VIAGEM - DÉCIMO PRIMEIRO DIA – SEGUNDA FEIRA- – 09 DE ABRIL DE 2012
Depois
de um belo café no belo hotel Roma, saimos só eu e Marlene. Maria Inês ficou
porque tinha relatórios para fazer e ultimar os preparativos para a palestra que deveria fazer à tarde.
O
que mais nos dá trabalho nessa viagem são as malas. Difícil lembrar onde estão
as coisas. Às vezes mudamos de lugar e tudo vira uma bagunça na cabeça. Muitas
informações deixam a memória a curto prazo muito cheia.
Coisas de uma viagem.
Já
acostumadas com o metrô, fomos até a estação Roma da linha verde, até o Rossio
onde fica a estação Ferroviária. Construção bem rebuscada, com movimento
bastante grande (claro que não se compara à nossa estação rodoviária e
ferroviária)
Estação Ferroviária –Lisboa –Rossio
Em
Portugal trem é chamado de “Comboio” A
passagem para Sintra custou 9,2 euros
ida e volta.
Trem
bonito quase um metrô.
Trem
confortável. Interessante é ir obsrvando os passageiros. Geralmente trabalhadores
que vão ficando nas multiplas paradas ao longo da linha. O que se deduz é que moram nessas paradas
(uma periferia de Lisboa) e trabalham em Lisboa. Passa por estações até chegar
em Sintra. A grande maioria é de
apartamentos. Não há plantações.
São 14
as estações - ROSSIO –Campolide- Benfica-SantaCruz Damaia- Reboleira (arcos de
aqueduto no caminho)-Amadora (mistura de apartamentos novos com velhos), Queluz
-Belas- Monte Abraão-Barcarena (conjuntos habitacionais de apartamentos velhos
e feios)- Cacem – Rio do Mouro- Mercês – (distrito industrial - paineis de
energia solar)- Algueirão –Portela - SINTRA
Sintra pertence á Grande Lisboa e foi a vila onde a familia real passava o verão.
Fica a 28 km de Lisboa e a viagem por trem leva 40 minutos. Sua vegetação exuberante,
com verde de diversas tonalidades e o colorido das flores de inicio da
primavera, fizeram do lugar um dos mais belos vistos nesta viagem. Como pouco tempo é necessário saber escolher.
E
aí seguimos por uma estrada que indica o centro de Sintra e lugares históricos.
Uma rampa suave, enfeitada por
esculturas, placas... torna o lugar maravilhoso. Quando percebemos estávamos em
um lugar bem alto, o centro da velha
Sintra, a Praça da República de onde saem pequenas ruas de paralelepípedos
repletas de lojas, bares e restaurantes, cada uma com um charme único.
Algumas das esculturas encontradas no caminho
estão aqui representadas.
Escultura do coração humano anatomicamente perfeito
Placa legendando a escultura de uma mulher grávida
l
Durante
a subida, parávamos para apreciar as esculturas e para descansar do esforço.
Com pouco
tempo é preciso escolher o que ver. Enquanto não conseguíamos um ônibus para o
Tour, fomos para um lanche em uma das muitas mesinhas externas desse centro.
Um
anuncio do que comer dizia; “travesseiro de piriquita.” O que é? É uma espécie de massa folhada
criada na panificadora Piriquita, de Sintra. O formato final, que se parece com
um travesseiro, dá o título do doce. O recheio mistura um pouco de creme,
leite, nozes e mais alguns ingredientes que ninguém do local fala. (minha
cabeça pecaminosa já deu outra interpretação). Não tinha o tal travesseiro, mas comemos
deliciosos folhados doces e salgados.
Nas andanças passamos por uma loja que vende
GINGINHA servida em copinhos de chocolate. Gingina é um licor de cereja e uma delícia.
Conseguido o ônibus subimos por uma estradinha
pra lá de tortuosa. Em algumas curvas o ônibus precisava manobrar para poder virar.
Descemos na parada Castelo dos Mouros. Só ficamos na base. Impossivel subir
pelo tempo e pela minha condição física. Ficam as fotos e o folheto
justificando a nossa permanência na base.
O
Castelo dos Mouros, Antigo castelo
de provável fundação muçulmana, durante o séc. IX, no qual nunca se travou
nenhuma batalha. De facto, tanto os ocupantes muçulmanos como cristãos
rendiam-se invariavelmente após a conquista de Lisboa pelo lado oposto, apesar
da aparente invulnerabilidade do Castelo. Remonta ao período do domínio islâmico
e às conquistas de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.
Muralha
do castelo dos Mouros. Explica porque não deu para subir.
O
ponto do Castelo dos Mouros não era ponto de retomada do ônibus e tivemos que
andar 200m de uma subida pra lá de íngreme. Era onde estava o Palacio de la
Peña, onde também não entramos porque a entrada era muito cara (13 euros) e o
tempo pouco.
O
Palácio de la Peña está situado a cerca de 4,5 km. del centro histórico de
Sintra y es el más completo y bello ejemplar de la arquitectura portuguesa del
Romanticismo. Su edificación es de 1839, altura en que el rey consorte D.
Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha, adquirió las ruinas del Monasterio Jerónimo
de «Nossa Senhora da Pena» para
adaptarlas a un palacete. Foi uma das principais residências da familia
real portuguesa durante o século XIX e é uma das máximas expressões do estilo
romãntico. É declarado Patrimonio da Humanidade.
Palácio de la Peña – Sintra
De
volta à estação ainda pude registrar uma das mais belas fotos que tirei nesta
viagem, Em um muro, uma trepadeira roxa fez fundo para mim. O corante dessa
flor serve para corante do tecido nervoso em histologia. (explicação de Maria
Inês, uma neurocientista)
Flores de fundo
para foto minha
Café
no português bonito (palpite da Marlene) e conversas. Às 17,40 voltamos para Lisboa e chegamos ao hotel às 19h. Maria Inês chegou
depois de sua palestra e um passeio que
seus anfitriões lhe proporcionaram. Trouxe-nos pasteis de Belem. Já tinhamos lanchado em um lugar em frente ao
hotel.
Sempre
antes de dormir usávamos o laptop para tentar comunicação. Nem sempre eu
conseguia.
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