MINHA MÚSICA EM 2013
No ano passado, registrei
toda a música que ouvi, mês a mês. Foram 21 no primeiro semestre porque viajei
um mês e 49 no segundo semestre. 70 no ano acho que não foi mal. Não postei no
meu blog. Acho que não deu tempo mas este ano vou postar sim a programação
mensal porque meus comentários fazem bem a mim, me situam como ouvinte comum
(não sou musicista, não tenho ouvido absoluto). Pode ser interessante para
alguém.
Meu ano musical começou
ainda e fevereiro, no dia
24 – Theatro
Municipal com o Concerto Sinfônico de abertura da Temporada 2013. Com John
Neschling como novo diretor Artístico, com sua trajetória na cidade um tanto
atribulada, a Orquestra Sinfônica Municipal tinha que dar tudo de si. E eu acho que deu. O Prelúdio e Morte do Amor
de Tristão e Isolda é uma das músicas que mais mexem comigo. Não entendo o
suficiente de música como um critico do jornal que afirma “às
madeiras, justamente faltou um pouco de homogeneidade nos ataques e no
timbre..O som das cordas por outro lado, esteve redondo e envolvente em Wagner,
mas sofreu nas passagens rápidas da obra seguinte, a “Sinfonia nº 2 de Camargo Guarnieri.”
Sou exatamente o oposto. Não
me perco em detalhes, (justamente pelo meu ouvido não absoluto) mas aprecio a música como um todo. E curto muito mais, me emociona e me envolvo totalmente. Em alguns
trechos do Prelúdio e Morte do Amor, chego a ficar sem fôlego, acompanhando a
sequencia ‘torturante” da música que vai, vai, não se resolve, continua indo até
um ponto de repouso como uma entrega
total. Já devo ter dito mas repito o que uma professora de música nos disse em
1980:” é
como um orgasmo que custa a chegar ao fim, mas chega a um “depois” repousante.“
A execução, orquestra e a regência
de Neschling me satisfizeram totalmente.
No Uirapuru de Camargo Guarnieri,
a brasilidade se faz presente nas primeiras notas segue com essa característica
por todos os movimentos. Sem muitos comentários.
E os coros de Verdi, são os
coros e Verdi. Sem palavras. Mas, como
dizia o critico,”em alguns momentos o coro esteve forte
demais, invadindo a textura.” Não percebi nada disso. Só senti a
beleza. A ligação coro Laudi Alla Vergine
Maria com Dante Alighieri, só quem entende muito muito das duas coisas. Não é o
meu caso. Portanto, não percebi.
Como encontrei em um jornal,
este foi o primeiro embate entre dois gigantes da ópera que fariam 200 anos em
2013: Wagner e Verdi. Neste ano outros embates seguirão e nós ganharemos com
isso porque muita música vai fluir.
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