VIAGEM - DÉCIMO SÉTIMO DIA – DOMINGO - 15 DE ABRIL DE 2012
Não confiantes no alarme do telefone que em Barcelona não tocou e quase nos fez perder a hora de encontrar Adolfo, pedimos à recepção do hotel que nos acordasse às 3h e 45 minutos. Malas já prontas, não nos fizemos esperar e às 4h em ponto Pedro chegou para -em uma gentileza única – nos levar à Barajas, o aeroporto que é bastante longe da cidade. E nós três, mais as seis malas fomos conduzidas por Pedro em seu super carro. Ainda escuro.
Última
despedida com o coração acelerado e uma vontade de que o tempo parasse para que o abraço
continuasse.
“ATÉ
MAIS PEDRO!!!!”
A
tristeza só não foi maior pela perspectiva de um encontro próximo com a filha
biológica, que há muito eu não via.
Pela
Air Europa e no avião Embraer 190 - saímos do terminal 2 de Barajas às 6,55h e em um voo que durou 1:25h chegamos ao terminal 1 de Barcelona às 8:20h . Caminho complicado quando poderíamos
ir direto de Madrid para Veneza, mas os horários não batiam. Precisávamos chegar
em Veneza com tempo de ainda ver André e Rosinha. Toda essa coordenação precisou
ser pensada e adequada à oferta de voos
no dia e no momento em que foram
reservados.
Em
voos curtos não oferecem nem água.
O EMBRAER
190 é um avião a jato com
capacidade para 100 passageiros, fabricado
no Brasil pela Embraer.
Em Barcelona foi uma corrida. Juntando a
grandiosidade de Barajas com o também grande (mas nem tanto) aeroporto de
Barcelona, tivemos que nos deslocar muito. E o espaço de tempo entre a chegada
em Barcelona 8:20 e a saída , para Veneza no mesmo aeroporto, mas em outro portão
distante, às 10:05h foi curto para todos os procedimentos e deslocamentos. Corremos muito (nem sei como
aguentei)e mesmo que tivéssemos procurado o balcão da Singapore Airlines para
transferir a passagem e ficar mais tempo como M. queria, não teria dado tempo.
O voo Barcelona-Veneza foi feito pela Ibéria e
durou 01h45minmin. Com chuva contínua. E
chegamos em Veneza às 13:30h (-
diferença de fuso horário?)
Até pegar toda a bagagem (seis malas mais as
bolsas) demoramos um pouco para chegar ao ponto de encontro. Jurema e Oscar já
nos esperavam. Foi um abraçar sem fim. Embora eu tivesse visto Jurema há uns
dois anos, agora eu a estava vendo no seu lugar, na sua cidade de agora e isso
é diferente. Não era um passeio deles, mas um passeio nosso.
Desde o aeroporto Jurema já começou a nos assessorar,
procurando um caixa eletrônico, pois precisávamos dinheiro.
Chegada
em Veneza
Oscar foi buscar o carro. Chovendo bastante
mesmo. Embora eles já tenham feito esse percurso Veneza - Lindinara muitas
vezes levando e trazendo pessoas que os visita, Oscar ou distraído ou
emocionado (acho mais certo essa segunda hipótese) errou o caminho. Quando deu
pela conta estava quase em Vincenza, com mais de 30 kms de erro. Entre ida e
volta aumentamos 70kms de estrada.
André e Rosinha estavam nos esperando. Muitos
abraços, o carinho especial deles nos emociona muito. Tinham ficado em casa da Jurema-Oscar para
preparar o nosso almoço de chegada. E colocaram todo seu amor nos pratos que
fizeram. Um almoço inesquecível. Pela
comida, pela companhia, pelo prazer de estar junto a entes queridos.
chegada em Lendinara |
André e Rosinha tinham vindo de onde trabalharam
– a estação de Sky de La Tuille - até Milão onde alugaram um carro para
facilitar o transporte de malas. Muitas, pois estavam praticamente de mudança.
Depois do almoço ainda fomos todos, em dois
carros, até Ferrara para que conhecêssemos a cidade e para tomar sorvete.
No caminho, desviamos um pouco para que víssemos a
fazenda (tratoria) onde Jurema-Oscar moraram e onde Oscar trabalhava.
Chegamos em Ferrara
Ferrara é comuna italiana da região da Emília-Romanha, uma área de 404 km², tendo uma densidade populacional de 323 hab/km². Situada nas margens do rio Pó di Volano, um canal que se ramifica a partir do curso principal do rio Pó. Ferrara tem uma estrutura urbanística que se radica no século XIV, quando era governada pela família dos Este.
Uma
cidade especial. Predomina o medieval, com construções típicas do século XIV.
Jurema e Oscar moraram lá um tempo e a conhecem bem. Depois do prometido sorvete, andamos pela
cidade. Passamos pelos lugares onde eles
moraram. Para André e Rosinha é uma cidade muito querida porque nela estudaram
para a atual profissão, nela se acomodaram em espaços pequenos junto com Oscar e Jurema , e nela trabalharam
profissionalmente pela primeira vez.
Vimos
o castelo, uma rua mais larga e outras estreitíssimas, vimos o centro
histórico, as adaptações à modernidade mesmo em prédios medievais.
É
uma cidade diferente e muito linda. São muitas as fotos representativas para a
família e mais ainda por conta dos acontecimentos destes últimos tempo, dos quais falo mais adiante.
Do
nosso passeio por Ferrara ficaram muitas fotos e mesmo escolhendo, são muitas
que não posso deixar de rever.
Duomo
de Ferrara
Castelo
Delhi Estense-Fer
Interior do restaurante Dom Giovanni – prédio
histórico
Neuza com algodão doce gigante
Tomamos sorvete, comemos algodão doce gigante e
fomos visitar o restaurante onde André e Rosinha trabalharam. Fomos acolhidos com
um carinho muito grande. Sentamos-nos
todos para bebericar um vinho acompanhado de beliscos da casa. Éramos sete.
Local diferente como mostram as fotos. Prédio histórico.
Depois da prosa, ao nos despedirmos soubemos que
toda a consumação tinha sido uma gentileza da casa por conta do prazer que
André e Rosinha lhes deram pela visita e ainda por mostrar esse lugar magnífico
para seus pais, avó e amigos.
Já escuro, voltamos para Lendinara onde Oscar e
Jurema moram. A segurança do André na estrada impediu possíveis erros. Só paramos para o
diesel do carro do Oscar. Quando
chegamos em casa, Oscar deu por
conta ter esquecido a tampa e a chave do
tanque de diesel no posto. André com sua calma e paciência voltou com o pai 60
km para buscar a chave.
Neuza - Rosinha – Jurema - Oscar – Marlene – Maria Inês – falta o André que tira a foto
Em casa de Oscar e Jurema no dia da chegada – 15 de abril de 2012 -Rosinha, Oscar, Jurema, Marlene, Neuza, André, Maria Inês
Ainda deu tempo de uma cochilada de André. Ele e
Rosinha tinham que ir até Milão, entregar o carro alugado e esperar no
aeroporto até de manhã, pelo voo para a Alemanha onde vão ver outro serviço com
entrevista já marcada.
Felizmente arranjamos horários e voos para poder
encontrar André e Rosinha. E tudo deu certo.
Quando despediu de mim, sabia que demoraria para
nos encontrarmos de novo e me abraçou com muito carinho. Sempre esquecia alguma
coisa para voltar e se despedir de novo.
E ainda me deu 100 euros para que eu gastasse com coisas para mim. É um
doce de menino. Tem um carinho só dele mesmo.
ATÉ MAIS ANDRÉ E ROSINHA. VOVÓ ESPERA POR VOCÊS
NO BRASIL LOGO LOGO.
E então, sentamo-nos todos para tomar um fôlego.
Oscar e Jurema ainda ‘balançados pela chegada da mãe e partida do filho O
prazer de uma não obscurece a saudade do outro. “Eu duplamente ‘balançada” pela
despedida do Pedro, correria pelos aeroportos (afinal foram três em poucas horas: de Madrid, de Barcelona e de Veneza)
E aí, só restou nos acomodarmos para dormir. No apartamentinho de Jurema e Oscar sempre
cabe mais um – desta vez foram mais três-
porque não importa o tamanho da casa, o coração é que é grande.
Estarei aqui por uma semana, vivendo a vida deles
e acumulando vivências e compartilhar para supri as saudades futuras.
Nota - Um mês depois, aconteceu um terremoto na
região de Ferrara. Jurema escreveria:
“Depois de mais de um mês do primeiro tremor de magnitude 5.9, foram
registrados mais de 1850 tremores de varias intensidades na faixa que se
visualiza no mapa.
Existem ainda hoje mais de 14.000 desabrigados, alojados em barracas,
trailers, ginásios de esportes, etc.
12.000 edifícios foram analisados
e mais de 4.000 foram dados como inadequados.
O calor já beirando os 40° esta levando muitos desabrigados ao hospital.
Enquanto colocávamos as emoções em ordem,
aproveitamos cuidar de coisas práticas: qual o programa para amanhã. Jurema
sempre com o computador a postos já cuidou de ver horários de trem porque
a resolução foi ir para VENEZA.
E então, estávamos muito cansados todos e nos
acomodamos para dormir.
Como ficaremos aqui uma semana, circulando pela
região, nada melhor do que um mapa para sentir os espaços entre cidades e
vizinhança. Podemos situar Veneza, Rovigo,
Lendinara, Ferrara, Bolonha e Firenze.
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