UM DOMINGO NO MUSEU DA CASA BRASILEIRA
Não importa que tenha sido a
semana difícil, se muitos compromissos não puderam ser honrados, muitos desejos
não realizados, muitas ansiedades refreadas, muitos problemas desagradáveis empurrados
para “debaixo do tapete”.
Um domingo musical por excelência
compensa e faz esquecer tudo.
Esse domingo foi hoje, dia 27
de agosto. Último domingo do mês, escolhida
foi a programação do Museu da Casa Brasileira.
Por que? O nome JAFFÉ foi suficiente para saber que teria música de
qualidade.
Acompanho o nome há muito tempo,
e nem sei quantos anos os nomes de Alberto e Daisy Jaffé fazem parte da minha
vida de ouvinte de música.
Sei que a família toda é
musical. Que eu saiba Marcelo toca viola, Claudio toca violoncelo, Leonardo
toca violino e Renata está brilhando como maestrina. E parece que há uma além de
violinista também cantora.
Claudio Jafffé só ouvi uma vez
quando o Quarteto teve que se deslocar para os porões do Theatro Municipal
porque o saguão onde eles tocavam ia ser usado por algum evento político. Claudio estava de passagem para visitar a família
e foi constituir um Quinteto. Não me lembro em que ano foi mas faz muito, muito
tempo.
Marcelo vejo sempre que posso
no Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo com sua viola e seu humor incomparável
para apresentar o programa. Impressionante é ver o seu olhar de
compartilhamento com os outros componentes. Olhos que falam com Betina, Nelson
e até há pouco tempo com Robert (agora?)
Leonardo ainda não conheço mas
sei que é violinista jovem já conceituado e que estuda em Londres. Certamente
faz jus ao DNA que recebeu.
Renata só vi uma vez em 2012
no mesmo Museu da Casa Brasileira já apresentando a orquestra atual com outro nome
(???), mas o mesmo patrocinador. E revi hoje em uma manhã de música, como
maestrina da Orquestrado Instituto GPA.
A surpresa foi uma orquestra
de participantes só “meninas” A Orquestra do Instituto GPA é integrada por
alunas do Programa de Música e Orquestra das Unidades de Osasco e Santos. São
jovens entre 10 e 21 anos em uma iniciativa de inclusão social funcionado desde
1999. As “meninas” de hoje estavam lindas todas de azul; muitos contrabaixos,
muitos cellos, violas e violinos. Entre os contrabaixos, chamou minha atenção uma
belíssima negra, quase da altura do seu instrumento e simpatia irradiante. Nem sei
seu nome. Renata apresentando cada peça
com profissionalismo e humor. E simpatia irradiante.
No programa, Edu Lobo (Beatriz),
Chico Buarque (Ciranda da Bailarina). Henry Mancini (The Pink Panther) etc. etc.,
mas, bonita mesmo foi apresentação da suíte de Bach e em seguida a Bachiana nº5
de Villa-Lobos inspirada na composição de Bach. Linda e emocionante. E a fantasia de Cirandas de Caudio Jaffé me
fez voltar às cantigas de roda que eu tinha recuperado para meus trabalhos há uma
semana. Coincidências.
Impressionante as semelhanças
entre Marcelo e Renata. A maneira de se comunicar, a interação com os ouvintes,
o humor sutil. Até a postura. DNA familiar se manifestando. Como disse José
Saramago “Há sempre uma linha no rosto
que pertence a um outro novelo”. Prestei
a tenção e encontrei essa linha entre Marcelo e Renata.
E, há uma outra
geração dos Jaffé a caminho da música (??)
Emoções pessoais são
indescritíveis.
Fico por aqui.
Comentários
Parabéns pelo seu exemplo.
Deus te abençoe meu amor.
Bjoss
Eu com meus 48 anos acompanhando seu lindo trabalho na apresentação de hoje no canal da rede globo no programa Como Será ? Meus parabéns a senhora.
Continue, não pare. O Universo precisa da sua LUZ!!! Gd abraço.
Parabéns pelo trabalho como escritora e blogueira.
Uma lição de vida!
Bjs no coração!
Dna. Neuza...acho incrível a sua descrição...me sinto tão situada...tão presente...Ah! estou falando no feminino porque uso as redes sociais do meu marido, por completo abandono de mim mesma...mas amei vê-la hoje pela manhã no programa na rede globo...(totalmente por acaso), mas prendeu minha atenção...depois vim procura-la...e pronto! terminei de me apaixonar! Linda! Amei te ver... Grande exemplo... !!!!