Escultura “O Beijo Eterno” – William Zadig - 1920

Escultura “O Beijo Eterno” – William Zadig - 1920 Considerando que uma boa parte dos 60+ é constituída por grupos de aposentados de profissões imersivas para as quais seu tempo de leitura era concentrado em conteúdos específicos de suas profissões ,em geral foram especialistas em suas profissões, mas com uma cultura geral abrangente insuficiente, este trabalho tem como objetivo compensar tal lacuna “Não me basta saber que sou amado, Nem só desejo o teu amor: desejo Ter nos braços teu corpo delicado, Ter na boca a doçura de teu beijo”. Olavo Bilac “No inicio da Avenida Paulista (hoje final, entre as ruas Minas Gerais e Augusta), em 1920, alguém teve um dia a ideia de implantar um monumento que homenageasse Olavo Bilac. O Prefeito Firmiano de Morais Pinto procurou tomar todas as providências para que a iniciativa tivesse êxito. O escultor escolhido foi o suíço William Zadig. O resultado foi lastimável. Além de revelar falta de percepção da paisagem, o monumento não tinha unidade plástica e, pior do que isso, não tinha poesia. A falta de unidade facilitou o esquartejamento da obra e seus fragmentos foram espalhados pela cidade com a falta de cerimônia com que são tratados os monumentos desta cidade. Do conjunto só restou a imagem do gesto desolado do poeta que ficou a ouvir estrelas.” (Toledo, Benedito Lima de – “Álbum Iconográfico da Avenida Paulista”, Ed. Ex Libris, 1987 – p. 21) Separada das outras estátuas do monumento a Olavo Bilac, O Beijo Eterno “morou” em um depósito da prefeitura durante algum tempo, e foi depois instalado no Largo do Cambuci, causando protestos das senhoras puritanas que não admitiam aquele casal nu se beijando em praça pública. Retirado, o casal continuou vagando, foi para a Avenida Nove de Julho sob a Avenida Paulista. “Incansáveis, os amantes mantiveram sua apaixonada homenagem a Bilac em meio à fuligem, até serem salvos por quatro cabeludos à Castro Alves, da Faculdade de Direito, que os desembarcaram no Território Livre do Largo de São Francisco, em junho de 1962, para emoldurar novas lutas libertárias e inspirar trovas acadêmicas” (depoimento de Álvaro Quintanilha) Hoje, quem passar pelo Largo São Francisco, vai encontrar os amantes no seu “Beijo Eterno” que não escandalizam mais com sua nudez .

Comentários

ELIANA MATOS disse…
Saudade de suas aulas Resgate de Memórias. No Instagram acompanho Mirism Gonderberg e lembro que você falava nela no curso online . Saudades fraternos da aluna Eliana daqui da Barra da Tijuca Roo de Janeiro.
All Reels disse…
Sua postagem foi fantástica! Sua perspectiva é esclarecedora. Encorajo você a continuar escrevendo.

Postagens mais visitadas deste blog

QUARESMEIRA OU MANACÁ DA SERRA?

EU E A USP

SETE ANOS