SAUDADES DO MEU "COBERTOR DE ORELHA"

Esta noite quase morri de frio. Acho que não era tanto a temperatura externa como algo metabólico.

Consegui me enrolar no acolchoado e me senti como um bicho da seda - com quem trabalhei muito - quando a larva madura se envolvia em fios saindo do seu proprio corpo e tecia o casulo, aguardando o tempo das mudanças e de romper a parede de seda e ser projetada para o espaço. A sensação é de que eu estou aguardando o completar do meu tempo, que não deve ser muito longo.

Mas, filosofias de fundo de quintal à parte, me deu uma grande saudades do meu "cobertor de orelha" que também nas noites de frio me envolvia toda e fazia a minha temperatura subir em minutos.

Se ainda tiver o seu, cuide bem dele porque, entre "outras coisas" mais importantes ele ainda é precioso como aquecedor vivo.

Comentários

Zé Dudu disse…
Vovó, parabéns pela iniciativa. Esse texto mostra bem a diferença cultural das moças de hoje com as de alguns anos atrás, hoje no caso de não haver um ´cobertor exclusivo, elas se cobrem com o primeiro que aparecer. Certamente o frio não é de um todo apagado...
Graci disse…
Oi querida! Adorei seu post! Adoro conversar com senhoras, são muito sábias e principalmente educadas! Qdo sai de casa, aos 17 anos, durante muito tempo morei optei por morar com senhoras sozinhas, que me ensinaram muitas coisas preciosas! Outro dia estava conversando com uma em um onibus e ela mostrou a foto do ex-marido e comecou a chorar, falando do quanto sentia falta dele... e me deu vários conselhos sobre cuidar do meu marido, recebê-lo com carinho, preparar surpresas... e agora lendo este post, mais uma vez agradeço a Deus por cuidar bem do meu maridinho, e ser cuidada por ele, pois temos que aproveitar a vida mesmo no hoje, no agora ne? Beijos e Deus te abençoe sempre mais querida!

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