL a indicação do livro a ser comentado e discutido e até
uma resenha. Se já estava ansiosa, toda essa atenção recebida aumentou meu
interesse.
O
livro em questão para esse dia 5, foi “Memórias de um Gato” de Luiz Carlos
Lisboa. Pela Estante Virtual comprei o livro e sem me deslocar, o recebi depois
de poucos dias. Pela ‘orelha” do livro
tomei conhecimento do autor e uma visão geral do assunto.
Comecei
logo a ler, embora outros livros já me “assediassem” para serem lidos. Atenção
presa logo nas primeiras páginas, comecei a comentar com amigos sobre o livro e
“n” vezes tive que explicar que não se tratava de um gato –bicho, mas de uma
personagem interessantíssima, um escravo africano, muçulmano, culto, inteligente,
ágil e.........
Enquanto
lia já interessada, providenciei a compra dos outros dois, sequência da vida do
”Gato”: - “Um Gato Aprende a Morrer” e “A Guerra Santo do Gato”. E, roubando o
tempo de outros trabalhos, fui lendo e lendo e lendo. Já estão emprestados para
Maria Inês não se privar da
convivência com o “Gato”.
Não
tenho formação para fazer um comentário, nem amador. O mínimo que posso dizer é
que me proporcionou muito aprendizado, muito conhecimento de um Brasil
geográfica e historicamente “descrito” nas aventuras do Gato no século XIX.
Muita filosofia pessoal, muita espiritualidade, muita introspecção, vão me
fazer ler de novo os três livros, devagar, saboreando e procurando entender
melhor os trechos mais profundos.
A
sessão do Clube de Leitura da APL desta
quinta, 05, se ateve ao primeiro livro apenas, muito comentado, muito detalhado
por acadêmicos presentes. Eu sabia que a vida do “Gato” não terminava no final
do primeiro livro, continuava a ser apresentada com riqueza de acontecimentos, considerações
e ensinamentos. Se tornou necessidade
de, com muita presunção intervir no final, quando os ouvintes puderam ter um
espaço, e aludi à insatisfação de ter a vida do “Gato” interrompida quando continuou
rica e descrita nos dois livros de continuação.
Meu
intensão foi motivar os presentes a
continuarem a conviver e viver com o “Gato” Terão grande surpresa na trajetória
dessa personagem em busca de autoconhecimento. Seria muito bom que num futuro
próximo os dois livros fossem então comentados.
Final
de reunião, algumas palavras com uns e outros e prometendo voltar no dia 26 de
novembro para nova sessão.
E
aí,em pleno Largo do Arouche, em frente à clássica banca de flores – que
já tem
um feitio mais elaborado - as
lembranças chegaram forte e presentes:
todas as sextas feiras quando eu e Ayrton ainda éramos jovens adultos com
família formada mas ainda muito
apaixonados, “namorávamos” , dando a um
relacionamento pessoal só nosso uma grande importância. : cinema, jantar
especial –possivelmente no Le Casserole que ainda está lá – e ao passar pelas
flores sempre, com um carinho que foi sua marca registrada Ayrton me comprava um
buquê de violetas –as antigas, pequeninas – ou de flor de ervilha, coloridas,
delicadas.
Comentei
isso com o florista – Sr. Ângelo - e
certamente o sensibilizei com minhas lembranças porque ele me ofereceu uma rosa
amarela com uma gentileza toda especial. Me comoveu muito.
A
rosa amarela está aqui fotografada e registrada como um momento feliz de minha
vida.
Comentários
Espero revê-las um dia, em breve.
Abração!