POESIA DA CIDADE
Escrevi essa pretensa "poesia" para um curso de Surrealismo. Tentei, mas não é a minha praia.
SOU PAULISTANA
Nesta
cidade
Nasci.
Amassada
Sofrida
Escurinha
Dei
susto.
Aos
poucos
bonita
Lindinha
Chorona.
Nesta
cidade
Fui bebê
Menina
Bebendo saber
Conhecimento
Cultura
Nesta
cidade
Mudei
Fiquei
moça
Andei
de bonde
E
até de ônibus.
Nesta
cidade
Brinquei
com
Sapos
Minhocas
Pedrinhas
pedronas
Folhinhas
folhonas
Nesta
cidade
de
amor não sabia
Queria
Sonhava.
Só
sonhava
Nesta
cidade
O
amor me encontrou.
Urgente,
Violento
Intenso.
Nesta
cidade
Sonhei
Vibrei
Amei
Nesta
cidade
Tornei-me mulher
Companheira
- amante
Um útero vazio
Gerou
vidas.
DNAs
misturados
Chacoalhados
Enrolados
Companheira
- amante sempre.
Nesta
cidade
Sempre
nesta cidade
XX
e XY em ciclo vital
Cresceram..
Peixinhos
nadando
Grãozinho
esperando
Vidas,
vidas, vidas, vidas novas.
XY
sempre.
Nesta
cidade
Companheira
- amante
Companheiro-amante
Amam
a todos
Que
agora são oito.
Nesta
cidade
Companheiro-amante
Voou
pelos ares
deixou
na tristeza
a
companheira - amante
Nesta
cidade
Mais
dia menos dia
em
pó transformada
Não
mais companheira
Não
mais uma amante
Deixará
um legado
Em
forma de letras:
“NESTA
CIDADE
NASCI
CRESCI
AMEI,
AMEI, AMEI
PRODUZI.
COMPANHEIRA
- AMANTE SEMPRE” .
NEUZA GUERREIRO DE CARVALHO
JANEIRO
2008
Comentários
Bj. Célia.
Da poesia e de seu blog>
Muita sensibilidade.
Obrigada!
Cristina