DECISÕES DIFÍCEIS (mas não tanto) consciente e sem conflitos– DOAÇÃO DE CORPO

Isto é uma explicação para meu comportamento, no mínimo inusitado. Não foi uma decisão difícil. No mínimo teve seu tempo e sua hora e se apoiou na minha própria filosofia de pensamento e em ser prática, racional e objetiva. Quando se morre, formalmente há velório, enterro (ou cremação) e tradicionalmente tudo acontece como um ritual. Velório - uma vigília ao defunto – é para mim algo mórbido onde se prolonga o contato. Sofrido para a família próxima, meio indiferente para a maior parte dos participantes. Acaba sendo uma atividade social obrigatória. Os judeus nem abrem o caixão no velório. Ótimo. Fica para cada um a lembrança mais querida. Do ponto de vista religioso é a encomenda da alma (sempre as mesmas palavras e quanto mais palavras maior o sofrimento dos mais próximos) coisa em que eu não acredito. Sou bióloga, materialista e entendo que quando as funções vitais param tudo acaba mesmo. O velório culmina com o enterro (ou cremação) outro ritual macabro que gera aos...