TEMPOS DE COLÉGIO CAMPOS SALLES
Casei em 26 de dezembro de 1953 e voltei da lua de mel no inicio de janeiro de 1954, diretamente para a Lapa, bairro onde passei a morar.
Depois dos primeiros dias de acomodação tratei de procurar um lugar para trabalhar e o único colégio de bom nível da região era o Campos Salles, já um colégio grande com prédio próprio na rua 12 de Outubro 357.
Eu trazia recomendações dos colégios onde havia lecionado; Externato São José, da rua da Gloria, muito conceituado e do Colégio de Santa Inês no Bom Retiro, colégio enorme e tradicional. Não podia continuar neles porque ficavam muito distantes da Lapa.
Comecei no Campos Salles em março de 1954,substituindo uma professora de Ciências que estava em licença maternidade. O horário era das 7h às 9h da manhã duas (ou três) vezes por semana. Bom, porque me liberava o dia todo para minhas obrigações domésticas iniciantes e para curtir o casamento recente. Quatro quarteirões era a distancia entre o consultório (que também era nossa casa) e o colégio. Uma beleza para quem estava acostumada a cruzar a cidade para ir de um a outro colégio.
Mesmo tendo engravidado antes do meio do ano, não perdi o emprego. Ao contrario ganhei mais aulas porque a professora em licença não voltou.
Agora, os quatro quarteirões eram um suplicio porque uma cistite violenta me atacou. Afastei-me uma semana, muito ruim mesmo, mas continuei no colégio.
Estabilizadas as coisas tudo foi se normalizando e eu tive o Flavio em plenas férias. Não tive licença maternidade e apliquei exame de segunda época na véspera do nascimento do Flavio em fevereiro. Bolsa rompida, quase saindo para a maternidade e ainda corrigi cinco provas para não deixar “rabo” para depois. Nunca me esqueci disso.Sempre tive responsabilidade para com o trabalho tanto que voltei para a escola Flavio tinha menos de um mês para não começar atrasada.
Bebê pequeno, minha mãe ajudando e Ayrton supervisionando, nunca faltei. Fui adquirindo um bom conceito de responsável, idônea e assídua. Por isso continuei nos próximos anos.
Gravidez seguinte já me encontrou com mais aulas, mas dando conta. E profissionalmente estabilizada. Também Jurema nasceu nas férias, em janeiro. Tinha planejado um nascimento para setembro para juntar licença com férias e assim ter mais tempo para cuidar de duas crianças. Mas, Ayrton apanhou uma caxumba e a “encomenda” teve que ser adiada. Problema com Jurema foi maior, mas eu voltei para as aulas no tempo certo. Nem um dia de licença.
Continuei ininterruptamente no Campos Salles, e só nele. As crianças cresciam e eu levava o Flavio para o Jardim da Infância do colégio. No mesmo quarteirão em que morávamos também morava uma aluna minha, Deolinda de Jesus Monteiro. Foi de uma ajuda inestimávell: Descia até o consultório e me ajudava com as crianças. Deixávamos Jurema com minha mãe e seguíamos para a escola com o Flavio que ficava no Jardim. Sozinha eu não teria conseguido.
Nesse tempo o Campos Salles tinha um belo prédio na 12 de Outubro e o terreno atravessava até a rua Nossa Senhora da Lapa, pegado á Igreja. Na saída pela N.Sra.da Lapa tinha umas salas que abrigavam o Jardim e que nós chamávamos de Fazendinha. Tudo muito velho. Mas, entravamos por ai e encurtávamos o caminho.
Flavio e Jurema fizeram o Jardim e o Primário no Campos Salles. Depois foram para outro lugar porque estudar onde mãe leciona não é muito recomendável.
Mas, eu continuei sempre. Tinha bom relacionamento com o diretor Prof. Augusto Guzzo que era uma pessoa muito especial. Via nele a figura paterna.
Como o colégio era uma empresa familiar, era administrado pelo pai e os filhos. Mais tarde pelos netos. Mario e Jacyra, os filhos sempre dividiram postos de comando. O orientador Educacional, prof.Henrique Gamba, outra figura inesquecível do colégio, dedicou toda sua vida a ele..
Tive colegas muito especiais e citar alguns e não outros seria injustiça. Mas não posso deixar de falar de Arlete Pizão que me ajudou na fundamentação didática de um projeto de trabalho que eu “inventei”; profs Pinheiro, Radi, Guilmar, Sidow, Rita, Lygia, Cleide, Sérgio, Elisa, Marlenes Lenice, Ângela,Andrelina... Maria Aparecida, a Tatá, foi uma amizade também fora do trabalho.
Ela e o Paulo conversavam muito, tomavam lanche com a gente, encontrávamo-nos no Clube Jaraguá. Paulo morreu cedo e Tatá faz uns poucos anos.
No começo da década de 70 eu montei uma forma própria de ensinar ciências. Para isso precisava uma sala especial com um anexo para material.Tudo isso me foi dado. Trabalhei como quis, produzi muito, criei modos diferentes de ensinar. Tenho todos os cadernos como prova e ainda um registro no MEC. É o meu orgulho profissional. Minha sala ficava ao lado da cozinha e eu ganhava um chá bem quente antes da campainha do intervalo. Ah.dona Lilia.Como me lembro disso.
Muitos alunos ainda se lembram de minhas corridas de barata, criação de bichos da seda, dessecações de minhocas, sapos e lombrigas, desenhos e quadros usados como bombardeio visual para melhor aprendizagem e outras loucuras mais.
Aulas de Puericultura para o Magistério resultavam em enxovais completos para mãe carentes do Posto de Saúde.
Pedro Molina tem ainda em Madri peças incluídas em acrílico, perfeitas e pássaros até com penas coloridas. Paulo Fernandes, da Suécia me lembrou de tudo isso.
Na década de 70, dar palestras para os pais sobre Educação Sexual era no mínimo temeridade. Valeu-me um convite para um depoimento no quartel do 2º exército.
O tempo foi passando, o colégio crescendo, a parte da Fazendinha recebeu um prédio de 8 ou 10 andares que durante um tempo teve até um cinema Jacymar.
Um grande auditório para as cerimônias de formatura e um pequeno auditório para eventos culturais menores.
Em 1980 aposente-me. Tinha 50 anos, mas com o meu envolvimento na aulas, a minha ansiedade e dedicação, cansei antes do tempo. E queria sair enquanto estivesse no pico. Não queria agonizar lá e ter uma fase já cansada e pouco produtiva. Fiquei no Campos Salles, de 1954 até a metade de 1980. 27 anos e meio ininterruptos e de fidelidade.
Criou-se a Faculdade Campos Salles. Criou-se a Fundação Campos Salles. Morreu Mário Guzzo, morreu o prof. Augusto Guzzo e só ficou Jacyra como presidente da Fundação.
Muitos anos depois tentei voltar. Já então trabalhava com Memória e na parte da Terceira Idade da Faculdade, eu seria bastante útil. Por razões que não vale à pena lembrar, não deu certo. Uma pena.
Depois de mais alguns anos, tentei fazer a História do Campos Salles. Também não deu certo. Guardo os rascunhos do projeto.
Desgostosa, tirei o Campos Salles da minha vida e da minha memória. Estou voltando agora quando mais uma da família Guzzo fechou seu ciclo de vida. Não há mais prof. Guzzo, não há mais Mário Guzzo, e agora não há mais Jacyra Guzzo (do Carmo Curado) . Prof. Gamba, quase da família, também não está mais. A matriarca ainda está aqui: dona Adelina Guzzo com 100 anos resistiu às perdas e segue até não sei quando.
Agora Carlinhos e Urbaninho carregam a responsabilidade. O ramo de Mario Guzzo não faz parte das Faculdades Campos Salles.
E eu, das poucas sobreviventes do meu tempo, acompanho o que acontece e registro sempre.
Depois dos primeiros dias de acomodação tratei de procurar um lugar para trabalhar e o único colégio de bom nível da região era o Campos Salles, já um colégio grande com prédio próprio na rua 12 de Outubro 357.
Eu trazia recomendações dos colégios onde havia lecionado; Externato São José, da rua da Gloria, muito conceituado e do Colégio de Santa Inês no Bom Retiro, colégio enorme e tradicional. Não podia continuar neles porque ficavam muito distantes da Lapa.
Comecei no Campos Salles em março de 1954,substituindo uma professora de Ciências que estava em licença maternidade. O horário era das 7h às 9h da manhã duas (ou três) vezes por semana. Bom, porque me liberava o dia todo para minhas obrigações domésticas iniciantes e para curtir o casamento recente. Quatro quarteirões era a distancia entre o consultório (que também era nossa casa) e o colégio. Uma beleza para quem estava acostumada a cruzar a cidade para ir de um a outro colégio.
Mesmo tendo engravidado antes do meio do ano, não perdi o emprego. Ao contrario ganhei mais aulas porque a professora em licença não voltou.
Agora, os quatro quarteirões eram um suplicio porque uma cistite violenta me atacou. Afastei-me uma semana, muito ruim mesmo, mas continuei no colégio.
Estabilizadas as coisas tudo foi se normalizando e eu tive o Flavio em plenas férias. Não tive licença maternidade e apliquei exame de segunda época na véspera do nascimento do Flavio em fevereiro. Bolsa rompida, quase saindo para a maternidade e ainda corrigi cinco provas para não deixar “rabo” para depois. Nunca me esqueci disso.Sempre tive responsabilidade para com o trabalho tanto que voltei para a escola Flavio tinha menos de um mês para não começar atrasada.
Bebê pequeno, minha mãe ajudando e Ayrton supervisionando, nunca faltei. Fui adquirindo um bom conceito de responsável, idônea e assídua. Por isso continuei nos próximos anos.
Gravidez seguinte já me encontrou com mais aulas, mas dando conta. E profissionalmente estabilizada. Também Jurema nasceu nas férias, em janeiro. Tinha planejado um nascimento para setembro para juntar licença com férias e assim ter mais tempo para cuidar de duas crianças. Mas, Ayrton apanhou uma caxumba e a “encomenda” teve que ser adiada. Problema com Jurema foi maior, mas eu voltei para as aulas no tempo certo. Nem um dia de licença.
Continuei ininterruptamente no Campos Salles, e só nele. As crianças cresciam e eu levava o Flavio para o Jardim da Infância do colégio. No mesmo quarteirão em que morávamos também morava uma aluna minha, Deolinda de Jesus Monteiro. Foi de uma ajuda inestimávell: Descia até o consultório e me ajudava com as crianças. Deixávamos Jurema com minha mãe e seguíamos para a escola com o Flavio que ficava no Jardim. Sozinha eu não teria conseguido.
Nesse tempo o Campos Salles tinha um belo prédio na 12 de Outubro e o terreno atravessava até a rua Nossa Senhora da Lapa, pegado á Igreja. Na saída pela N.Sra.da Lapa tinha umas salas que abrigavam o Jardim e que nós chamávamos de Fazendinha. Tudo muito velho. Mas, entravamos por ai e encurtávamos o caminho.
Flavio e Jurema fizeram o Jardim e o Primário no Campos Salles. Depois foram para outro lugar porque estudar onde mãe leciona não é muito recomendável.
Mas, eu continuei sempre. Tinha bom relacionamento com o diretor Prof. Augusto Guzzo que era uma pessoa muito especial. Via nele a figura paterna.
Como o colégio era uma empresa familiar, era administrado pelo pai e os filhos. Mais tarde pelos netos. Mario e Jacyra, os filhos sempre dividiram postos de comando. O orientador Educacional, prof.Henrique Gamba, outra figura inesquecível do colégio, dedicou toda sua vida a ele..
Tive colegas muito especiais e citar alguns e não outros seria injustiça. Mas não posso deixar de falar de Arlete Pizão que me ajudou na fundamentação didática de um projeto de trabalho que eu “inventei”; profs Pinheiro, Radi, Guilmar, Sidow, Rita, Lygia, Cleide, Sérgio, Elisa, Marlenes Lenice, Ângela,Andrelina... Maria Aparecida, a Tatá, foi uma amizade também fora do trabalho.
Ela e o Paulo conversavam muito, tomavam lanche com a gente, encontrávamo-nos no Clube Jaraguá. Paulo morreu cedo e Tatá faz uns poucos anos.
No começo da década de 70 eu montei uma forma própria de ensinar ciências. Para isso precisava uma sala especial com um anexo para material.Tudo isso me foi dado. Trabalhei como quis, produzi muito, criei modos diferentes de ensinar. Tenho todos os cadernos como prova e ainda um registro no MEC. É o meu orgulho profissional. Minha sala ficava ao lado da cozinha e eu ganhava um chá bem quente antes da campainha do intervalo. Ah.dona Lilia.Como me lembro disso.
Muitos alunos ainda se lembram de minhas corridas de barata, criação de bichos da seda, dessecações de minhocas, sapos e lombrigas, desenhos e quadros usados como bombardeio visual para melhor aprendizagem e outras loucuras mais.
Aulas de Puericultura para o Magistério resultavam em enxovais completos para mãe carentes do Posto de Saúde.
Pedro Molina tem ainda em Madri peças incluídas em acrílico, perfeitas e pássaros até com penas coloridas. Paulo Fernandes, da Suécia me lembrou de tudo isso.
Na década de 70, dar palestras para os pais sobre Educação Sexual era no mínimo temeridade. Valeu-me um convite para um depoimento no quartel do 2º exército.
O tempo foi passando, o colégio crescendo, a parte da Fazendinha recebeu um prédio de 8 ou 10 andares que durante um tempo teve até um cinema Jacymar.
Um grande auditório para as cerimônias de formatura e um pequeno auditório para eventos culturais menores.
Em 1980 aposente-me. Tinha 50 anos, mas com o meu envolvimento na aulas, a minha ansiedade e dedicação, cansei antes do tempo. E queria sair enquanto estivesse no pico. Não queria agonizar lá e ter uma fase já cansada e pouco produtiva. Fiquei no Campos Salles, de 1954 até a metade de 1980. 27 anos e meio ininterruptos e de fidelidade.
Criou-se a Faculdade Campos Salles. Criou-se a Fundação Campos Salles. Morreu Mário Guzzo, morreu o prof. Augusto Guzzo e só ficou Jacyra como presidente da Fundação.
Muitos anos depois tentei voltar. Já então trabalhava com Memória e na parte da Terceira Idade da Faculdade, eu seria bastante útil. Por razões que não vale à pena lembrar, não deu certo. Uma pena.
Depois de mais alguns anos, tentei fazer a História do Campos Salles. Também não deu certo. Guardo os rascunhos do projeto.
Desgostosa, tirei o Campos Salles da minha vida e da minha memória. Estou voltando agora quando mais uma da família Guzzo fechou seu ciclo de vida. Não há mais prof. Guzzo, não há mais Mário Guzzo, e agora não há mais Jacyra Guzzo (do Carmo Curado) . Prof. Gamba, quase da família, também não está mais. A matriarca ainda está aqui: dona Adelina Guzzo com 100 anos resistiu às perdas e segue até não sei quando.
Agora Carlinhos e Urbaninho carregam a responsabilidade. O ramo de Mario Guzzo não faz parte das Faculdades Campos Salles.
E eu, das poucas sobreviventes do meu tempo, acompanho o que acontece e registro sempre.
Comentários
Sei que já deve estar cansada de ouvir elogios, mas é animador e enche a gente de motivação conhecer exemplos como a senhora.
Sempre seguindo em frente, não aceitando limitações nem o comodismo.
Sua boa vontade, suas memórias e suas experiências de vida são realmente estimulantes.
Parabéns, já sou sua fã!
Beijos
Fiz o colegial no Campos Salles de 1972 a 75 e tive aulas na sua sala de ciências. Como eu vinha de 8 anos de escola experimental e estava mais do que habituada às novidades, o que eu achava estranho era toda aquela pompa e circunstância de colégio de ensino tradicional, coisa que não havia nas suas aulas. Por mais "brava" e exigente que você fosse (e era, acredite!) era nelas que eu me sentia mais à vontade.
Beeeeeeijo, querida!
Que bom foi ler seu blog. Sou ex-aluna, estive no Campos Salles no período 1964 a 1970 e me recordo muito bem de suas aulas. Como estou longe de São Paulo há muito tempo, fiquei triste em saber que tantos já se foram, em especial D. Maria Aparecida e Prof. Gamba, que me influenciaram por toda a vida. Espero que continue por muito tempo com sua saúde e jovialidade. Abraços,
Mariângela Bindi
Eu estudo no Campos Salles atualmente, cursando o nono ano (antiga 8ª série) e, devido o aniversário de 85 anos da escola, a Mostra Cultural desse ano será dedicada à história do Brasil, do Mundo e do Colégio, nessas últimas 8 décadas e meia.
A minha classe está com os anos 80, e o meu grupo deve fazer um trabalho sobre a história do colégio. Fomos falar com a nossa diretora, professora Lygia, e ela nos disse para tentar entrar em contato com a senhora para ver o que se lembra da escola a vinte anos atrás.
Sou o Adriano e hoje eu estudo no colégio Campos Salles(chácara).
E queria saber se eu poderia fazer uma entravista com a senhora(para a amostra cultural) ,eu e meu grupo ficamos com a década de 50 e temos que fazer sobre o colégio ( seria bem legal se a senhora fizer a entrevista)
espero pela resposta
atenciosamente
Adriano
beijo *_*
......-?-
......_||_
Sou aluna do colégio campos salles lapa, curso o 1 ano do ensino médio. Achei interessante seu blog pois o colégio campos salles está fazendo 85 anos e iremos representar em uma AMOSTRA CULTURAL.
Bom peguei a décado de 50 e andei observando que você começou no colégio campos salles em 1954.
Gostaria muito se você pudesse ajudar dando alguma entrevista e autorizasse usar uma foto sua, enfim ficariamos grato pela sua ajuda.
Se puder mandar um e-mail confirmando aqui está:
talitacristina_rocha@yahoo.com.br
Obrigada.
Talita.
beijos
Que prazer sabe-la tão ativa e atuante! fui sua aluna entre 75 e 78!!!! E certamente suas aulas de biologia influenciram na minha escolha profissional: sou Enfermeira. Meu nome é Celina de Jesus Garcia! Felicidades, muita saúde!!!
Fui sua aluna no Magistério. Formei-me em Letras.Casei-me com um Oficial do Exército e andei por esse mundo de Deus. Hoje estou viúva, tenho dois filhos e moro no bairro Paraíso em São Paulo. Tenho dois filhos., um casal.
Lecionei por onde passei e me lembrava sempre dos meus professores e principalmente da senhora.Suas aulas diferenciadas de Ciências. Do maestro Roberto.
Saudades de um tempo maravilhoso.
Beijos
Meu email mtgatolone@yahoo.com.br
Maria Tereza Gubernati e hoje assino também Aizcorbe.
Sou Julia, aluna do Colégio Campos Salles, não nos conhecemos, mas gostaría muito de poder contar com a tua ajuda, este ano o colégio completa 90 anos e faremos uma exposição (mostra cultural) contando a história do colégio, a senhor (a) poderia me ajudar com uma entrevista relembrando os momentos que vivenciaram no colégio, afinal de contas você também faz parte dessa jornada.
Eu e minha turma agradeceríamos de coração se a senhora pudesse nos ajudar
Vovó Neuza?
Professora Neuza?
Eu prefiro Santa Neuza, pela paciência em aturar uma turma de alunos inteligentes, mas danados ao extremo.
Sou José Reinaldo Buchara Martins, seu aluno em 71,72,73.
Recordo como se ontem fosse, da quantidade absurda de ramos de amoreira que eu e meus amigos de classe levamos para alimentar a nossa insaciável tropa de bichos da seda que, com sua orientação, criamos no colégio. Época fantástica.
Mestra! Obrigado por tudo. Deus te abençoe.
No tempo de 65:dona Neusa, nada de tia...
Com o tempo encontrei a professora aqui do lado da minha casa.... foi assim que a chamei: Professora Neuzinha, tamanha alegria por encontrá-la, mas ela se mudou!
Com o tempo criamos, vivemos, construímos histórias...
Um beijo
Se tiver alguma lembrança da época, alguma lista por favor me encaminhe.
augfolador@gmail.com.
Abraços e Feliz Ano Novo
Augusto Folador
Bicho da seda. Boas lembranças.
Fique com Deus !