OS MEUS NATAIS DE 2008

Como já disse uma vez, esse meu BLOG é também um diário, relatos de pedaços de minha vida. Nas datas especiais sempre há o que contar. E agora é Natal, época de festas, de movimentos inusitados, de contatos entre amigos e familiares.

Para mim, Natal é festa de celebração de amizades.Tenho muitos amigos e o prazer seria estar com todos juntos nessa data. Impossível. São perfis diferentes, interesses diferentes e se forem muitos ao mesmo tempo não dá para curtir bem a presença de cada um.

Faço então o meu Natal parcelado com grupos distintos, das minhas muitas atividades e centros de interesse, Neste ano foram seis. Seriam sete, mas um gorou. Então, tive seis Natais.

No dia 9 de dezembro reuni o grupo bem novo da VivendoCienciArte, da Biomédicas. Foram poucos, dividimos uma macarronada aos quatro molhos, tomamos um vinho e nos deliciamos com as conversas. Estiveram presentes Maria Inês, Nair, Joana, Renê e chegando do estudo Jarlei e Carol.

No dia 16 foi a turma da Figueira da Glette. Também poucos, mas conversas inteligentes, bem humoradas, descontraídas. Também o menu foi o macarrão aos quatro molhos. E o vinho lógico. Estiveram presentes Angélica, Carlos Vilela, César Ades. E chegando do estudo Jarlei e Carol. Viktoria não pode vir, mas se comunicou. César, apesar de todos os seus compromissos como diretor do IEA (Instituto de Estudos Avançados da USP) esteve presente com sua simpatia. Atencioso como sempre.

No dia 17 foi a turma das “SEMI-NOVAS”. Aquele grupo que se reúne uma vez por mês no Shopping Light para um almoço de conversas. São “meninas” que eu conheci e se conheceram em uma das oficinas de Regate de Memórias do CRECI. Deixei Maria do Carmo encarregada da Coordenação. Desta vez o menu foi livre. Cada um trouxe uma coisa Das seis, faltaram duas, mas Mércia, Irmã, Marlene e Edna marcaram o ponto. Acrescentamos a esse grupo alguns do ESCREVIVENDO, aquele grupo da Casa das Rosas que trata de produção de textos.

Não foi uma boa idéia. Não houve integração. As quatro SEMI-NOVAS trocaram conversas, mas não tinham nada a ver com os “escritores” geralmente mais novos e com outro tipo de vivencia. Pedro e Nara estavam vivendo a paixão nascente. São todo carinhos e beijinhos. Sandra e Karen, adultas mesmo, sempre tiveram assuntos próprios ou pelo menos do grupo. Sandra Ribeiro chegou mais tarde, mas logo se enturmou, principalmente com Fátima que desceu para uma olhada. E Tiago, chegou mais arde ainda, mas deu o tempero do grupo. E Jarlei e Carol só apareceram. Cansados demais dos estudos.

Achei que do ponto de vista numero, foi um fracasso. ESCREVIVENDO só foi representado por Sandras, Pedro e Nara e Tiago. E havia muito mais gente que já havia participado de outras reuniões aqui.
De qualquer forma, fiquei devendo mais atenção às SEMI-NOVAS e já marcamos um novo encontro na semana entre o Natal e Ano Novo ou em janeiro.

Dia 19 foi o dia do encontro da turma do Terron, aquela turma que freqüenta a USP nas quintas e sextas feiras para a Apreciação Musical e o Cine-Vida-Festival. Uma turma ótima, adulta mesmo, geralmente acima de 50 anos (ou de 60 anos), com personalidades, filosofias de vida e de comportamento já formadas e solidificadas. Muita cultura, muito conteúdo e muita vontade de trocar conhecimentos.
A liderança do prof. Luiz Roberto Terron “amarra” os participantes.Ele, um engenheiro químico, passa noites à procura de filmes ou eventos musicais diferentes para levar até o grupo. Grupo homogêneo tem que ser especial.

É o único grupo que freqüento em que há homens. Um dia desses contei 13 mulheres para 9 homens, uma proporção significativa que dá o equilíbrio porque são maneiras diferentes de ver a vida, de comportamento, de interpretar relações e de sentir musicas ou filmes.
Entre os dois grupos, há mais de 30.

No dia 13, confraternização lá na sala de aula.
No dia 19, marcamos uma macarronada aqui em casa. Eu faço quatro tipos de molhos e a turma (muito bem orquestrada por Elides) trás o macarrão, o queijo e o vinho.
Deu muito certo. As “meninas” logo assumiram a cozinha, encontraram a infraestrutura pronta e atuaram com grande eficiência. Depois do tempo dos aperitivos, o macarrão - simpaticamente da forma parafuso - ficou logo colorido de verde (pesto), vermelho mais claro (sugo), vermelho carregado (putanesca) e branco. O vinho que o acompanhou foi divino. Preparou realmente as papilas gustativas para apreciar melhor os sabores.

Comentários e pedidos de receitas podem ser encontrados em outrapostagem.

Éramos 20 em um ambiente sadio, descontraído, com entrosamento completo.
Jair e Lourdes eficientes. Jair bom conhecedor de vinhos e sempre atento, não deixou minha taça vazia em nenhum momento. E foi o fotógrafo oficial.

A doce Tânia deu folga ao José Afonso para que ele pusesse a conversa em dia com os amigos “terroneiros”, enquanto pilotava a panela em que cozinhava o macarrão.
Elides é ágil, prestativa.
Alceu, tristinho porque não tinha trazido a mulher. Falha na nossa comunicação.
Regina sim trouxe o marido húngaro, que logo encontrou assunto de conversa. A outra Regina, ajudando em todo canto.
Constantina adorável na sua simplicidade e calma envolvente estava em todos os lugares, garantindo que nada faltasse.
A miudinha Margarida, pequena só no porte, mas grande na gentileza complementou minha mensagem de Natal onde usei a imagem da “Moça com Brinco de Pérola “ de Vermeer com o DVD do mesmo nome com que me presenteou. Filme muito bonito.
Lia, a quem eu aprendi a respeitar e admirar, o contraponto de pequena Margarida.
Ninon que quis afogar todos com a quantidade de queijo trazido.
Helio, que trouxe champanhe para brindar, mas que acabou ficando na geladeira aguardando nova oportunidade para ser servida.

Mitiru e Teresa os olhos puxados do grupo.

E Terron, o magnífico. Já entrou com um presente para o grupo: vídeos da nossa pizzada, com todos alegres e felizes (pelo menos no momento). Gostou do caderno com os depoimentos e certamente não esquecerá de nós.

A doce Maria Inês, convidada por mim, mesmo sem ser do grupo, mas que sempre se adapta e conquista a todos.

E pedi ao Flavio que passasse por aqui. Mostrei a meus amigos a “minha primeira produção” de 1955.

Já no final, hora da saída, apareceu Beth. Não sei seu sobrenome nem nada dela. Chegou tarde, trouxe um monte de coisas, e ainda pegou o “rabo” da festa. Se agora faz parte do grupo – apareceu nas aulas quase no final, é muito participativa, mas polemica – precisamos saber mais sobre ela.

Jarlei e Carol só apareceram. Cansados dos estudos e preparando-se para viajar para Santa Catarina.
E eu, falei, circulei, tomei um pouquinho de cada um para compor a minha felicidade de estar entre amigos e com amigos. Como já disse, a Felicidade é feita de momentos.E este foi um deles, sem dúvida.

Noite para ser lembrada.

O Natal não precisa ser no dia 25.


E O Natal continuou: No dia 23 Victor – meu neto – Adele – mulher dele, a mãe e irmão de Adele vieram para o almoço. Eu teria preferido reunir os primos todos, mas já há problemas de deslocamento, de horários e compromissos. Foi um almoço simples, normal, sem grandes receitas. Valeu como uma comemoração natalina, pois mesmo sem presentes foram abraços e conversas tranqüilas.
À noite do mesmo dia estiveram Flavio, Tânia, Bruno com Thais, a namorada e Tiago sem Fernanda, que estava viajando. A mesma tranqüilidade, as conversa informais, as fotos registradoras, um jantar com um pouco mais de capricho no cardápio. Foi a maneira que encontrei de fazer o nosso natal.
Nunca mais estaremos todos juntos, seja porque alguns já nos deixaram definitivamente, seja porque outros estão distantes demais para chegarem aqui nessa ocasião. Então, para lembrar 1999, quando tiramos a ultima fotografia de toda a família junta, coloquei a foto em um lugar visível da sala, para que possamos – os que ainda estão aqui – um sentido de família.

E no dia 22 estiveram aqui o meu casalzinho 20, Margarete e Ivanilson. Visita de Natal também.Mais um Natal.

No dia 24 já foi um Natal mais social, em casa de amigos da Tania. Lugar bonito, acolhedor, amistoso e gostoso. Já quase conheço todos tantas as vezes que acompanho Tania e Flavio nesses encontros festivos. Papai Noel para as crianças e troca de presentes para os adultos depois de uma ceia farta e especial, fez o tempo passar despercebido e já de madrugada voltamos para casa.

Só cochilei porque as 5,30h saí de casa e via ônibus e metrô cheguei à Rodoviária com tempo para tomar o ônibus para São Carlos. Viajar agradável e até com tempo para leitura de um livro novo, “Não Espere Pelo Epitáfio...” de Mario Sergio Cortella. Livro de crônicas, com citações demais para meu gosto.

Em São Carlos, encontro com a família do Ayrton que eu faço questão de rever sempre porque não quero jamais desfazer o elo de ligação dessas duas famílias. Revi alguns sobrinhos desaparecidos, primos e cunhada. Um banho familiar necessário e revigorante. Ainda uma matriarca na família: Dona Mercedes com mais de 90 anos.

Esperamos pelo Natal de 2009

Comentários

Anônimo disse…
Minha querida Neuza,
Que pena que não faço parte de nenhum dos seus Natais tão divertidos! Mesmo assim, eu lhe desejo mil anos de vida para poder desfrutar de tudo e de todos. Beijos. Etty
Anônimo disse…
Bloguizinho gostooooso!!

Feliz 2009!

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