TERCEIRO DIA – DOMINGO – 01 DE ABRIL DE 2012 (domingo de Ramos)


Nossos horários de levantar são sempre ao redor das 8h. Hoje eu estava de mau humor. Não tenho escutado quase nada do que falavam minhas duas companheiras de viagem e com isso me sinto excluída.

Café no mesmo lugar de ontem, com mesinhas de rua. Mesmo com um friozinho maroto.

Combinamos a maneira de pagar as contas: fazemos uma caixinha onde cada uma deposita 100 euros e uma só vai pagando enquanto tiver saldo. Quando acaba, colocamos de novo 100 euros cada uma.  Deu bem certo.

Hoje temos apenas a manhã para passear por nossa conta porque vamos almoçar na casa de Adolfo e Elena. Mas, o almoço é às 15h então podemos dar umas boas voltas.  

A pé até o metro Tetuan e descemos na Plaza Catalunya. Procuramos pela FNAC, a encontramos, mas fechada. É domingo e Domingo de Ramos. Continuo sem chip para o telefone funcionar na Europa. E então fomos andar pelas cébebre Ramblas

Las Ramblas de Barcelona são umas séries de pequenas ruas e têm ao todo 1km e 200 metros e liga a Praça Catalunha ao porto da cidade.Termina com a estátua de Colombo. A Rambla de Barcelona é  uma espécie de calçadão, onde pedestres podem caminhar e são margeadas por ruas onde carros passam. A  Rambla de Barcelona possui várias lojas, cafés, restaurantes, floriculturas e performaces de vários tipos (mímicos, atores, músicos, estátuas vivas, etc.).  Lojas de rua com vitrines criativas e coloridas dão o toque diferente. La Rambla vive lotada principalmente de turistas desde a manhã até altas horas da noite.


Ao se passear pela La Rambla de Barcelona vimos  La Boquería,
mercado de produtos naturais onde todos os catalães se reunem  para degustar e  confraternizar. Não o conhecemos porque era Domingo de Ramos e estava fechado.  Resta a foto




 As Ramblas nada mais são que calçadões longos com lojas dos dois lados e comedorias que colocam as mesinhas do lado de fora e no meio, e aí servem. São como shoppings ao ar livre. Mas as lojas têm vitrines de muito bom gosto. Como começa a primavera, as roupas são mais descontraídas e muito coloridas. Em contraste como tom neutro das pessoas que circulam neste fim de inverno. São como passeios e lojas concentrados em quarteirões.
Ruazinhas estreitas desembocam na rua maior, bem mais larga. Nessas ruazinhas continua o comercio, quase sem vitrines e com mercadoria dependurada nas portas. Foi aí que comprei minha primeira echarpe, branca de bolas pretas. Ou preta de bolas branca? Vou ver.... É mesmo branca de bolas pretas.  Ninguém gostou, mas eu gostei.
Como era Domingo de Ramos, havia muita gente circulando esperando procissão. E carregando “bastões” decorados.  As lojas quase todas fechadas e só funcionavam as comedorias.
Muitas barraquinhas de quinquilharias. Foi aí que comprei um par de castanholas, nem sei para que. Talvez lembrança caracteristica. Há coisas interessantes como jamonerias que vendem jamon, um presunto cru bem típico.


Há nas Ramblas, muitas estátuas vivas,verdadeiras obras de arte. Atualmente estão limitadas a15.

     


Seguindo em direção ao Porto, à esquerda encontramos o bairro gótico, com suas lojas características,  suas vielas e a Igreja Santa Maria del Mar,  um templo gótico, despojado. Sua pedra fundamental data do ano de 1329.
Mais um pouco à frente chegamos a um grande parque público, com o Arco do Triunfo. É um monumento construído para a entrada principal de uma Grande Exposição Mundial. Tem cerca de 30 metros de altura e tons de ocre ao vermelho.

 As Ramblas de Barcelona que começaram na Plaza de  Catalunya vão terminar no porto, com o monumento a Colon .
O Monumento a Colón é uma das mais famosas estátuas de Barcelona . Construída em homenagem ao descobridor Cristóvão Colombo, está erguida na Praça do Portal de la Pau (em português, "Portal da Paz"), ponto de união entre o sul de las Ramblas e o Paseo de Colón (ou passeio de Colombo), em frente ao porto de Barcelona.
O monumento foi Inaugurado em 1 de junho de 1888, e converteu-se em seguida em um dos ícones mais característicos da cidade.
A estátua de Colombo está situada no alto de uma coluna de ferro, tem sete metros de altura, é obra do escultor Rafael Atché. O conjunto mede um total de 60 metros de altura.
A estátua representa Colombo com o braço direito estendido e o dedo indicador apontado até o mar.



 E  andado pelas Ramblas, ficamos fazendo hora até chegar 15 horas, horário marcado para nosso almoço com Adolfo e Elena, E na Plaza de Catalunya tomamos o Metro. Atrapalhadas e sem conhecer muito bem os destinos, tomamos o trem em direção contrária, tivemos que voltar e finalmente chgamos a Port Sec o Metro mais próximo da casa de Adolfo e Elena.  E aí, era cedo demais. Sentamos em uma ds  mesinhas que proliferam em qualquer lugar de Barcelona (principalmente neste começo de primavera)  e como aperitivo tomamos uma cerveja para as três e umas batatas bravas( batizadas por nós de ”nervosas”)  Muito gostosas, 
Adolfo e Elena nos esperávam com um gostoso almoço que tinha sido preparado pelos dois. Bonito ver o compartilhar desse casal. Tudo é feito em conjunto e com um carinho recíproco que dá gosto de ver. Comemos macarrão, tomamos vinho e principalmente conversamos muito muito.

 Elena
Adolfo

Adolfo nos falou sobre sua vida, suas andanças pelo Brasil, África e Espanha no seu trabalho de ferramenteiro.  Falou de seus filhos, um deles  prof. universitário em Barcelona e sobre sua filha Lupe, que eu já  conhecia através da Internet como sendo mulher de Salvador, filho de Angel Cherta, amigo de longos anos que morou no Brasil e  atualmente mora nos Estados Unidos. Fomos amigos de Angel e Lina aqui no Brasil no final dos anos 50.
Ainda escrevo mais sobre Lupe, uma mulher de valor que enche de orgulho Adolfo e Elena.
E nos presentearam com carteiras e um relógio de pulso para mim. Nem merecíamos tanto.

 Enquanto Elena descansava e cuidava dos afazeres domésticos, Adolfo nos levou para conhecer mais de Barcelona. Circulou por lugares em que o ônibus não passou e então conhecemos mais um pouco de Montjuic porque subiu mais. Andamos um pouco por lá, onde deveria ser a fonte luminosa que só começa funcionar em maio já em plena primavera. Passamos por ruas e avenidas, litoral e monumentos modernos, simbolo da moderna tecnologia que vigora na cidade como a torre AGBAR
A Torre EGBAR pertence à Companhia da Àguas de Barcelona.Com seu colorido  é o terceiro edifício mais alto da cidade.
Eleva-se a cerca de cento e quarenta e dois metros de altura. Na sua construção foram utilizados diversos materiais. Até ao piso 26, em que o edifício apresenta a forma de um cilindro, é essencialmente constituído por concreto e vidro. A partir do vigésimo sexto andar até à cúpula foram utilizados aço e vidro. A superfície do edifício é constituída por placas de alumínio coloridas. O seu entorno se estende por 250 000 metros quadrados   onde se encontram os melhores restaurante, boutiques, e bares.

Passamos pelo campo de futebol do Barcelona, o Barça, club emblemáatico, conhecido mundialmente. Futebol é um esporte  importante em Barcelona. Mesmo em um domingo de ramos, o movimento em torno do estadio era muito grande.  O estádio abriga um museu visitado por milhões de pesssoas que querem saber qual o segredo dos tantos títulos de campeão que esse clube obtem.
E deixando o carro em um estacionamento, Adolfo nos levou para conhecer a Praça de Touros de Las Arenas de Barcelona.




     A  Arena Monumental de Barcelona abrigou no domingo  - 25/09/2011 - mais de 18 mil pessoas para ver a última tourada da história da Cataluña. Essa  tourada encerrou um capítulo de quase 100 anos na arena La Monumental, que abriu suas portas em 1914 e não poderá mais exibir este tipo de espetáculo por decisão do Parlamento regional catalão.

A transformação da antiga Praça de Touros de las Arenas, , em um centro buscou renovar esse  edifício histórico preservando sua fachada – um dos poucos exemplos de arquitetura circular da cidade- renovando totalmente seu interiorabrigando um novo espaço comercial, lúdico e esportivo de 105 mil metros quadrados.
Para entender todo o processo de transformação da Praça de Touros em Centro Comercial, leia o livro de Luiz Alonso, arquiteto: Arena de Barcelona – a história de uma transformação.

Por explicação do amigo Adolfo ficamos sabendo que o conjunto todo foi erguido 7metro, o que levou anos, com aferição diária de sustentação.  Os suportes podem ser vistos nas fotos.
Sobreo telhado foi feita uma cobertura onde estão restaurantes e subindo-se por um elevador o  mirante  do alto mostra vista da cidade.  Esse terraço circular é enfeitado com esculturas modernas. Estivemos nessa cobertura, e depois descemos pelo interior onde, em vez de areia e “picadeiro” de touradas há um grande shopping cobrindo vários andares.

                  Estrutura de sustentação da nova La Arena



                                 Nós– altos da nova La Arena




                                              Interior da nova La  Arena-um grande shopping

Voltando à casa de Adolfo e Elena ainda nos foi oferecido um lanche de arremate da visita.  E Adolfo foi nos levar até o hotel. Atenções...
Arrumamos tudo, acertamos o hotel e fomos dormir. Combinado que Adolfo nos pegaria pela manhã.

Comentário paralelo- Tem feito dias excepcionais. Friozinho de manhã, quente no meio do dia e refresca à noitinha.  Perfeito. Para os catalães ainda está um pouco frio porque as pessoas todas estão agasalhadas, portam jaquetas sempre e ainda não há colorido de primavera. Mas são todos elegantes e muito bem vestidos.  Casais de idosos são frequentes, sempre abraçaos ou de mãos dadas.

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