MINHA MÚSICA NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2011 - JULHO

02Não me satisfaz plenamente, mas desta vez  o jeito foi ouvir o concerto de abertura do Festival de inverno de Campos de Jordão pela TV. Interessante ouvir Pinchas Zukerman como violinista e como regente tocando Beethoven. A Sinfonia nº 1 não é das eu mais gosto mas acho que serve de degrau para as outras que virão. O comentário de Marcelo Jafé (muito contido) foi claro abranjendo o que de importante havia para comentar.  Junto um comentário  de critico musical que a Folha de São Paulo publicou nesta segunda 04.

03 –Voltando ao Teatro Municipal e ouvindo o meu sempre  querido Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo   (que hoje foi um quinteto também, com um pianisa convidado. Tocaram magistralmente (minha opinião de leiga mas ouvinte compulsiva)   Dvoak e Schumann coma introdução sempre esperada de Marcelo Jafé  que introduz o ouvinte  no que vão executar.  A respeito até comentei no facebook e no Twitter. Aqui vai a cópia:
“Ouvir o Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo hoje, foi usufruir da presença de simpatia e graça de Betina e seus babadinhos, do sorriso constantemente "dependurado" no rosto de Nelson, da concentração séria de Robert e da informação temperada com muito, muito humor do Marcelo e seus cabelo chacoalhantes. Tudo servindo de moldura para o principal, a música apresentada com técnica e emoção que flui da comunicação entre eles através do olho no olho. É o olhar que "costura" a integração entre eles e faz circular a emoção que é transmitida.  Estar com o Quarteto (que hoje foi quinteto) fez meu domingo Feliz. Muito feliz”

09 – MASP foi a vez da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. É uma formação diferente, com sopros metais e sopros madeiras na frente, de cordas só contra baixo e tocando músicas próprias. Embora a orquestra seja afinada, o maestro entusiasmado e explicando sempre o que faze, cheguei à conclusão que música de banda não é oo que gosto mais. Mas, em sendo música sempre tem o seu valor.

10 – TEATRO SÃO PEDRO- pela primeira vez depois de reformado. Acho que também antes nunca tinha entrado. É um teatro simples, modesto, pequeno, como mínimo que um teatro pode ter. Vou escrever sobre ele.  Ia de carro, a bateria pifou e o Flavio me levou. Na saida um lugar feio, sem taxis,me obrigou a  um “passeio” de duas quadras medonhas. Mas, valeu o concerto. Orquestra do Teatro, nenhum músico conhecido e o maestro acho que só ouvi o nome: Emiliano Patarra. O programa foi muito, muito bom: Beethoven e Chopin.  De Beethoven a abertura Egmont e a Sinfonia nº 7. Pelo entusiasmo do maestro  e o fato de ter regido sem partitura, mereceu meu respeito além do prazer de ouvi essa sinfonia. Depois Chopin, Concerto nº 1 com aquele pianista que eu gosto muito: Flavio Varani. Pelo que eu sei, ele é ótimo.Está na sua temporada no Brasil (mora nos Estados Unidos)e  dará mais concertos aqui. Quem me informou foi o Denis Molitsas que encontrei lá. Música de primeira qualidade fechou bem o meu domingo, não fossem as atribulações da volta.

11 – Sala São Paulo. Fui com Maria Inês.Não teria ido sozinha. A mãe dela também foi. Programa: O XIV PRÊMIO CARLOS GOMES  para ópera e música erudita. Lido o resultado da votação popular e de especialistas – parecia o Oscar na apresentação – para 14 categorias diferentes, os prêmios foram entregues e entre um e  outro a Orquestra Sinfônica de Santo André, regida por Carlos Moreno.Tocaram Carlos Gomes e Verdi.
Programa diversificado, muitas imagens em um telão foi um pouco cansativo, mas o espaço, a beleza do lugar, a música e a companhia,completaram o evento. Na saida, fui reconhecida e cumprimentada pelo Nelson Rios, violinista do Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo que recebeu prêmio na categoria Conjunto de Câmara. Eu sei quem é ele, mas seguramente ele não sabe quem eu sou. Apenas me conhece pelo tanto que eu estou presente nas atuações do Quarteto.

16 – A música  hoje não foi em teatro nenhum. Foi na casa de Bruno Pace (o Bruno do Jarlei) que ouvi música. Seu piano havia chegado e ele  me convidou para ir conhecê-lo. Fui com os dois – Bruno e Jarlei – para a casa do Bruno neste sábado,16 à tarde.O piano é lindíssimo: preto ébano brilhante, de cauda  e recem reformado. Um Stanway & Sons. Seria uma peça a mais como decoração da sala, não fosse  o que Bruno faz com ele. Tem mãos de pianista – mãos grandes, dedos longos – envolvimento emocional com o compositor que executa, uma técnica que nunca tinha visto tão de perto.  Tudo flue naturalmente.  Não consegui entender os detalhes técnicos e  de composição porque é tudo muito complexo e eu não tenho base. Mas, sei sentir e apreciar. Bruno tocou com uma facilidade incrivel, trechos do Cravo Bem Temperado de Bach. Tocou Preludios e Fugas de Bach e Shostakovsky, as primeiras  servindo de inspiração para o segundo. Tocou peças fortes e brandas, passando de umas para outras com a segurança de quem conhece o assunto. E como conhece.  Tocou Villa-Lobos nas suas expressões máximas.
Enfim, foi uma aula de genialidade  que me mostrou que de música eu só sei ouvir. E reconhecer  às vezes.  Olho uma partitura e sei o que é uma colcheia, uma semicolcheia, uma clave de Sol ou Fá. Mas não passa daí. Mesmo na História da Música  eu  ”passeio” apenas.
Foi uma tarde diferente. Muito diferente e agradável.

20 – Mudei um pouco o foco. Desta vez, aproveitando o Festival de Dança apresentado pelo Municipal, fui ver  o SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA. Do novo lugar que escolhi (balcão nobre poltrona A39) domino o palco de cima. Perco um ou outro detalhe que não altera o conjunto. É uma companhia nova, de janeiro de 2008. Houve umaparate clássica e outras modernas. A parte clássica foi uma coreografia de Balanchine (1904-19983)  com a Serenata para cordas de Tchaikovsky.Grupo grande, bem entrosado, eme pareceu com boaprofissionalidade.não conheço o suficiente para fazer uma critica real.Em seguida um espetáculo mais moderno , com bailarinos com grande flexibilidade e dominio de cena. Figurino bonito predominando o preto. O ultimo, Sechs Tänze é um espetáculo de montagem rápida e de humor. Música de Mozart.
Deixei por último comentar o L’après-midi d’um Faune com música de Debussy. Foi por isso que escolhi  esse espetáculo. E não gostei da performance. Não sei se porque  ficou no meu imaginário a apresentação de Nureyev com uma sensualidade delicada, mostrando tudo e com gestos dizendo tudo..... Esta nossa apresentação pecou pelo sensual agressivo e grosseiro. .
Logo procurei no You Tube  e encontrei um pedaço pequeno de um filme de Nijinsky de 1912 – 45 segundos. Resolução ruim. Mas o Fauno de Nureyev apresentado na sua totalidade de 10 minutos e com as ninfas participantes,  é inesquecível.O simbolismo delicado do final contrasta  com a performance grosseira do que vi ontem.
 youtube.com/watch?v=m7b1FkZYarU&feature=related
 é o link  para o YouTube

31 – Municipal-Orquestra Experimental de Repertório  e Coral Paulistano-executaram Brahms – Abertura Festival Acadêmico, concerto para Violino e Orquestra com Claudio Mecheletti como solista (jovem e já indo para a primeira linha) Programa anexo.
Não conheço muito Brahms, mas música é sempre música e me enleva. Do clugar onde estou agora, Balcão Nobre cadeira 35 vejo bem os vários naipes e treino melhor o meu ouvido.

Julho termina com saldo positivo.Oito contatos diretos com a grande música. 

Comentários

Priscilla Castro disse…
Vovó Neuza tudo bem? te mandei um email espero que tenha recebido, mandei pro seguinte endereço: vovoneuza@gmail.com

bjos!!

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