VIAGEM - DÉCIMO QUARTO DIA – QUINTA FEIRA 12 DE ABRIL DE 2012
Hoje é dia oficial do meu aniversário. Pedro sabia disso porque Maria Inês tinha dito, mas ele não mencionou nada. Acho que a”filosofia”(ou religião) não festeja. Por que? Vou procurar saber.
Desci
para o café logo depois das 8h , sozinha em um salão na maioria de homens com
perfil executivo.
9h
Pedro passa por aqui e vem me buscar. Passamos na casa dele para pegar Pilarim
e para que ele me mostrasse o seu escritório. Inteligente, tem um escritório no
mesmo conjunto habitacional, em outro bloco. Não tem problema de deslocamento. É
um apartamento menor que o de residência
mas o método, a arrumação , a
organização é qualquer coisa de
especial. Há pelo menos uns seis computadores e outros periféricos para tudo:
impressão em vários tamanhos, plastificador....
A
organização e arrumação transcende o que se pode esperar.
Vimos
então os animais preservados em acrílico que foram manipulados no tempo em que Pedro estudava no
Campos Salles. Notáveis. 37 anos depois ainda estão perfeitos: um macaquinho
com o cordão umbilical e a placenta, e dois passarinhos com as penas ainda
coloridas.
Macaquinho
preservado em acrílico há 37 anos
Passarinho
preservado – penas com colorido
Na
cozinha desse escritório ficam as gatas que são outra paixão do Pedro: Catia,
uma gata siamesa de olhos azuis e Luna, uma pretinha até brilhante. Donas do pedaço, tem suas “casas” e com
cuidados higiênicos atuais, tão eficientes que o lugar não tem nenhum cheiro de gato. E nem de cachorro na casa
Catia-
siamesa de olhos azuis
Luna
– filha de Catia
Continuando
a me fazer conhecer Madrid, Pedro e Pilarim me levaram ao Museu do Prado. Muito
grande, muito cheio, foi difícil, muito difícil para mim, com minha perna
doendo de tanto subir e descer escadas.
Há que escolher alguma coisa porque há um mundo para ver. Eu escolhi a
sala de Goya
O
Museu do Prado é o mais importante museu de Espanha e um dos mais importantes
do Mundo. Obedecendo a um critério cronológico,
o Prado expõe desde os murais românicos do século XII à produção de Francisco
Goya. Esta colecção alberga obras de pintores espanhóis de fama internacional,
como José de Ribera, Velázquez e Goya, Rubens, Rembrandt, Albrecht
Dürer,Cranach, Manteagna,Boticelli, Fra Angélico, Ticiano, Caravaggio...
Entrada do Museo del Prado -Neuza e Velasquez
O que melhor consegui ver foi Goya: uma
pintura negra e a famosa Maja Desnuda. A Maja vestida estava emprestada.
Na saída Pedro me comprou um livro com
todo o acervo do Museu. Maravilhoso. Mas, o mais importante foi a dedicatória
que ele colocou. Me sensibilizou tanto que eu digitalizei para anexar aqui.
Cansados demais não aguentamos ver nada mais. Nem deu para
ir ao Museo Reina Sofia.
Passamos pela Gran Via uma
das principais artérias do centro da cidade. Movimentada dia e noite define bem
a Madrid contemporânea. Nela ficam escritórios, entidades bancárias, comércio,
cinemas e teatros.
Saímos andando a pé, passamos pela Puerta del
Sol e Plaza Mayor. Na Puerta del Sol uma intervenção do metrô a
descaracterizou. La Puerta del Sol tem forma semicircular e é onde se encontra
o km 0 da cidade. Nela ficam a estátua
de Carlos III, a estátua do Urso e o Madroño, simbolo da cidade. No dia 31 de
dezembro, às doze da noite em ponto milhões de espanhois saudam a chegada do ano novo
comendo doces uvas ao som das campanadas do relógio. É na Puerta del Sol
que fica também a Casa Real dos Correio (informação de Pedro) E é onde fica o
marco Zero da cidade.
A Plaza Mayor tem uma planta retangular.
Tem 129 metros por 94 metros. Tem nove portas de acesso e a mais destacada é o
Arco dos Cuchilleros. A altura das construções que a rodeiam são limitadas de
três a cinco andares. No meio dela a estátua equestre de Felipe III.
A Plaza Mayor foi sempre cenário da vida
publica da cidade, cerimônias reais, celebrações religiosas, festas populares, carnavais........
Plaza Mayor- Pilarim
e Neuza
Entramos por uma ruazinha e descendo uma
escadaria fomos ter em uma pracinha
abaixo, na Calle de Cuchilleros (fazedores de facas).
Calle de Cuchilleros
Pedro, Neuza e Pilarin comendo cochinillo
E chegamos ao restaurante Botin,
famoso porque fundado em 1725 e ainda funciona com descendentes (sobrinhos) do
primeiro dono.
O prato famoso é o
cochinillo (porquinho de leite assado na brasa). Com reservas já feitas comemos
um cochichino assadinho e um antipasto de bacalhau com pimentão vermelho. Vinho e sorvete para completar. Divino!!!!!!
Na casa de Pedro depois de
um cochilo ficamos vendo as maravilhosas produções fotográficas que ele faz
para os netos. Montagens, plastificação e lindas recordaçãoes de passeios que
eles fazem juntos. E também um vídeo. Pedro tem mil e uma habilidades.
O tempo passou, a noite
chegou e depois de um café com leite ( a única coisa que eu qeria depois de um cochinillo) Pedro me levou para o hotel.
Maria Inês e Marlene
chegaram de Santiago de Compostela às 23h. Trouxeram uma torta de amêndoas para
festejar meu aniversário.
Uma das muitas fotos que
foram tiradas, por Pedro ou por Pilarim, ele enviou pelo Ipod imediatamente
para Flavio e Jurema. Jurema imprimiu e me deu quando cheguei. Tenho-a na sala
ao lado de outras significativas.
Neuza
e Pedro A
“Mamãe Brasileira” com seu “Filho
Espanhol”
Comentários
Bj. Célia.