DE SÃO PAULO - DE 117 DIAS A OITO SEGUNDOS =a medida da tecnologia


Até 1971, bem no centro de São Paulo existiam duas praças: a Praça da Sé e a Praça Clovis Bevilácqua.  Vizinhas, separadas principalmente pelo Palacete Santo Helena, imponente construção com seis andares. Estava lá desde 1922.  Havia  uma rua de comunicação entre as duas praças,  a rua Santa Tereza, curtinha  como uma passagem.

Nesta pequena rua, ao lado do Edifício Santa Helena ergueu-se, em 1963 um grande prédio, com 30 andares, o Mendes Caldeira, recorde de velocidade de construção porque nele foi usado pela primeira vez  concreto usinado.

Vem o metrô e muita coisa tem que ser sacrificada. As principais condenadas  foram o Palacete Santa Helena e o Edifício Mendes Caldeira. O primeiro, com 49 anos, mas firme, foi demolido em 1971 a golpes de marreta em 117 DIAS. Materiais nobres como o pinho de riga dos assoalhos, os lustres de cristal e demais restos de demolição  foram disputados “a tapa”.

 Poucos anos depois, o Mendes Caldeira, com apenas 13 anos de vida também teve que ser sacrificado e em 1975.  Foi implodido em apenas 8 SEGUNDOS. Foi a primeira implosão de São Paulo

Agora há uma só praça, a Praça da Sé. Duas em uma, sofrendo periodicamente reformas para uma urbanização mais moderna.


Palacete Santa Helena  demolido em 1975 A demolição demorou 117 dias a golpes de marreta
 Praça da Sé e Praça Clovis Bevilacqua ainda separadas  pelo edifício Mendes Caldeira.O Palacete Santa Helena já foi demolido – vista do alto
Entre 1971 e 1975


Implosão do edifício Mendes Caldeira em 8 segundos



Praça  da Sé  completa em 2004 - marco Zero, Catedral, Palácio da Justiça, espelho d’água



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