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Mostrando postagens de janeiro, 2014

ESTRELINHAS 2

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Repetindo o que escrevi na noite de natal de 2012 Uma das coisas que me desesperam é a escuridão total. Perco as referências e me descontrolo. Por isso, não preciso e não gosto de escuridão para dormir. Tenho sempre a janela aberta. Vidro fechado para eventuais chuvas, mas veneziana aberta.  Às vezes vario a posição da veneziana. Há algum tempo, meses talvez. Tive uma experiência interessante: acordei pelas cinco da manhã e ao abrir os olhos no retângulo iluminado da janela, vi no escuro, duas estrelinhas.  Foi engraçado porque foi como se me saudassem: duas estrelinhas no meio de um sono a “piscar” para mim. Gostei. Depois de um tempo, a visão se repetiu, mas as estrelinhas já estavam mais próximas da moldura. Claro, a terra continuou girando e elas mudaram de posição. Gostei de revê-las, cumprimentei-as e já as considerei “minhas” estrelinhas. Sensação estranha, mas gostosa.  Nesta noite de Natal, acordei mais cedo.  Eram três horas. Procurei-as e elas não estavam lá.

MISSÃO CUMPRIDA

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Quem leu minhas postagens anteriores por certo ficou sabendo e por que eu não gosto de velório e nem de enterro. E na sequencia também não gosto de cemitério. E quem gosta? Mas, ainda tinha um cemitério ligado à minha vida. Um cemitério vip, com “habitantes’ de top, visual lindo, e por isso mesmo caro para manter o verde a perder  de vista, e um atendimento especial. Para quem pode e quer. Não tenho nada a ver com isso e resolvi resolver uma a situação no mínimo incômoda.  Mas ainda estavam lá o que chamamos de “restos mortais”  e ficariam lá enquanto eu pudesse pagar a manutenção. O que fazer para resolver? E uma ideia surgiu na sequencia da minha DOAÇÃO DE CORPO.    Foi a DOAÇÃO DE OSSOS. Cuidei da parte burocrática com o Serviço Funerário, contatei a administração do cemitério e o Departamento de Anatomia da Biomédicas da USP.   O que restava materialmente do Ayrton, depois de 14 anos seriam doados para estudo. Isso foi feito com todo o apoio do Departamento de

O INCRÍVEL PROCESSO DA MORTE - Dr Dráuzio Varela em 02 11 2008

  Artigo do Dr. Dráuzio Varela de alto valor científico me levou a transcrevê-lo Nossos filhos se tornaram adultos e tiveram filhos. O nascimento de um neto é evidência de que não somos mais necessários para a perpetuação de nossos genes. Desse momento em diante a vida seguirá em frente, estejamos ou não por perto.  Em 70 anos, uma recém-nascida se tornou avó ou bisavó. Quando nos aposentamos, a vida corre mais devagar. Nossos movimentos também estão mais lentos. Os sinais externos da idade ficam mais evidentes. Nossos sentidos estão menos sensíveis. Desde o nascimento, começamos a perder os cílios responsáveis pela captação dos sons, no interior do ouvido. Nessa idade já temos dificuldade para escutar os sons de alta freqüência. Devagar, com o tempo, perderemos até os que captam freqüências baixas. Os ossículos que transmitem as ondas sonoras da membrana do tímpano para dentro do ouvido endurecem. Fica difícil ouvir o que os outros falam. A visão também piora. A vi