DE VOLTA Á MÚSICA ORQUESTRAL AO VIVO
Os meus primeiros passos de
volta à Música ao Vivo,foram com o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
onde reencontrei e matei a saudades de Betina, Marcelo, Nelson e Robert. Em
duas apresentações comecei a me satisfazer de música ao vivo.
No domingo passado, 4 de
setembro, por inércia, preguiça, covardia ou medo não fui ao Teatro Municipal
como tinha vontade. Fiquei mal comigo mesma.
Neste domingo, 11 resolvi ter
coragem, perder o medo, mandar a preguiça embora e dar um “empurrão” em mim
mesma para sair, sozinha, para o Teatro Municipal. Primeira vez que saio
sozinha, de ônibus, depois da cirurgia de implantação de uma prótese
coxo-femural. Pisos Baixos facilitam a
vida para quem a mobilidade já não é tão fácil.
Subi bem, desci tão bem
quanto.
O deslocamento até Teatro é
curto e logo eu estava no meu “Templo de Música”. Gentil atendente me conseguiu
um bom lugar, onde até minha perna “doente” tinha espaço para se esticar.
Era cedo, pouca gente, e um
chocolate quente com pãezinhos de queijo me aqueceram enquanto eu lia A METAMROFOSE
de Kafka me antecipando para a reunião da Academia Paulista de Letras onde esse
livro vai ser comentado e discutido no dia 29 de setembro.
Depois, o prazer de encontrar
Rosa, a chilena amiga desse espaço, cujos encontros frequentes vai nos tornando
boas amigas.
E na programação, mas não no programa
impresso: Concerto para Trompa e Orquestra, diferente, mas sensacional. Em
seguida uma sinfonia de Brahms.
Merece comentário elogioso a atuação do
maestro Carlos Moreno. Ele é tudo o que eu espero de um maestro. Envolvido, participante, (sem batuta) gestual entusiasmado, expressão corporal e facial arrebatadores.
Finaliza a condução até com simpático “pulinho”, braços abertos envolvendo o
tutti da orquestra. E a valorização de cada naipe da orquestra.
Alguns comentários pessoais:
Me pareceu uma programação de última hora -
não havia referência no folheto de programação do mês – com preço muito
baixo – R$ 5,00 - para atrair público e
talvez mascarar o desconforto causado
pelas últimas notícias sobre “corrupção” no Teatro. O Teatro estava lotado com
um público heterogêneo e aproveitando a bela manhã de sol com a oportunidade de
estar em um espaço prenhe de música e beleza visual.
E o inevitável acontece com
palmas entre os movimentos da Sinfonia, tirando a concentração e o clima de
ouvintes e músicos e quebrando a unidade da peça.
Seria oportuno esclarecer o
público heterogêneo sobre o momento dessas palmas.
Faltou uma apresentação do
programa com nome do solista de Trompa, o nome das peças e seus compositores e
pelo menos a informação de situação de cada um no tempo e no espaço. Em um
aspecto mais didático seria interessante a apresentação dos naipes da
orquestra, como acréscimo de conhecimento.
Volto à música ao vivo assim
que houver oportunidade. Nada a substitui. Musica em rádio e TV são
alternativas apenas.
Comentários
Abraço.