DIÁRIO DO MEU ISOLAMENTO


DIÁRIO DO MEU ISOLAMENTO

Eu, NEUZA GUERREIRO DE CARVALHO (VovoNeuza) Escrevi este texto EM 14 DE ABRIL DE 2020 como um relatório pessoal.

Sempre gostei de escrever diários desde mocinha, mas cometi a ingenuidade de descartar os já escritos quando estava para me casar e achei que minha vida anterior não me interessava. Grande engano porque recomecei a escrevê-los em 1982 e não tinha mais registro de minha vida até então. E quando resolvi escrever a história da minha vida precisei resgatar minhas memórias e procurar a colaboração de familiares. Agora, tenho tudo registrado.

Nota. Tenho todos os volumes desde 1982 até 2019 aqui bem na minha frente, mas em uma prateleira alta e como sou proibida de subir em escadas e moro sozinha, nem posso acessá-los para rever anotações.
O volume deste ano tem anotados os 32 dias que estou em isolamento. E vai continuar recebendo os registros futuros.

Quando se tem uma vida agitada, com muitos compromissos de repente ser impedida de cumprir tudo o que estava agendado não é uma coisa fácil. 

Detalhe:  Perdi meu companheiro e grande amor da minha vida há 20 anos, depois de uma vida em comum de 46 anos. Moro sozinha em um apartamento maior do que preciso por força das circunstâncias, tenho 90 anos e sou responsável por minha vida em todos os sentidos. Sou saudável, não tenho nenhuma doença crônica e não tomo nenhum remédio; sou autossuficiente.

Como estou sempre ligada ao que acontece no mundo e leio muito, sabendo que o poder da Informação  corria no galope mantendo em contato virtual o planeta inteiro, os deslocamentos cada vez mais fáceis pela moderna tecnologia (aviões cada vez mais rápidos  e com destinos cada vez mais diversificados)  e com a experiencia  de vida que meus muitos anos me deu, pressentia que  alguma coisa drástica aconteceria.Reforçada pela palavra de historiador de grande credibilidade estava à espera de algo e desde janeiro acompanhava as notícias. 

Sou bióloga de formação e estudei direitinho a biografia do nosso visitante ultramicroscópico e fiquei sabendo da sua força de ação e da facilidade de propagação. Mas ainda estava longe, lá na China.

Quando  o problema começou a se espalhar assumindo -se como uma Pandemia, quando problema da Itália onde tenho um grande amigo, na Espanha onde tenho uma família adotada, mas muito querida e na Inglaterra onde tenho filha e genro contaminados  e doentes, as ansiedades  foram chegando.

Mesmo assim continuei nos meus prazeres musicais (uma Carmina Burana excepcional), visitar Exposições como a exposição sobreo Egito no CCBB, no agendamento  de eventos e iniciação de outros projetos pessoais que já vinham de anos anteriores e até começando em março um novo curso com a USP 60+ Encontros para RESGATE DE MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA, com quatro meses de duração e 16 Temas a serem estudados. Quatro meses???????? Desse curso só tivemos o primeiro Encontro presencial que foi no dia 11 de março. 

A partir do dia 12 já entrei no processo de isolamento total e consciente e desde então NÃO SAIO DE CASA mesmo, Moro em um 10ºandar e nem desço para o pátio.

Tenho a vantagem de estar sozinha e só tenho a mim para me preocupar. Mais próximos estão longe e não posso fazer nada material, físico. 

Então, tive que rever minha vida, Organizar  um roteiro diário. O dia tem 24 horas das quais devemos dormir as 8 horas regulamentares ou ficamos rolando na cama aproveitando o necessário descanso físico. Sobram 16 que devem ser distribuídas.

Rotinas – para mim que estou sozinha, podem continuar – levanto-me às 6:00 horas não importa a hora que vou dormir.
Primeira atividade: pelo Whats Bom Dia para meu filho como um código nosso para dizer que sobrevivi àquela noite. Ele responde sempre o que significa a mesma coisa. E à noite digo Boa noite para dizer que vivi mais um dia.Faço meu café da manhã onde não dispenso o leite com café solúvel (com ele dispenso a água de café coado e não diluo o leite que é sempre integral porque não tenho problemas com lactose  e sacarose); pão ou bolachas para o carbo-hidrato necessário; ovo ou queijo para a proteína e fruta como complemento. Mas, o vício aí vem: leio o jornal do dia. Mesmo só elegendo o que me interessa mais, demoro uma meia hora, tempo de chegar ao último gole de café com leite já frio.  Fisioterapia específica para a manutenção saudável da minha prótese coxo-femural de 4 anos já. 8 exercícios específicos mais um pouco de alongamento por minha conta.  Necessidades fisiológicas satisfeitas, banho com hidratação. E, mesmo sabendo que não vou sair, ninguém vai me ver, me visto no capricho não dispensando nem minha echarpe combinando com o resto da roupa que é uma das minhas manias.Feito isso com calma, chego às 9:00h.  Essa rotina tenho conseguido manter ao longo desses 32 dias e espero continuar sine die.

Dia de limpar e desinfetar os pisos e os móveis tenho que roubar tempo de uma ou outra atividade.  Divido a casa em partes para esse serviço porque o movimento de usar um rodo com pano molhado em água e desinfetante é um trabalho físico penoso   que para quem tem prótese coxo-femural. Mas, não tem jeito. Minha ajudante é também do grupo de risco e está compulsoriamente em casa. Vou devagar, parando quando preciso.  No computador fico por duas horas seguidas lendo e respondendo mensagens. Meus muitos amigos de longas datas sempre tem uma palavra (ou muitas e muitas palavras escritas ou faladas) e neste período de isolamento, todos estão ansiosos por falar ao celular ou escrever mensagens. Nesse tempo também tenho contatos de trabalho. Faço também todos os meus pagamentos via internet o que leva um bom tempo porque os bancos são complicados e se vc não souber pelo menos o que é um QRCode e não souber como ler, não passa da primeira tela.

Em geral depois dessas duas horas de posições nem sempre certas, levanto dou uma voltinha pela casa e vou para a cozinha. Se não é dia de fazer comida para congelar é hora de lavar louça, lavar roupa – a máquina lava, mas eu estendo, recolho, dobro e guardo. Isso mais as muitas vezes que me estico para pegar pratos e copos, me abaixo para pegar panelas farei meu alongamento doméstico. E dou uma checada no que tenho, o que falta para uma amiga e vizinha me trazer quando faz o próprio supermercado.

Almoço sozinha, tudo arrumadinho e nunca acompanhada por jornais da hora que agora sempre tem mais notícias desagradáveis do que agradáveis. Nunca sozinha porque meu pensamento já trabalha no que vou fazer mais tarde. Diferente de SOLIDÃO que é uma atitude mental.

Relaxo na frente de uma televisão que   vejo sem som, hábito adquirido quando tinha que ficar atenta a uma mãe acamada que podia me chamar. Funciona como imagens em movimento. Sempre tenho junto um livro ou trabalho manual para os intervalos comerciais. Tricô ainda consigo fazer, mas coisas de agulha não mais. Minha mão já não é a mesma.

À tarde digo de novo para o filho – Boa Tarde – para quebrar um dia que agora é longo.    E Boa Noite mutuo  para dizer que  sobrevivemos mais um dia.

Em geral à tarde é para o Trabalho que agora estou conseguindo fazer on line. Não é a mesma coisa, mas dá para adaptar. Mando o material para os participantes (são sete, um número ótimo para o compartilhar de todos com todos) que já constituem um grupo de e-mails. Dou as necessárias explicações e eles tem uma semana para mandar as tarefas com suas memórias pessoais do Tema da semana.  Já organizei pastas e arquivos para cada Tema e cada participante, leio tudo e comento   com sugestões. Esse comentário vai direto para o participante de cada tarefa e mantemos contato verbal.Nos 16 temas que seguiam uma certa ordem cronológica, tive que mudar essas ordens   quando alguns temas possibilitavam um trabalho mais pessoal de cada um. E assim estou conseguindo chegar ao Tema 5.  Nesta semana cobro a que entreguem em dia suas tarefas pelo constante contato e pretendo mandar já o Tema 6. Como esse tema é INFÂNCIA, não teremos os brinquedos que costumamos ter, mas teremos imagens de todos eles para um faz de conta. E, se der certo vamos fazer uma reunião via Zoom para um coral dos participantes cantando as cantigas de roda que vão com o material. Isso é futuro e não sei se vai dar certo.   Novos tempos, novos meios de fazer o que fazíamos até então.

Faço muita pesquisa complementar e ultimamente tenho dado uma passeada pelo meu drive externo onde tenho tudo o que produzi e encontro coisas de que nem me lembrava. E com o Google fotos passo horas regatando outros tempos.

Tenho amigas com que troco verdadeiras cartas cada uma com suas ideias e modos de pensar e conseguindo dialogar e chegar a um consenso ideal.Nem todo os dias são exatamente assim, mas bem parecidos. Não sinto nenhuma solidão. Não tenho tempo para isso. Quando quero falar comigo mesmo tenho minha amiga onça de pelúcia que é meu alter ego. Conversamos, discutimos, decidimos...

MAS...........Esse ano que ficará sendo identificado como   o ANO DA PANDEMIA para mim é muito especial. É o ANO DOS MEUS 90 ANOS que aconteceu no 28°- 29º - 30º - e 31º dias de isolamento.Não gosto de festinhas, de comemorações, mas respeito o que minhas amigas sempre aprontam. Sei que, cochichos aqui e acolá me diziam, que iam fazer boas festinhas: uma festinha em cada grupo. E eu estava procurando um meio de fugir. Não precisei. Meus 90 anos foram dentro desse ISOLAMENTO COMPULSÓRIO.

 Sou privilegiada: meus aniversários costumam ser comemorados durante quatro dias:9 de abril meu aniversário biológico – dia em que nasci. A família sabe disso e minha filha Jurema que mora em Londres me acordou com um abraço  cansado porque ela e o marido Oscar foram premiados  com o Coronavirus e estão passando por um longo período que sem ser fatal é  muito ruim.
Neste ano as participantes do meu grupo USP 60+ descobriram. E me fizeram uma bela surpresa via Zoom quando todos e cada um deles me cumprimentou com muito carinho. Surpresa grande.  E ao longo do dia muitos telefonemas normais, via Whats, por mensagens faladas, por vídeos.... Listei todos e agradeci uma por uma.  Me sinto sensibilizada e muito agradecida. E o dia foi encerrado com, de novo via zoom, falei com meu filho Flavio e meus netos gêmeos Bruno e Tiago. André, o mais velho de Cunha mandou seu abraço virtual carinhoso. E Victor o caçula, mesmo aqui mais perto, em São Roque só mandou abraços virtuais porque está submerso escrevendo sua tese de doutoramento.10 de abril cumprimentos por quem esqueceu do dia 9

11 de abril – cumprimentos dos indecisos

12 de abril  o dia oficial , data  que consta em todos os documentos porque foi o dia em que meu pai me registrou  dando como esse de nascimento para não pagar multa por atraso no registro. Neste dia um grupo de Encontros Culturais que frequento há´ pelo menos 11 anos construiu um vídeo em que muitas, cada uma identificada e fotografada deu se depoimento me desejando coisas boas e muitos elogios que nem se mereço.  Uma produção digital especial em que uma geração mais jovem também colaborou na montagem. E ao longo do dia fui   a protagonista, aquela que chegou aos 90 anos saudável e em plena atividade.

Salvem Amigos. Agradeço   comovida e sensibilizada. Sou mesmo privilegiada. Quem tem os seus 90 ANOS cumprimentada durante quatro dias e em um ano icônico, o ANO DA PANDEMIA. E meus presentes foram todos virtuais.

Mas, a vida continuou mais ou menos igual ao que vinha acontecendo até aqui.

Sinto falta de algumas coisas sim, como por exemplo poder atravessar a rua, tomar um ônibus e ir até o Theatro Municipal assistir aos meus concertos. Depois pelas escadas rolantes   passear no centro que eu gosto demais, Av. Paulista que não seja no domingo, ir à exposições como as do Centro Cultural do Banco do Brasil, MASP......Estar no campus Butantã da USP onde se respira conhecimento....... Quando faço isso testo a minha mobilidade (embora em segurança com uma bengala na rua) e minha auto suficiência.

Enfrento essa crise com uma calma que nunca tive. Nem explico por quê.  Estou preparada para enfrentar as mudanças, transformar experiencias negativas em positivas, aceitar essa nova realidade superando obstáculos embora não por muito tempo. Estatisticamente a perspectiva de vida para os 90+ é de 5 a 6 anos úteis, e eu pretendo usar esse tempo da melhor maneira possível.

Embora saiba que não sou no universo mais que um grãozinho de tamanho nanométrico, procuro fazer meu melhor. Não tenho medo da finitude porque já fiz minha parte aqui e continuarei usando meus direitos doando meu corpo para estudos e contribuindo para as ciências de modo geral

E este texto não tem fim. Está em aberto para os próximos dias, semanas, meses........

 O que eu espero é que quando um novo mundo estiver acontecendo se valorize   e respeite mais as CIÊNCIAS e a TECNOLOGIA.  E o Homo, mesmo não sendo mais o sapiens, use os acontecimentos de agora para  construir uma Humanidade  mais solidária, com valores pessoais mais dignos   que saibam respeitar as diferenças  e  sabendo mudar com as mudanças que ocorrerem.Sejam Homo RESILIENTE, uma palavra não tão nova, mas que voltou a ser muito usada.


Comentários

Anônimo disse…
Adorei o seu texto, Neusa! Você escreve muito bem! Continue, quero continuar lendo! E feliz aniversário! Com carinho... :)
André disse…
Conheci um pouquinho da sua história no Creative Mornings de hoje cedo. Parabéns pela vida inspiradora e cheia de vitalidade que você leva.
Maria do Carmo disse…
Olá, lhe encontrei no programa Sou 60 fiquei maravilhada e fui loho procurar o seu blog.
Pretendo ler as postagens com muita atenção e sei que vai ser um grande aprendizado.
Sou Maria do Carmo de Vitória de Santo Antão PE, tenho 67 anos, me sinto com 40, e também estou nesse seu ritmo, fazendo um curso de Terapeuta Holística Natural.
Sou formada e pós graduada em História.Pesquiso e estudo diariamente, e a quarentena está me possibilitando estudar com mais afinco, pois não preciso sair.
Gratidão pela oportunidade de conhecer sua rotina e me estimular a ser mais produtiva ainda.
Maria do Carmo
Email dcarmorodrigues@gmail.com
Renata disse…
Oi Vovo Neuza, assisti sua entrevista com a Roberta Zampeti, e fiquei tão encantada ao vê-la contar sua história que cheguei até seu blog. Parabéns, a senhora é
inspiração para todos nós.
Você consegue transformar cada dia da sua vida em um presente, uma dádiva, e nos faz perceber quão valiosa é a oportunidade de acordar a cada novo dia. Um beijo carinhoso...Renata.

Luciano Fernandes disse…
Oi vovô Neuza, que bom que a senhora está bem. Tomara que essa quarentena acabe logo para que volte a passear e se alegrar com seus amigos. Um grande abraço e um beijo... de seu neto virtual.
Unknown disse…
Parabéns Vovó Neuza.Que você alcance todos os seus objetivos.Realmente precisamos ser resilientes para a adaptação ao novo meio.Que você seja sempre muito feliz.Obrifada pelas palavras de força.
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Unknown disse…
Parabéns Vovó Neuza.Que você alcance todos os seus objetivos.Realmente precisamos ser resilientes para a adaptação ao novo meio.Que você seja sempre muito feliz.Obrigada pelas palavras de força.
.
Dalva Santos disse…
Parabéns pelo texto lindo, Neuza! Encantada com sua história. Conheci hoje seu blog. Suas letras são um luxo. Obrigada por compartilhar!
Beijo
Dalva, de Salvador.
Marco Assub disse…
Acabei chegando ao seu blog por um acaso...e fiquei maravilhado com o seu texto e com vc!
Parabéns! Vida longa e seja muito feliz! =)
Anônimo disse…
Vovó Neuza, boa noite. Sou Bia Pérez, tenho 63 anos e sou uma vovó super coruja. Também tenho um filho que mora em Londres com sua esposa e filho de 4 anos. Sei muito bem o que é este bom dia e boa noite á distância... Adorei conhecer um pouquinho de você, me inspira muito sobre tudo que diz sobre memórias. Eu adoro contar, ouvir e escrever minhas histórias - sempre são momentos que aprendi alguma coisa... Estou fazendo meu Álbum de memória, que pretendo conversar comigo e deixar pro meu legado sobre quem fui, o que pensei, o que fiz, as mudanças que assisti e vivenciei. e de tudo que aprendi pela vida.
Adoraria fazer o seu curso... mas não sei como me inscrever. Este ano este fazendo o Programa Reivente-se na USP, estou adorando e me redescobrindo nesta nova etapa da vida... meu Envelhecer. Pra me distrair, depois da aposentadoria, resolvi ter novas experiências... tenho um Blog o terceiro ato... e recentemente também fiz uma página no Instagram e no Facebook. Comecei no Instagram uma página de a voz das avós - pois meus amigos me estimularam a ensinar como dialogar com os netos pela internet (coisa que faço com prazer e com facilidade) . Por favor quando puder me avise quando abrirá novas vagas pro seu curso. Será um grande prazer aprender com você. Boa noite, Espero que esteja tudo bem por aí. Também estou em isolamento em casa e me sinto muito bem. Não tenho tempo pra ficar ansiosa. Minha rotina è bem variada. Bjs
Danielle Brito disse…
Que prazer encontrar suas palavras tão bem lapidadas sendo compartilhadas por aqui, Neuza.
Sou uma fonoaudióloga apaixonada pela comunicação, protagonismo e resgate de memórias. Conheci sua história no documentário excelente do Sesc (https://sesctv.org.br/programas-e-series/envelhecer/).
Parabéns pela forma como exerce sua autonomia, constrói e compartilha sua identidade. Inspira muitas pessoas, inclusive a mim que tenho 45 anos e já estou atenta às mudanças que estão acontecendo e hão de vir na minha vida.
Queria muito ter o privilégio de ser sua aluna. Avise-me, por gentileza, se houver alguma oportunidade neste sentido. Trabalho numa instituição de longa permanência com 50 idosos... emudecidos e sem muitos sonhos e desejos. Tenho o desafio de instigar neles o resgate de suas memórias como motor que pode dar sentido aos seus dias de vida.
Abraço caloroso à moda antiga (quando a pandemia não nos assombrava).
Danielle
Meu email: daniellebritto@gmail.com
Unknown disse…
Neuza, adorei conhecer você e a sua história. Fico feliz por ter compartilhado conosco. Sou sua colega no curso de ARte e Mitologia do MAM.
Anônimo disse…
Boa vovó Neuza,tmj.
Lili disse…
Olá Vovó Neusa, tudo bem?

Cheguei aqui por causa do “Museu das Coisas Banais”. Adorei seu relato! E eu ADORO rádio! Morri de inveja desse seu! É lindo e não conhecia esse modelo tão pomposo.
Aprendi a gostar de rádio com o meu pai. Já falecido. E até hoje ouço muito. Tenho ainda um “moderno” microsystem com CD. Tenho 42 anos e minhas amigas e amigos estão na era dos aplicativos de músicas e eu não me adaptei. Gosto de rádio!

Acho que um dia terei um programa de rádio, do tipo da Maria Régia, a Sra. já ouviu falar dela? Ele tem um programa de mais de 35 anos na Rádio Nacional do Alto Solimões que ela lê cartas e recados para as pessoas que moram na Região Amazônica. É muito lindo.

https://museudascoisasbanais.com.br/exposicao/objetos-que-aproximam-dentro-de-casa/meu-tijolinho-cantante/

Vou ler seu Diário da Quarentena aos poucos. Gostei disso. E admiro muito quem tem a disciplina de fazer diários.

Vovó Neusa, por acaso, a Sra. sabe me informar se a USP fará algum curso on-line desses que a Sra. participou com o seu curso o curso de “Resgate de Memória Autobiográfica” ? Eu tentei achar alguma informação e achei sobre o evento em 2019.

Abraços fraternos!

Lilian
Lili disse…
Peço desculpas, no comentário acima errei seu nome, Vovó Neuza. Perdão.
E repetir a palavra “curso” no último parágrafo.
Bom final de semana.
Abraços fraternos,Lilian.
Que prazer imenso eu tive hoje ao encontrar seu blog. A senhora é de uma inspiração absoluta, vou ler tudo o que escreveu aqui com muita sede de sabedoria. Beijos e não me envergonho de dizer que já amo a senhora de todo o meu coração. Ser iluminado que ainda esta entre nós. Beijos.
Meu nome é Silmara e tenho 52 anos.

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