MUSICA EM AGOSTO -primeira quinzena

Agosto foi muito musical. Para compensar o pouco de julho. Continuo tendo que dividir o texto em duas partes: Primeira e segunda quinzenas.

No dia 03, um domingo por um inexplicável descuido, não tinha ingresso para o Municipal e o jeito foi procurar um programa alternativo. E fui ao Teatro do SESI – FIESP, NA Paulista. Ouvi um duo de flauta e violoncelo de artista jovens, iniciantes. Como quase tudo neste ano girou em torno do centenário da imigração japonesa para o Brasil, o duo também tocou peças nipônicas.
Na minha opinião, a flauta foi muito forte e o cello fraco demais, foi completamente dominado. Quase não se ouvia.

Ainda no dia 03, o coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) deu uma bela apresentação com a maioria das peças de origem japonesa. A regente Naomi Munakata fez sucesso. Coro bem ensaiado e afinado é muito bonito.

No dia 03 (ou já era 04?) à meia noite o encerramento do Festival de Inverno de Campos de Jordão apresentou nada menos do que a Nona Sinfonia de Beethoven com um regente de projeção mundial – Kurt Masur. Consegui ficar acordada e ouvir.

Dia 04, a Orquestra Sinfônica da USP se apresentou no anfiteatro Camargo Guarnieri da USP e eu fiz hora das oito ao meio dia para esperar o concerto. Como acontece sempre, o programa não é na integra, talvez porque o tempo seja curto. Mas, a Macumba de Villa Lobos, a Sinfonia nº 1 de Camargo Guarnieri e Aaron Copland puderam ser ouvidas. Para mim as lembranças do tempo em que aos sábados eu e Ayrton íamos a esse teatro foram no mínimo emocionantes. Encontrávamos amigos, clientes que também gostavam de ouvir musica. Bons tempos que eu procuro recuperar e manter. .

Uma pausa e no dia 08 na aula do prof. Terron mais musica com o making off do musical West Side Story como próprio maestro Bernstein, Kiri Te kanaka e José Carrera. Ouvimos, nos encantamos e um dos participantes expert no assunto puxar musicas pela Internet nos passou uma grande serie de endereços que tinha justamente esse programa. Agora tenho guardado e posso acessar quando quiser.

No mesmo dia 08, no CIEE um programa de Samba e Choro. Um pouco lento demais para meu pique. Chorinho é bom em ambiente aconchegante, mas num palco, perde um pouco da graça. Os conjuntos eram bons, mas não empolgaram. E eu fiz um grande sacrifício para chegar porque daqui tenho que tomar dois ônibus. Na volta Maria do Carmo me deixou no cemitério do Araçá e de lá tomei o ônibus mais facilmente.

No dia 09, sábado fiquei em casa e assisti ao programa do falecido Arthur da Távola que continua a ser apresentado com reprises.
Entrando no espírito da Olimpíada da China, o programa apresentou O Cisne Chinês com a Guangdong Acrobatic Troupe da China e Shangai City Dance. Com a musica de “O Lago dos Cisnes” de Tchaikovsky foi uma apresentação incrível, misto de balê clássico com acrobacias de circo, mágicos e cenários faraônicos. Nunca vi nada igual. No domingo vi tudo de novo.

No dia 10 voltei ao Teatro Municipal para a Fantasia Coral de Beethoven. Maravilhosa.Já a peça de Benjamin Britten foi muito mística, com espírito de religiosidade exagerado. Não faz meu gênero.

Na terça 12, voltei a freqüentar as Vesperais Líricas do Olido. Desta vez foi a encenação da ópera “A Ceia dos Cardeais”. Ainda bem que eu já conhecia o enredo porque canto de dois ou mais personagens, em dueto, mesmo falado em português para mim é nada. Não ouço, não entendo e fico só na musica. Vale.

Na sexta,15, na aula do prof. Terron, na apresentação de sopranos de coloratura, ouvimos e vimos performances de Montserrat Caballé em dueto com Fredie Mércury e depois Marilyn Horne e Caballé cantando juntas. Muito muito bom.E aí eu me dei conta que não conhecia quase nada de Fredie Mercury a não ser que foi um mito, um astro brilhante. Nem de sua possante e extraordinária voz eu me lembrava. Vou pesquisar mais.

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