SURPRESAS DA MEMÓRIA
Sempre digo nos meus Encontros, que a Memória sempre chega através dos Sentidos.Seja uma sensação visual, auditiva, gustativa, olfativa ou táctil, é sempre esse o caminho da Memória.
Ouvi em algum lugar os primeiros acordes de uma música que logo identifiquei como a Canção do Expedicionário de Guilherme de Almeida (o principe dos poetas brasileiros) e Spartaco Rossi. Música e letra me levaram a um tempo passado, a 70 anos atrás.
Era meu tempo de ginásio, no Ginásio Paulistano, onde eu cursava o então curso ginasial. De 1941 a 1944. Quaseo mesmo período da Segunda Grande Guerra. Tempos de sustos, de racionamento de farinha, açúcar...Tempos de gasogênio, black-outs, patriotismo exacerbado.
Nas escolas os hinos pátrios eram cantados à exaustão. Nosso professor de Música, Domingos Bentivegna nos fazia cantar de cor a Canção do Espedicionário. Letra de uma poesia abrangente de toda pátria brasileira. Música militar entusiasta pelo próprio andamento. Foi feita para saudar os pracinhas brasileiros que naquela ocasião rumavam para a campanha da Itália, na Segunda Guerra Mundial
.
Aqui está a Canção com sua letra na Integra
.
NoYou Tube podem encontrar a Canção do Expedicionário em várias versões. A mais bonita é a cantada por Francisco Alves.Canção do Expedicionário
Você sabe de onde eu venho ?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Estribilho
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Estribilho
Por mais terras que eu percorra,
Não permita…….
Não permita…….
Você sabe de onde eu venho ?
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Estribilho
Por mais terras que eu percorra,
Não permita …..
Não permita …..
Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Estribilho
Por mais terras que eu percorra,
Não permita ……
A “Canção do Expedicionário” foi regravada oito vezes. Não permita ……
Comentários